ELEMENTOS DE COSMOBIOLOGIA
«A civilização caldaica floresceu ao
longo de 463 mil anos - da época de suas primeiras
observações e cálculos astrológicos à
de Alexandre.»
In «Os Mistérios Egípcios», de Arthur
Versluis, Ed. Cultrix, São Paulo, 1988, pg. 10
«Embora ainda retivesse a unidade
inicial entre os mundos celestial e terreno, a divindade
primordial do rei - em suma, muitos
dos indícios de uma cultura primeva, da Idade de Ouro -
o Egipto ainda permaneci no estágio
«pós-dilúvio», isto é, depois do dilúvio da ignorância,
de que falou Mâneton em seu «Sothis»
In «Os Mistérios Egípcios», de Arthur
Versluis, Ed. Cultrix, São Paulo, 1988, pg. 11
«Ora, Lege, Lege, Lege, Relegere,
Labora et invenies»
In «Mutus
Liber»
CURA INICIÁTICA
1 - Não é a radiestesia holística o
único método iniciático hoje no mercado nem a única
prática a querer estabelecer a
ligação Ser Humano/Cosmos, Micro/Macrocosmos, Terra/Céu,
Suporte Vibratório/ Energias
Vibratórias.
Escolas como o Yoga reclamam-se
também dessa religação entre o que está em cima e o
que está em baixo. A palavra yoga,
derivada do sânscrito, significa «ligar, atrelar, dominar».
De facto o yoga é uma das escolas
místicas que se anunciam como prática iniciática, visando
a «supressão dos estados de consciência»,
ou seja, a «supressão do pleno mental em benefício
do vazio espiritual».
Se o consegue ou não, só os
entendidos - mestres e discípulos - o saberão dizer.
2 - Também as grandes religiões
(grandes em número de fiéis), pelo nome que levam,
pretenderiam «religar» Céu/Terra,
Macro/Microcosmos.
Neste sentido, o batismo cristão e
mesmo a comunhão da hóstia, seriam vestígios - para
não dizer arremedos - de rituais
iniciáticos desvanecidos no tempo e cujo conteúdo foi
acidental ou intencionalmente perdido.
3 - A tradição xamânica, na Ásia e em
alguns pontos da América, é igualmente uma prática
ritual de passagem, de cariz
claramente iniciático.
Dessa tradição vem a ideia -
desadequada a outros tempos e a outros espaços - de que a
prática iniciática é indissociável de
uma encenação mítico-ritual. Efetivamente, esses rituais
e encenações são dispensáveis, se a
prática iniciática incluir a alquimia da célula e as outras
alquimias que dessa derivam.
Sobre a imagem degradada (e romanesca)
que o senhor Carlos Castañeda ajudou a formar
no Ocidente da tradição xamânica, não
sabemos se lhe havemos de agradecer semelhante
favor.
4 - Ao que consta, as lojas maçónicas
também «iniciam» os seus adeptos e até consta que
os metem em masmorras sombrias para
porem à prova a fidelidade do neófito ao objectivo
supremo.
No entender da gnose
vibratória/radiestesia holística, são práticas arqueológicas que não
terão grande cabimento nem eficácia
no mundo moderno. Mas se mudam, transformam e
transmutam os seus adeptos - como
terá de acontecer numa iniciação - é o que só os crentes e
seguidores podem revelar.
Como não podem revelar porque guardam
segredo, ficaremos a saber o mesmo até às
calendas.
5 - O secretismo das práticas ditas
iniciáticas é, de facto, uma característica de quase todas
as escolas. Os Rosacruz, por exemplo,
estão proibidos, por juramento, de poder transmitir a
outras pessoas os cursos de iniciação
que recebem por correspondência.
Num certo sentido e atendendo a que o
mundo está cheio de oportunistas e que nem todas
as pessoas estão de boa fé nestes
processos (talvez porque pertençam à raça dos macacos e
não à dos deuses) é uma medida de
precaução com certa razão de ser.
Mas também é verdade que um autêntico
método iniciático não pode nem deve ter nada a
temer, já que a subida na vertical, à
medida que se realiza, neutraliza completamente todas as
energias sujas e densas que abaixo
queiram agir.
De outra maneira, a Alquimia seria
uma batata.
6 - Edouard Schuré, com o livro «Os
Grandes Iniciados» , ajudou a consolidar a ideia, com
certeza bastante errónea, de que a
iniciação é uma questão só para grandes vocações e
indivíduos predestinados. Só alguns,
segundo esta teoria discriminatória, podiam «salvar a sua
Alma».
As ordens iniciáticas vivem todas à
sombra dessa ideia e dessa hierarquia. Segundo elas, «a
iniciação só pode realizar-se dentro
de uma disciplina e de uma hierarquia extremamente
rigorosas.»
Das ordens iniciáticas tradicionais,
é indubitável o valor do yoga tibetano, que obriga a
uma rígida mas não severa disciplina,
já que se constitui como uma ordem fechada, com suas
normas e interdições próprias.
7 - Quando a radiestesia
holística/gnose vibratória afirma que cada um deve ser mestre de
si mesmo, não está a dizer nada que
outras escolas não tenham já defendido com o nome de
iniciação espiritual, por oposição à
iniciação ritual.
Enquanto a chamada «iniciação ritual»
seria «baseada ou expressa em ritos, cerimónias,
festas», a iniciação espiritual seria
baseada «em orações e no silêncio, sem rito, nem pessoal,
nem hiera (palavra do grego «ta
hiera» que significa «os objectos sagrados, as coisas
santas».)
Se a RH/GV tivesse que procurar
afinidades com uma destas duas categorias, seria
evidentemente a do silêncio e a da
oração.
ORA,
LEGE, LEGE,
LEGE, RELEGE,
LABORA ET IN VENIES:
é, como todos sabem, a legenda latina
da décima quarta gravura do «Mutus Liber».
Nenhum lema se adequa melhor ao
trabalho iniciático preconizado pela RH/GV. O
trabalho com o pêndulo de radiestesia
holística, de facto, é um frente a frente de cada um
consigo mesmo e com a sua mais
profunda essência, entendendo-se essência como o
conceito-limite de um caminho para o
Absoluto.
Caminho que - diga-se e repita-se - é
labiríntico, o que tem ajudado a dar do caminho
iniciático uma imagem de utopia
impossível, com dragões, alçapões, ciladas, serpentes e
outros animais do bestiário infernal.
A resposta da RH/GV para todas estas
dificuldades é sempre uma e sempre a mesma:
somos dotados pela natureza de
mecanismos de auto-regulação aos quais compete fazer
todo o trabalho... iniciático,
cabendo ao aprendiz, apenas, remover os obstáculos que
bloqueiam esses mecanismos e que são,
obviamente, muitos, desde os de ordem genética e
hereditária aos de ordem ambiental.
Podemos chamar vários nomes a esses
mecanismos de auto-regulação:
- Sistema imunitário (físico,
psíquico e cósmico)
- ADN da célula
- 7 corpos energéticos
- As 3 alquimias e as energias
filosofais
- Graal
- Etc.
8 - Quando o discípulo quer aprender,
o mestre surge.
Esta máxima tem alguma razão de ser,
porque as fases alquímicas indispensáveis, condição
sine qua non da iniciação, implicam
transformações de tal forma drásticas no corpo físico, no
organismo humano que, sem alguma
disciplina e força de vontade, o aprendiz desiste a meio
do caminho.
Ninguém quer nigredos, ninguém quer
sofrer fisicamente e é isso que faz afastar da
iniciação - ou seja, da Alquimia
celular - a maior parte dos indivíduos que irão então procurar
uma via mística das muitas que hoje
se apresentam com o rótulo de iniciáticas, uma via
extática e contemplativa, de conforto
e bem estar e paz interior... Mesmo pela via
contemplativa, Santa Teresa de Jesus
é bem o exemplo de quantos e negros nigredos exige a
iniciação.
Os que não querem nigredos irão então
procurar a eterna dependência de um médico, de
um terapeuta, de um mestre, de um
especialista, de um pai, de uma mãe, em suma, de uma
autoridade que lhe dispense a prática
de auto-suficiência e autonomia que é a prática (de cura)
iniciática.
9 - Pondo a tónica nos nigredos como
condição sine qua non do arranque iniciático,
consta-nos que uma escola, inspirada
em Gurdjieff e Ouspensky, induz os seus discípulos a
uma flagelação de índole social,
submetendo-os a situações em que o aluno se sinta
humilhado, desprezado e vilipendiado.
Se isto é assim, não nos parece má
técnica, atendendo a que os egos do pessoal, de facto,
são tão fortes que só com uns banhos
lustrais de humildação/humilhação conseguem
emagrecer um pouco. Mas com tais
banhos conseguirão?
A GV/RH tem alguns truques para
desengordar os egos, mas de índole privada sem
precisar de exposição pública.
10 - Várias são as escolas, as
práticas e os métodos que, através dos milénios e das
civilizações, estabeleceram a relação
cosmobiológica ou biocosmológica essencial.
A única civilização que o não fez é
talvez esta em que estamos mergulhados até ao pescoço
e que fez de nós este lixo miserável
que é a humanidade de hoje. A única forma, porém, de
sair do atoleiro desta «civilização»
é a iniciação ou cura iniciática.
A verdade é que os métodos
iniciáticos, mais ou menos públicos e/ou mais ou menos
secretos, também não provaram até
agora que conseguissem transformar, transmutando, o ser
humano para a sua nova missão cósmica
que é a Era do Aquário.
11 - Centros e institutos criados
entre nós, fazem a iniciação segundo rituais literalmente
copiados de alegadas tradições
templárias.
Serão provavelmente formas de
iniciação extremamente eficazes, embora o peso da espada
ou o simbolismo do avental não sejam
para todos os gostos.
E é pena que alguém fique sem fazer a
sua cura iniciática só porque não simpatiza com
aventais, espadas ou incensos.
12 - O Tarô, tal como está a ser
ensinado por mestres como Vítor Quelhas, é também um
método de iniciação, já que visa
fazer a viagem do ser humano até aos seus arquétipos.
Problemático, no entender da RH/GV, é
que se chegue aos arquétipos através de figuras
que são apenas desenhos com intenção
simbólica e algum valor estético mas de conteúdo e
valor vibratório nulo.
Mas neste sentido o sistema do I
Ching também é um código que desbrava zonas
adormecidas do ADN alquímico e
consta-nos que João d'Oray investiga no sentido de aplicar
ao I Ching a técnica da RH/GV.
Como Etienne Guillé sublinhou, os 64
tripletos do ADN da célula, coincidem com os 64
hexagramas do I Ching. Mas como em
Cosmobiologia não há acasos, há apenas leis de
homologia, analogia e sincronia...
13 - Outros dois métodos que se
encontram bastante divulgados nos meios ditos esotéricos
são o Reiki e a Meditação
Transcendental. A avaliar pelo preço, devem ser métodos, de facto,
extraordinários e que, por isso,
talvez não consigam democratizar a iniciação.
14 - A grande questão que se põe a
quem queira mesmo fazer a sua iniciação (a que em
RH/GV preferimos chamar cura
iniciática) é que método e sistema seguir.
A informação livresca é diluviana e
caótica, as escolas são sempre sectárias e, embora
apregoando a tolerância,
consideram-se as únicas detentoras da verdade única.
Torna-se quase impossível, hoje em
dia, escolher em plena consciência um desses 30
caminhos que existem e se oferecem no
mercado dos esoterismos.
A GV/RH apenas se reclama de ser o
mais democrático e o mais simples. O mais simples
depois do Zen. E de remeter para o
potencial energético de cada um - para a sua natureza mais
profunda ou sistema imunitário - todo
o trabalho iniciático. Sem voluntarismos, sem
ginásticas, sem posturas, sem prostrações,
sem rituais, sem técnicas respiratórias, sem
egrégoras, sem parasitismo e
vampirismo energético, sem promiscuidade e tráfico de
energias, sem visualizações, sem
imposição de mãos, sem posições de lotus, etc.
A RH/GV é mesmo a iniciação para
preguiçosos.
14 - Quanto ao estado da informação
livresca - caótica, dispersa, prolixa e pró-lixo na sua
maior parte - o que podia, por
exemplo, ser um livro interessante de iniciação à iniciação -
«As Medicinas Tradicionais Sagradas»,
de Claudine Brelet-Rueff, edições 70, Lisboa, s/d -
redunda num amontoado de informações
desconexas sobre sistemas, uns piores outros
melhores, onde o supérfluo abunda
esmagando o essencial.
Em RH/GV, a prática é importante
(importantíssima) mas aprende-se bem e depressa.
No entanto, ninguém progride no
caminho da iniciação, se não cogitar, se não reflectir, se
não filosofar. Se não ler. Na já
referida legenda do «Mutus Liber», LEGE aparece 3 vezes,
reforçada por uma quarta RELEGE!
E nesta aparente contradição reside o
essencial do método iniciático que é a RH/GV.
1) Na prática da RH, aprendem-se as
técnicas que afastem o controle mental do caminho
2) Mas para que haja progresso nos
níveis vibratórios de consciência é necessário que,
repensando tudo de novo e a partir de
zero, o ser iniciado reavalie, a partir de zero, todos os
valores que até então o guiaram. E
para avaliar tem que pensar. Segundo um novo paradigma
de pensamento, mas pensar. E para
pensar tem que ler. Ler, orar e trabalhar, como indica o
«Mutus Liber».
15 - É a noção-chave em RH/GV: o
valor vibratório.
Face a todos os outros valores que
regem a podre sociedade de consumo e a podre
civilização que temos, o valor
vibratório terá que ser o valor absoluto, o referencial dos
referenciais, o eixo de todas as opções.
O que nunca será conseguido sem um
trabalho, simultaneamente, de supressão do controle
mental e de congeminação filosófica
profunda. Não é por acaso que as energias criadoras da
vida se chamam filosóficas ou
filosofais e à Pedra se chama Pedra Filosofal.
COSMOBIOLOGIA CALDAICA
(SUMÉRIA)
NOMES DE DEUSES OU NOMES DE ENERGIAS?
EA= Senhor do solo e das águas
subterrâneas na Suméria = Professor das ciências, da
Magia, da Sabedoria, das indústrias,
deus das encantações, ao qual as pessoas se dirigiam
para curar as doenças, o deus oleiro
que com a argila fabricara o homem.
1 - DEUS EA - A sua antiga imagem é
uma mistura de cabra e peixe: nele se encontra a
marca dos velhos cultos animais que
precederam os cultos agrários e astrais para se misturar
depois com eles na Caldeia, no Egipto
e no México, e que na Caldeia sobreviveram não
somente nos animais do zodíaco mas
também, sobretudo, na horda confusa dos demónios.
2 - EA era especialmente venerado em
ERIDU. Quando, mais tarde, os deuses foram
agrupados em tríades, pelo sacerdócio
caldeu, a primeira tríade compreendia:
ANOU (ANU)
BEL
EA
É com SIN , o deus lunar, que a ideia
da existência das plantas se encontra, pela 1ª vez,
unida formalmente à ideia dos astros
e à de um ciclo cronológico, de um ritmo matemático.
3 - SIN, deus sumério da LUA,
particularmente venerado em HARRAN e UR, mestre do
Tempo e deus do mais antigo
calendário, quer dizer, da mais antiga ciência numérica da
Natureza, parece ter por isso gozado
de uma certa supremacia relativamente ao DEUS DO
SOL, não se tendo o calendário
tornado solar senão depois de ter sido lunar.
4 - A mais antiga ZIGURATE e a mais
bem conservada de que se encontraram ruínas é a
de SIN na cidade de UR.
Os seus 4 ângulos são orientados
segundo os 4 pontos cardiais, o que parece uma prática
em relação com a astronomia.
5 - Como EA, SIN possuía a sabedoria
perfeita - ciência e sabedoria associadas, como mais
tarde na filosofia grega e platónica.
Este deus SIN do calendário lunar era
o que fazia crescer as plantas, era, portanto, um deus
«bio-astral».
SIN reunia nele os atributos
repartidos entre OSÍRIS e THOT, os 2 deuses lunares do
Egipto.
Segundo Plutarco, com efeito, OSÍRIS
era considerado como a força vital do trigo, da
humidade e do Nilo, cuja inundação
engendrava as colheitas.
Mas certos filósofos interpretavam
OSIRIS como a LUA (e seu inimigo TIFON como o
SOL) «porque a LUA, com a sua luz
húmida e geratriz, é favorável à propagação dos animais
e ao crescimento das plantas,
enquanto o SOL, com o seu fogo ardente, queima todas as
coisas que existem» (Plutarco).
Em OSIRIS (Egipto) como em SIN (
Suméria), a ideia do deus lunar encontrar-se-ia
associada com a ideia de força que
faz crescer a vegetação.
Segundo Frazer («O Ramo de Ouro»)
OSIRIS terá vivido ou reinado 28 anos (!!!) o que
pode ser tomado como a expressão
mítica de um mês lunar de 28 dias (28 Nictemérios).
Ainda segundo Plutarco, o corpo de
OSIRIS foi despedaçado em 14 peças e TIFON
começou a desmembrá-lo desde a LUA
cheia. O que podemos interpretar como sendo durante
a LUA em fase minguante, a qual perde
um bocado de si própria em cada um dos 14 dias que
constituem a 2ª metade do mês lunar.
6 - Índios da América do Norte
acreditam que a LUA é colocada no céu em peças, bocado
a bocado.
Mas os textos egípcios são ainda mais
precisos. No hino dirigido por ISIS a OSIRIS é dito:«THOT, coloca a tua alma na
barca MAAT, neste nome que é o teu, de DEUS-LUA», e
também: «Tu que vens a nós como uma
criança, cada mês. »
Diversos povos associaram por
analogia o crescimento dos seres vivos com o crescimento
da LUA, durante os 14 primeiros dias
de cada mês lunar. Daí o culto da Lua, nomeadamente
em certas regiões quentes e secas da
América, onde este culto se sobrepôs ao do SOL.
A restauração da ZIGURATE do DEUS-LUA
pelo REI OUR - NAMMOU (UR NAMU) ,
da 1ª dinastia ( 2300 A.C.), foi
empreendida para evitar a seca.
Um facto assinala as frequentes
ligações da Palestina com a Suméria: no extremo sul da
Palestina, os TERACHITAS (que é
preciso assimilar à tribu de ABRAÃO, filho da TERAH,
vindo de UR segundo a Bíblia)
oscilam, com efeito, entre a vida sedentária das cidades ou das
terras cultivadas e a vida nómada do
deserto.
A anterioridade do deus lunar, como
deus principal, face ao deus solar, traduz-se pelo
carácter masculino, primeiro
atribuído ao deus lunar, enquanto o deus solar, neste período, é
considerado como feminino.
O tempo (e o calendário) e com ele o
conjunto da vida humana e dos fenómenos naturais,
foram ordenados e medidos pelas fases
periódicas da lua, antes de o ser pelos movimentos do
sol.
A ruptura entre CANANEUS e TERACHITAS
(posteridade de ABRAÃO), ruptura que
exerceu a sua influência sobre toda a
história de Israel, provocou entre os profetas o
antagonismo entre o YHWH (IAHVÉ) dos
judeus e o BAAL dos cananeus.
7 - Muitos povos acreditaram que era
preciso empreender uma tarefa durante o primeiro
período da LUA crescente mas evitar
de se empenhar nela em fase de LUA minguante.
Há aqui traços de uma espécie de
pré-astrologia lunar, origem de duas formas de astrologia
:
a) A doutrina da Genethiologia
(teoria da influência das datas de nascimento, quer dizer, da
posição dos astros sobre a vida
humana)
b) a doutrina da Katarkhai, teoria
das datas favoráveis ou nefastas para começar, não a
vida, mas uma tarefa.
8 - No Egipto, se OSIRIS se
manifestou como DEUS-LUA, em relação com a agricultura e
o crescimento das plantas, já THOT
era o deus lunar do calendário, dando o nome ao primeiro
mês do ano civil.
Deus da medida do tempo, THOT foi
considerado como deus da medida e deus das
ciências em geral.
Enquanto deus da justa medida , da
medida verdadeira e equitativa (verdade e justiça da
deusa MAAT) THOT ficou associado
ulteriormente a OSIRIS na pesagem e no julgamento da
ALMA.
Era depois deste julgamento
(Psicostasia) que esta (a ALMA) era suposto tomar lugar para
sempre na barca do SOL que, depois da
absorção do calendário lunar no calendário solar,
sucedeu no Egipto a THOT como deus do
calendário .
Plutarco conta uma lenda em que vemos
RA , deus egípcio do SOL, em conflito com
OSIRIS, o DEUS-LUA, e THOT tomando o
partido deste e pondo de acordo os 2 calendários.
Na Caldeia, na cidade de UR, SIN é,
ao mesmo tempo, a causa da vida vegetal(como
OSIRIS ) e o deus do calendário e da
medida, como THOT.
A este duplo título, este DEUS-LUA
tem um carácter nitidamente astrobiológico.
9 - O DEUS SOL, enquanto potência
benfeitora ou SHAMASH, venerado na Mesopotâmia
em SIPPARA e LARSA, era igualmente o
DEUS DA JUSTIÇA, cuja luz dissipa a
obscuridade onde se esconde o
culpado.SHAMASH opunha-se a NERGAL, deus do SOL que seca, destrutor das plantas
e senhor
da morada dos mortos. Esta oposição
entre o SOL como potência destrutiva e o SOL como
potência favorável à vida,
encontrava-se também no Egipto.
10 - Na tríade MENFITA, perto de
PTAH, deus dos artesãos e fabricador do mundo, a
deusa SEKHMET, sua mulher, com uma
cabeça de LEÃO e com o disco solar na cabeça,
representava o calor secante do SOL,
enquanto que o seu filho NOFIRTUM, com a cabeça
coberta por uma flor de lótus, era o
SOl da manhã saindo dos pântanos.
11 - MARDUK, deus da Babilónia,
torna-se o deus supremo nas teorias do sacerdócio
babilónico, logo que a sua cidade
adquire supremacia na Caldeia. Desde então são-lhe
transmitidos os caracteres de BEL (ou
ENLIL) , o deus-mestre dos homens, que fixa os
destinos do mundo e vê-se nele o
filho de BEL.
Não é somente o deus do planeta JÚPITER,
é também o deus solar, desde que o
calendário, em relação ao qual tudo
se ordena regularmente no tempo, é tornado solar, de
lunar que era no princípio.
E assim MARDUK apropria-se dos
atributos de SHAMASH, deus do SOL e da JUSTIÇA.
A COSMOBIOLOGIA SUMÉRIA:
PARADIGMA DA CIÊNCIA SAGRADA
(ARITMOSOFIA, ASTROSOFIA E TEURGIA)
(Todas as palavras em maiúscula
servem como objecto de testes vibratórios)
Verificam-se algumas constantes no
estudo dos sistemas cosmobiológicos vindos da
Antiguidade clássica, servindo o
sistema cosmológico para aferir o nível noológico da
respectiva civilização.
Sendo aquele que os arqueólogos
consideram o mais antigo no Médio Oriente e a que
chamam «o berço da civilização», o
sistema cosmobiológico da Suméria serve-nos neste
estudo de paradigma.
Entre as constantes desde já
detectáveis nesse paradigma, deverá sublinhar-se:
1 - A genealogia de deuses e deusas é
apenas a forma alegórica, possível na época e
possível ainda hoje, que sumérios,
egípcios e hebreus (quase sempre em estreito intercâmbio
de rotas cruzadas, desde os anos 4500
A.C.) tiveram de falar de energias.
Os nomes de deuses, embora com
algumas variantes de escrita colhidas de traduções
francesas ou inglesas, podem dar
traduções vibratórias, na grelha das letras, de um significado
noológico surpreendente.
2 - Este postulado confirma outro: à
medida que recuamos no tempo e nos aproximamos de
um foco irradiante de civilização, os
testemunhos escritos e caligráficos têm um valor
vibratório crescente, podendo mesmo
fazer-se uma «datação» arqueológica de largo espectro
com base nos níveis de frequência
vibratória detectados
3 - Estâncias como os ZIGURATES (ou
as zigurates, como querem os franceses)
exemplificam, na Suméria, os
aparelhos de interconexão cosmotelúrica, os «relais» de
intercomunicação Céu/Terra.
A ligação que teria havido entre os
sumérios e uma civilização tão remota no espaço como
a civilização MAYA - relação
assinalada pelo investigador brasileiro Alberto Beuttenmuller,
no seu livro « 2012: A Profecia Maya»
- evidencia uma equivalência perfeita entre as
ZIGURATES sumérias e as pirâmides
mayas. Justificando assim que os franceses dêm o
género feminino às zigurates.
As zigurates não eram apenas
observatórios astronómicos, como quer a arqueologia
académica - minimalista - mas postos
de recepção e emissão de energias cósmicas: Tal como
as pirâmides egípcias, mayas e
aztecas, aliás, que teriam funcionado como «pára-raios» de
energias cósmicas, embora a ciência
académica as considere apenas túmulos da megalomania
faraónica de reis e imperadores.
4 - Esquece a arqueologia académica,
entre o muito que esquece e ignora, que o sistema
político nestas civilizações era a
teocracia e que os reis e imperadores não tinham apenas o
lado profano que o pensamento
democrático hoje lhes atribui, mas o lado «divindade» como
seria de esperar numa Teocracia.
Note-se que a única Teocracia que
chegou ao mundo moderno é a da civilização tibetana,
com o Dalai Lama no topo da
Hierarquia. E que as perseguições ao budismo tibetano - a única
civilização hoje digna desse nome -
já tenham começado na Bélgica, diz muito sobre o estado
«civilizacional» da Bélgica, da
Europa e do Mundo em geral. Mais do que nunca, a
autodestruição terrestre deve estar
iminente, quando a escalada contra o sagrado e o divino já
não se contenta com a periferia e
pretende atingir o próprio coração da Vida. Instrumento,
apenas instrumento, destes desígnios
apocalípticos, a polícia belga, coitada, cumpre o seu
dever, tal como Hitler cumpriu o
dele.
5 - Na Cosmobiologia (CB) suméria,
sempre com ligações ao Egipto e aos hebreus, são
frequentes as díades de deuses ,
sendo as tríades mais raras.
As díades, como é natural,
apresentam-se como o lado feminino e masculino da dualidade
característica do mundo incarnado.
O mesmo deus - o DEUS-SOL, por
exemplo, criador e destrutivo ao mesmo tempo - pode
ter também duas leituras
cosmobiológicas.
6 - O estabelecimento do calendário -
solar e lunar - pelas civilizações cosmobiológicas,
não é avaliado hoje , pelo homem
moderno, como o Acontecimento verdadeiramente
excepcional que de facto foi.
Em cosmobiologias como as da Suméria,
do Egipto e Hebraica, era em relação com o
calendário que tudo se ordenava
regularmente no tempo. Do cáos primordial passava-se, pelo
calendário, à ordem cósmica, o que
pode ser considerado como o maior avanço jamais
conseguido pelo espírito humano.
Note-se, a propósito de COSMOS, que
TIAMAT era a divindade «monstruosa» do CAOS.
A propósito de CAOS (TIAMAT) e ORDEM
, a «separação das águas» (tão presente no
Génesis) é o outro acontecimento da
sabedoria cosmobiológica verdadeiramente decisivo para
tudo o que, em matéria de
conhecimento e de ciência, viria a acontecer depois.
7 - A atmosfera, ainda ligada à
TERRA, era o lugar instável das tempestades e das
variações meteorológicas, por
oposição ao CEU onde reina a ordem fixa.
A criação do mundo (cosmogénese) por
MARDUK aparece assim como uma vitória do
poder da ordem sobre a potência do
caos.
A sabedoria cosmobiológica, na
Suméria, no Egipto e entre os hebreus, era
fundamentalmente o conhecimento do
calendário.
8 - Também é de notar que a fase
histórica e política da Caldeia, com HAMURABI e a sua
célebre porta de ISHTAR cerca de 2000
AC, é uma fase relativamente tardia da história da
Caldeia, onde desde 4.500 A.C. ,
segundo a arqueologia académica, há vestígios
aperfeiçoados de conhecimentos
cosmobiológicos.
Quer dizer que decorreram, pelo
menos, 2500 anos entre o apogeu da Cosmobiologia na
Suméria e o apogeu da política. Ora
2500 é mais 500 anos do que a era moderna , que está
agora a chegar aos 2000 anos depois
de Cristo.
8 - Se a Suméria dá o melhor exemplo
de conhecimento cosmobiológico e tudo nela aponta
para os jardins do EDEN da perdida
Idade de Ouro, também é verdade que as fases de
decadência se apresentam com
impressionante nitidez, da Assíria à Babilónia, execrada, comoé natural, pelos
judeus, apesar de bem recebidos no seu torvelinho de pecado.
Esta sucessão do mais antigo para o
mais moderno, é nomeada por alguns autores como:
Caldeus Sumérios, Caldeus Assírios e
Caldeus Iranianos ( Babilónia).
Surge nítida nos ESSÉNIOS, a herança
recebida da Suméria. Só não surge tão nítido se
haveria passagem pelo Egipto ou se a
Suméria é que era a estação de passagem - o entreposto
- das informações trocadas entre o Egipto
e os Hebreus.
9 - ISHTAR , deusa do AMOR mas também
deusa da MORTE, é o exemplo-modelo da
deusa paredra (divindidade acoplada
ou acupulada a outra, do ponto de vista teológico,
cultural ou iconográfico).
Tal como outras díades como
ÍSIS/OSIRIS, no Egipto, ISHTAR/BA'AL nos semitas
ocidentais da Suméria, KALI/VISNU na
Índia, CIBELE/ATIS nos Frígios, é um bom e
recuado exemplar da moderna clonagem
( puro terrorismo com o nome de «engenharia
genética»), herdeira dos eternos
mitos da cosmobiologia, o andrógino, a hierogamia e o
sânscrito SHARTI ou «raiz de toda a
existência».
10 - VÉNUS, estrela da tarde e
estrela da manhã, é outro bom exemplo cosmobiológico de
paredro (palavra grega) que ciclicamente
renasce para morrer e ciclicamente morre para
renascer, postulado da mais pura e
eterna alquimia.
11 - Impossível, também, não ouvir
aqui, na cosmobiologia suméria, os ecos do grande
princípio dos CICLOS, indubitável
aquisição do espírito humano ainda que, indubitavelmente
também, transmitida aos seres humanos
pelos deuses.
Indubitável também a ligação ao mito
vegetal da MORTE/RESSURREIÇÃO, ilustrado
entre os gregos por PERSÉFONE.
A provar o inconsciente colectivo de
Carl Jung, vamos encontrar outro bom exemplo, no
México, no deus MAYA, QUETZALCOATL,
deus agrário e deus do planeta VÉNUS, que
morre e ressuscita periodicamente.
O paralelismo entre estas duas
cosmobiologias, maya e suméria, já fora assinalado com as
pirâmides e as zigurates.
12 - Da díade SHAMASH/ISHTAR, a CB
suméria passou (fácil ou dificilmente?) para a
tríade SIN/SHAMASH/ISHTAR, na
sequência da tríade ANU/BEL/EA.
Se as díades davam lugar a tríades na
CB suméria, também é verdade que a absorção de
dois deuses num, também era um
fenómeno noológico frequente.
A metamorfose dos deuses era a
metamorfose evolutiva do conhecimento na
Cosmobiologia primordial, como, por
exemplo, a pssagem da fecundidade vital de ISHTAR à
ordem (matemática e) cíclica do
destino, ligado à necessidade calculável dos movimentos
celestes. No princípio da metamorfose
dos deuses, está sempre presente o princípio da
metamorfose ou transmutação
alquímica.
13 - Desde os sumérios que as duas
orientações da CB ficaram definidas:
a) A Genetlialogia (et. grega)
b) A teoria dos dias fastos (bom
augúrio) e nefastos
Foram os gregos a vulgarizar a
Astrologia como «mântica», tal como viria a apresentar-se
na Idade Média até hoje.
A dominante mântica é referida em
alguma bibliografia especializada:
- Francis Lenormant, «La divination
et la science des présages chez les Chaldéens», 1875
- A. Boissier, «Iatromantique ,
physiognomonie et palmomantique», in «Revue
d'Assytiologie
- A.
Boissier, «Mantique babylonienne et mantique hittite», 1935
- «Cuneiform Texts, do British
Museum», XXIV, pl.50
- «Oráculos Caldaicos», 226, Trad.
Ed. Belles Lettres, 1971, p.121
14 - A derivação da CB suméria para a
dominante mântica, hoje explorada ao nível
comercial, eclipsou uma derivante
muito mais interessante, a dos dias críticos, ressuscitadamodernamente pela
teoria dos bioritmos e com incidência nas medicinas sagradas, desde
Hipócrates, um dos primeiros gregos a
receber a herança suméria/egípcia.
15 - Os «dias críticos» em Hipócrates
supõem a aplicação à evolução das doenças e seu
tratamento da medida do tempo e da
noção de ciclos numéricos uniformes, análogos aos da
astronomia e aos da botânica
agrícola.
16 - Nas previsões médicas como na
adivinhação - diz René Berthelot - coube aos
sumérios misturar a matemática com a
Biologia.
Salva-se assim a honra da medicina
hipocrática, que, em comparação com a medicina
tradicional chinesa, não acusava
nenhuns vestígios de conhecimento cosmobiológico.
17 - A palavra AUGÚRIO, do latim,
assinala que entre os romanos foi essa vertente
mântica a mais aproveitada. AUGÚRIO
tem estreita ligação a AUSPÍCIO.
A palavra ORÁCULO, do latim (mas que
já aparece no Êxodo, XVIII, 15-16) viria até
...ao Oráculo de Napoleão, provando
como a Europa é filha de Roma e do materialismo
romano mesmo em ciências
divinatórias.
Ciências que à luz da CB tradicional
e da radiestesia holística/gnose Vibratória terão de
sofrer totalmente uma revisão e
releitura crítica.
18 - Sem o GNOMON (o mais antigo
relógio de sol) e sem a CLEPSIDRA dos sumérios,
seguramente que toda a história do
homem teria sido diferente.
O GNOMON para medir a hora solar, os
solstícios de Verão e Inverno, a altura do SOL e
seu azimute.
A CLEPSIDRA para medir os ciclos do
TEMPO.
Com o GNOMON e a CLEPSIDRA, a CB
suméria determina longitudes e latitudes
celestes.
Mas, acima de tudo, com o GNOMON e a
CLEPSIDRA, os sumérios deixaram :
- A trajectória anual do SOL
(elíptica) dividida em 12 constelações, dividida cada
constelação em 30 graus
- A divisão sexagesimal (número 60)
do tempo e a divisão sexagesimal do círculo são
criações da CB suméria
- O cálculo de eclipses lunares e
solares
19 - O ZODÍACO, para a CB suméria, é
a banda do CÉU na qual se encontram as órbitas
dos planetas
20 - Se o GNOMON e a CLEPSIDRA - diz
R. Berthelot - constituem a utensilagem
natural dos astrónomos para a medida
empírica dos espaços e das durações (ciclos) , o sistema
sumério de numeração sexagesimal
constituía para os seus cálculos o que se pode chamar a
utensilagem intelectual.
21 - A base de numeração sexagesimal
- que se chamaria solar - terá que ver, na CB, com o
número 12 e o número 360, ou seja,
com o número de meses e o número de dias do ano solar.
22 - 6, 12, 60 e 360 seriam assim os
números de referência neste sistema da CB suméria: e
porque não os números sagrados?
23 - A radiestesia holística/gnose
vibratória terá razões para ficar contente, ao verificar que
as direcções da grelha dos metais são
12 - tal como a metade do Nictemério (dia solar) , tal
como as horas do mostrador do
relógio, tal como a dúzia do sistema de pesos e medidas
ocidental, etc (Ver, em anexo,
equivalências cosmobiológicas do número 12)
24 - Se de 6 para 60 é necessário
introduzir a base 10 - facilmente se liga o 10 a uma razão
biológica, desta vez os 10 dedos das
duas mãos do ser humano
25 - Mas o 6 é ainda uma combinatória
da díade e da tríade: 2X3= 6 , além de que 6 e 12
são os dois primeiros números que
conduziram as 1ªas observações astronómicas que, por sua
vez, conduziram ao calendário
lunar-solar.
26 - O número 12, ligando o ciclo
lunar ao ciclo anual do sol e o número 360, que liga o
ciclo anual do sol (360 dias) ao seu
ciclo diário, englobando 12 meses de 30 dias cada um.Como diz R. Berthelot «o
número 60 era particularmente apto a ligar o número 10, b
ase do
sistema decimal, com o número 12,
número de meses do ano, já que é o primeiro múltiplo que
é comum ao 10 e ao 12.»
27 - O sistema métrico dos caldeus é
o único, antes da Revolução Francesa, que coordenou
todas as unidades de medida em
relação a uma unidade primeira de medida linear, o codo,
quer dizer, uma medida de origem
aparentemente biológica e fixada em 525 dos nossos
actuais milímetros.
28 - Apesar das modernizações da
ciência, o número 360 para dividir o círculo subsiste
ainda e o número 12 subsiste
igualmente para dividir o dia solar em 12 horas.
29 - Théon de Alexandria, comentador
de Ptolomeu, elogiaria o número 60 «o mais
manejável de todos os números, o mais
baixo entre todos os que têm mais divisores.»
Estas verificações a posteriori
confirmam apenas que os números têm sempre uma relação
estreita com leis (costantes cíclicas)
biocósmicas: e que é um pouco isso o que se pretende
dizer quando se fala em valor
teosófico do número ou em números sagrados.
30 - O número 4, que serve de base a
alguns sistemas numerais como o dos índios
americanos, explica-se por razões
cosmológicas: os 4 pontos cardiais, ligados, desde logo,
num calendário solar
espácio-temporal, às 4 estações do ano solar.
E, como na China, com a sua
cosmobiologia do Feng Chui , aos 4 ventos.
31 - Segundo Berthelot, a noção de
número sagrado deriva desta circunstância de que o 4,
o 10, o 60, servissem de base a
sistemas numerais de medida e divisão do tempo.
O número 7 era igualmente sagrado
para os caldeus, por ser o número de dias atribuídos à
semana, desde a época em que eles
viram na semana a quarta parte do mês lunar de 28 dias.
Sacralizado o 7, logo os seus
múltiplos o serão também: 14 (ver lista teosófica de números
)21, 28, considerados «maus» por
serem o fim (a morte) dos sub-ciclos dentro do ciclo lunar
de 28.
32 - Berthelot salienta a importância
do número 360 na tradição hindu e budista: « Está por
toda a parte!» - diz ele.
33 - O nome dado pela CB suméria aos
planetas assimila-os a «animais dotados de vida».
NINIBE = TOURO
NERGAL = LEÃO
ISHTAR = POMBA
- Outra lista de iguais com os nomes
sumérios dos planetas(óptimo para testar!)
JÚPITER = MARDUK
VENUS = ISHTAR
SATURNO = NINIB
MERCÚRIO = NABU
MARTE = NERGAL
Outros iguais para testar:
LU-LIM (et. suméria) = CARNEIRO LÍDER
EA = ENKI
ANOU = RESIDENTE NO CÉU SUPERIOR
34 - SOL, LUA E VÉNUS - recordemos -
foram os 3 primeiros astros de que a CB suméria
observou o percurso.
35 - Na mais antiga escritura
suméria, o ideograma que designa o DEUS tem a figura de
uma ESTRELA
36 - Na CB suméria, «o destino
pré-estabelecido pelos deuses depende da hora favorável ,
que se manifesta por diversos sinais,
nomeadamente a posição das estrelas.» (Meyer)
37 - «Sumérios, povo de origem
incerta, nem ariano nem semítico.» (R. Berthelot)
38 - Zigurate - Pirâmide com degraus,
que a CB suméria chamava «colina do Céu» e que
era suposto religar o Céu à Terra.
SUMÉRIA: BERÇO OU CRECHE?
À medida que se recua no tempo, vamos
encontrando sinais de que as Idade de Ouro,
chamada também Paraíso, está mais
perto.
Mas em nenhum território como a
Mesopotâmia, a cadência da decadência se faz ouvir
com tanta nitidez e clareza.
Desde o actual Iraque, modelo de tudo
quanto o terror moderno e pós-moderno inventou de
mais obsceno, até à obscena
Babilónia, festim da carne até extremos de delírio, que fazia
corar de vergonha os pobres hebreus
idos da modesta Jerusalém, passando depois à Assíria e
seus exércitos de violência
assassina, vamos, finalmente, em tempos mais remotos, encontrar
a Suméria, onde restam sinais e ecos
da voz dos deuses.
Os arqueólogos dizem que foi o berço
da civilização. Mas a Suméria foi antes a creche,
tendo
recebido o bebé que nas
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