A TURBULÊNCIA DA MENTE
"Toda
alegria pela qual anseia está dentro de você, mas, igual a um homem que tendo
uma imensa riqueza dentro de um cofre de ferro não tem ideia de onde se
encontra a chave, você sofre. Com instruções apropriadas, curtindo-as no
silêncio da meditação, é possível manobrar com a chave, abrir o cofre e
enriquecer-se de alegria.
Arjuna
reclamou a Krishna contra a turbulência da mente, dizendo que ela é: chanchala (sempre
cambiando seus objetivos); pramadhi (cheia de possibilidades
perigosas, desde que torna o homem um escravo dos sentidos); balavath (incontrolável);
e dradham (difícil de ser destruída). No entanto, a mente pode
ser controlada e mesmo eliminada por meio de intensa meditação sobre Deus
Imanente. Quando isso é alcançado, raiva, ansiedade e inveja deixarão de
incomodar você; as fronteiras do eu e domeu serão
rompidas, e você terá paz imperturbável (santhi). Seus esforços devem
ser proporcionais à magnitude da aquisição que você busca. Não é? Você anseia
por bem-aventurança, mas se apega a prazeres inferiores e se recusa a
arriscar-se tanto quanto necessário para obtê-la.
O que
você recebe e quando o recebe dependem da Graça do Senhor. A missão do sadhaka (o
praticante dosadhana) é exercitar-se em meditação (dhyana), sem
se desviar do reto caminho. O restante é Graça d'Ele. Não depende do número de
dias ou da duração da prática. Alguns podem precisar de muitos nascimentos;
outros, mesmo em poucos dias, alcançam a Meta. Depende da fé (shradha),
da devoção (bhakthi) e da disciplina (sadhana). Isto não pode ser
calculado nem deve se tornar objeto de especulação."
(Sathya Sai Baba
- Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 120/121)
Comentários
Postar um comentário