Causa e efeito, co-originação interdependente
Este texto foi traduzido e publicado no site da Hridaya Terapia e segue abaixo com uma parte inicial extra, que introduz a
diferença entre a interpretação comum do ensinamento de causa e
feito e o ensinamento da co-originação
interdependente (também chamada de originação co-dependente ou gênese
condicionada). É um texto mais simples e claro sobre um tema absolutamente
fundamental de escolas como o Budismo, chamado originalmente de Prat?tyasamutp?da (co-originação interdependente): “O Cânone em Pali deixa absolutamente
claro que a origem dependente não é um ramo entre tantos outros da doutrina do
Buda, mas que se trata do insight radical que se encontra no núcleo dos seus
ensinamentos, o insight a partir do qual todo o restante dos ensinamentos foi
desenvolvido”, diz Bhikkhu Boddhi no “The Great
Discourse on Causation”.
“Pratitya samutpada é às vezes chamada de
ensinamento de causa e efeito, mas isso pode ser enganoso, porque geralmente
pensamos em causa e efeitos como entidade separadas, com causa precedendo o
efeito, e uma causa levando a um efeito. De acordo com o ensinamento da
Co-originação Interdependente, causa e efeito co-surgem (samutpada) e tudo é um
resultado de múltiplas causas e condições… Nos sutras, esta imagem é dada: ‘Três
canas cortadas só podem ficar de pé se apoiadas umas nas outras. Se você tira
uma delas, as outras duas caem’. Para uma mesa existir, precisamos de madeira,
carpinteiro, tempo, habilidade e muitas outras causas. A madeira precisa da
floresta, do sol, da chuva e daí por diante. O carpinteiro precisa dos seus
pais, do café da manhã, de ar fresco, e por aí vai. E cada uma dessas coisas, por sua vez, tem que ser criada a
partir outras condições. Se formos olhar dessa maneira, vamos notar que nada foi
deixado de fora. Tudo no cosmos se juntou para nos trazer essa mesa. Olhando
profundamente na luz do sol, nas folhas das árvores, e nas nuvens, podemos ver a
mesa. O um pode ser visto no todo, e o todo pode ser visto no um”.— THICH NHAT HANH
Fonte:http://dharmalog.com/2014/09/21/
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