VAMPIRISMO,OBSESSÃO E LOUCURA

Vampirismo e obsessão

Quem, mesmo sendo leigo já não ouviu falar em obsessão, em espírito obsessor?
Mas apesar de ser um termo tão conhecido, existem muitos enganos sobre o que vem a ser exatamente uma obsessão. É importante frisar que existe a obsessão e o vampirismo, que são dois fenômenos diferentes, apesar de se confundirem muitas vezes.
Creio este ser um tema muito complexo, portanto não dá para ser abordado em um único post, mas gostaria apenas de fazer uma pequena introdução, para mais tarde destrinchar melhor o assunto, pois considero-o muito importante.
Todos nós precisamos saber como ocorrem as influenciações espirituais negativas para saber diagnosticar quando estiverem ocorrendo conosco ou com aqueles com quem convivemos, afinal, nenhum de nós está imune a isso, apesar de ser relativamente fácil evitar.Bom, para falar de uma maneira bem simples, a obsessão nada mais é do que alguém muito ligado a algo, seja um pensamento, um objeto ou uma pessoa, com uma idéia fixa. A gente até está acostumado a falar no dia-a-dia: “fulano está obcecado por aquilo…”. É mais ou menos assim. Dessa forma, o espírito acaba influenciando a pessoa, nos seus pensamentos e atitudes, dominando sua vontade.
O obsessor na verdade é apenas alguém como nós, a quem os sofrimentos e desenganos desequilibraram, certamente com a nossa participação. Isto é importante deixar bem claro, pois certamente o obsidiado (a vítima), possui alguma ligação com o obsessor, geralmente oriunda de vidas passadas, onde o obsidiado de hoje pode ter sido o algoz de ontem e que agora se apresenta como vítima, ou então, é o comparsa de crimes, que o cúmplice não quer perder, tudo fazendo para cerceá-lo em sua trajetória. E obviamente isso não é saudável para nenhum dos lados.
É interessante observar também que não só os desencarnados obsediam os encarnados. Os encarnados também podem obsediar um desencarnado, simplesmente com um sentimento, um pensamento fixo, atraindo-o para perto. E também há a obsessão de encarnados para encarnados.
Em relação ao vampirismo, vejamos o que André Luiz nos diz a respeito*: “Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens.”
Assim como acontece na obsessão, o vampirismo também ocorre de maneira recíproca, ou seja, com participação de ambos os lados. E também ocorre de encarnado para encarnado, desta maneira: quando nos aproximamos de outra pessoa sempre ocorrerá uma simbiose energética, ou seja, estamos permanentemente trocando energias com as outras pessoas.
Assim, no momento que cada um de nós interage com outros seres humanos que de nós se aproximam, estabelecemos com eles os mais variados tipos de combinações energéticas, influenciando-os e por eles sendo influenciados. Por isso que muitas vezes depois de nos encontrarmos com determinadas pessoas nos sentimos fracos, com um mal-estar inexplicável. Ocorre que esta pessoa pode ter sugado nossas energias, até mesmo sem perceber. As pessoas se tornam vampiros, ou sugadoras de energia, ao absorverem a energia do outro. Normalmente estas pessoas encontram-se desequilibradas e por isso ficam debilitadas. Quase sempre essas pessoas são egoístas e egocêntricas e sua presença torna desagradável o ambiente.
Mas… e como fazer para nos manter livres das influências espirituais negativas?
Bom, devemos sempre ter em mente que para eliminar as más influências é indispensável destruir a causa de atração, ou seja, o remédio mais eficaz contra as más influenciações espirituais é a vigilância constante contra as nossas próprias imperfeições morais, para que assim consigamos permanecer o mais equilibrado possível.
Devemos nos esforçar para temperar as nossas atividades diárias, sejam elas quais forem, com honestidade, dignidade, sinceridade, justiça, compreensão, tolerância, humildade, respeito, amor etc.Bons hábitos de vida também são desejáveis. Tudo em excesso faz mal. Alimentação desregrada, fumo, bebidas alcoólicas… Tudo isso atrai para junto de nós os desencarnados que ainda se ligam a essas más paixões e que desejarão desfrutar um pouco desses vícios através dos encarnados.
Sentimentos negativos como ódio, mágoa, egoísmo, inveja, vaidade, orgulho, vaidade, cupidez, assim como os desvios sexuais também causam enormes desequilíbrios, tornando-nos presas fáceis dos maus espíritos, pois esses sentimentos dentro de nós assemelham-se a um ímã, visto a atração que exercem.
Ninguém é perfeito, não somos santos, se assim fosse, não estaríamos aqui, mas é preciso que façamos nossa parte se quisermos realmente encontrar a verdadeira felicidade. A paz deve começar antes de tudo dentro de nós mesmos.
A realização do Evangelho no Lar é muito importante, pois cria um ambiente de luz, onde os espíritos dedicados ao Bem estarão sempre presentes. A presença de Espíritos iluminados no ambiente doméstico afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. Veja como proceder no post “Evangelho no Lar”.
Como já também já coloquei em outro post (A oração Segundo André Luiz), a oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. Portanto amigos, oremos sempre, pedindo a proteção Divina, e certamente, os bons espíritos, em nome da bondade e da misericórdia do nosso Pai, nos atenderão as preces, de acordo com o nosso merecimento.
Bom, no próximo post colocarei aqui um texto que achei muito bom e que fala de uma maneira bem simples sobre as influências espirituais negativas.
Espero que tenha dado para esclarecer um pouco, depois abordarei novamente estes dois temas (obsessão e vampirismo).
Lembremos sempre do que nos falou nosso querido André Luiz*: “Não podemos evitar que a ave de rapina cruze os ares, sobre a nossa fronte, mas podemos impedir que faça ninho em nossa cabeça.”

AFONSO MOREIRA JR.

















Obsessão e Loucura

Caírbar Schutel

Sob o ponto de vista Espírita o desequilíbrio das funções cerebrais se traduz pelas duas palavras: Obsessão e Loucura.
Obsessão é o domínio que os maus Espíritos exercem sobre certas pessoas no intuito de submetê-las à sua vontade, pelo simples prazer de fazerem mal, ou exercerem uma vingança.
Loucura é um estado mórbido dos órgãos que se traduz as mais das vezes por uma lesão; é, portanto uma moléstia tísica em sua causa, ainda que seja mental na maior parte dos seus efeitos.
Na obsessão se distingue a sugestão, a fascinação e subjugação – como na loucura se verificam a monomania, a mania, a demência e a idiotismo.
A sugestão é o que chamamos obsessão simples; – o indivíduo conhece uma força estranha que sobre ele atua, procura livrar-se e se tem à força moral precisa para vencer o inimigo, dele se desembaraça com mais ou menos dificuldade.
A fascinação tem conseqüências muito mais graves: o Espírito conduz aquele a quem domina como quem conduz um cego e pode excitá-lo a proceder de modo ridículo, comprometedor e até perigoso.
A subjugação é uma pressão que paralisa a vontade daquele que a sofre, e o faz proceder contra a sua vontade. Acha-se verdadeiramente sob um jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal.
No primeiro caso o subjugado é solicitado a tomar determinações absurdas e comprometedoras, que por uma espécie de ilusão julga sensatas: é uma espécie de fascinação em alto grau. No segundo caso o Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.
É bastante se ter assistido uma sessão de Hipnotismo para compreender a cena que invisivelmente se desenrola ante nós e que deixamos desapercebida por não afetar os nossos sentidos materiais.
Assim também o cego de nascença negará a ação hipnótica exercida de um indivíduo a outro.
O hábito mata a sensação: o costume de ver loucos e de não buscar as causas que engendraram a loucura nos faz encarar por um outro prisma os desarranjos mentais que têm encerrado nos manicômios tantos infelizes.
Voltando ao hipnotismo é preciso lembrar que neste também se observa diversas fases ou estado: 1 ° Sugestão; 2° Fascinação; 3° Catalepsia; 4° Estado Sonambúlico; 5° Estado Letárgico; 6° Sonambulismo lúcido; 7° Extático.
A este último sucede o desdobramento da pessoa.
Quem hipnotiza não é o corpo e sim o indivíduo – o ser pensante – o Espírito. Claro está que sendo o homem imortal ele pode continuar a hipnotizar no estado invisível em que se acha, exercendo com mais facilidade o seu império, visto a sua invisibilidade – é o que chamamos obsessão.
Hipnotiza-se um indivíduo violentando-lhe à vontade, aniquilando-lhe a liberdade; é nisto que o hipnotismo se diferencia do magnetismo. A hipnotização de um para , outro homem é uma obsessão intervivos
Hipnotizáveis são, mais ou menos, todas as pessoas e com mais forte razão aquelas que abdicam a liberdade – o livre arbítrio que por Deus lhe foi concedido obedecem cegamente os preconceitos e as imposições que lhes são sugeridas. Donde se pode concluir que é difícil hipnotizar um espírita verdadeiro: um homem que pensa, que raciocina, que discute, que analisa, que compreende, e sabe discernir o bom do mau – a verdade da falsidade.
O espírita médium não se deixa hipnotizar, e quando ele fica mediunizado é que se deixou magnetizar e não hipnotizar, palavras mui distintas e de significação mui diversa.
São raríssimos os casos de obsessão espírita e o testemunho desta verdade tios dá o grande alienista e neuro-patologista dr. Henrique Marselli – professor de clínica mental e nervosa na Universidade de Gênova, quando diz em seu livro:
“É meu dever declarar que deploráveis casos de nevrose “espírita” são muito raros; na minha carreira e entre milhares de doentes, apenas me recordo de quatro ou cinco. Todos as espíritas que melhor conheço me pareceram todos de um caráter equilibrado, duma inteligência cultivada e de uma excelente saúde”

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