Independente do ano em que você nasceu, hoje nós vivemos numa
geração que digita mais no whatsapp do que escuta o outro. Que pede amor, sem
saber que isso não é um favor. Não. Estas não são más, estas pessoas apenas
estão perdidas.
Vivenciamos uma geração extremamente teórica, sem muita prática
e/ou real interesse pela mesma.
Me parece que a atual inversão de valores, em que o parecer é
absurdamente mais importante do que “Ser”, em todos os possíveis sentidos,
acaba por nos proporcionar a estranha mania de apenas testemunhar e relatar o
que nos cerca. E isso nos cria uma deplorável dificuldade quando se é
necessário agir.
“(…) Nosso conhecimento nos fez
críticos, nossa sabedoria, duros e rudes. Nós pensamos muito e sentimos pouco.
Mais que maquinário, nós precisamos de humanidade. Mais do que inteligência,
precisamos de bondade e ternura. Sem essas qualidades, a vida será violenta e
tudo estará perdido. (…)”
É assustador, mas estamos cultivando uma sociedade cada vez mais
individualista. Com estéticas que se esbarram e egos que se confrontam, com
medo de viver, optamos pelo breve conforto do ensaio. Pensamos demais e sentimos de maneira escassa e
superficial.
“The human being is
becoming increasingly more being than human.”
No fim das contas, o retrato desta nossa atual realidade só
deixa evidente o fato de que não nos falta amor mas nos falta saber amar. Ou a
capacidade de.
“As pessoas não são más, elas só
estão perdidas. Ainda há tempo.”
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Por: EDUARDO LIMA CABRAL
Eduardo tentou mas não conseguiu produzir uma biografia que não
fosse clichê. Tentando fugir dos rótulos que acabavam por se apropriar de cada
nova teclada para se apresentar, a ausência de uma biografia sincera e que – na
teoria, descreveria quem ele realmente é, acabou por se tornar sua provisória
solução..
Via: http://obviousmag.org/
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