PAPA FRANCISCO FALA DA MORTE E ADMITE UM DIA RENUNCIAR

Papa fala da morte e admite um dia renunciar

Fotografia © EPA/DANIEL DAL ZENNARO


Papa fala da morte e admite um dia renunciar


Pela primeira vez, o Papa Francisco falou em público sobre a perspetiva da sua morte. Numa conferência de imprensa no avião que o levava da Coreia do Sul para Itália, o argentino afirmou ainda ter "dois ou três anos" para viver e não excluiu a hipótese de renunciar se não tiver forças para continuar.
Quanto à sua popularidade, o Papa, de 77 anos, afirmou: "Vivo-a como uma dádiva do povo de Deus. Interiormente procuro pensar nos meus pecados, nos meus erros, para não ser orgulhoso. Porque sei que vai durar pouco tempo. Dois ou três anos e depois, de volta à casa do Pai."
Aparentemente em grande forma, Francisco já teria confessado aos seus próximos que acredita só ter alguns anos pela frente.
Quanto a uma eventual renúncia, Jorge Mário Bergoglio voltou a colocar a hipótese, sublinhando que desde que Bento XVI o fez em 2013, deixou de ser uma "exceção" mesmo que "desagrade a alguns teólogos".
Em pleno mês de agosto, as férias foram um assunto inevitável. O Papa, que nunca saiu do Vaticano no verão, reafirmou que essa também a sua opção este ano. "Vou ficar em casa", na residência de Santa Marta, explicou. O que não significa que mantenha todas as rotinas: "Faço sempre férias. Mudo de ritmo. Leio coisas que gosto, oiço música. Rezo mais. Relaxa-me. Uma parte do mês de agosto foi o que fiz. E gosto assim".
O Papa admitiu ainda ter problemas de nervos, mas como bom argentino, a sua solução é um "um mate por dia", a bebida feita com água quente e ervas e chupada através de uma palhinha.

Fonte:http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4083841&seccao=Europa


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