NÃO OLHE PARA BAIXO : O AMOR ESTÁ INTIMAMENTE LIGADO AO OTIMISMO

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Não olhe para baixo

Você já percebeu que o amor esta intimamente ligado ao otimismo? Aquele sentimento desvairado e sem lógica alguma que tudo é possível? Que você realmente esta há um passo do paraíso? Que você encontrou sua alma gêmea? Ou os domingos ensolarados, sob a macieira, traçando o futuro na palma da mão, sabe? O dom extraordinário de crer nos seus sonhos e ignorar a poeira imunda que flutua entre eles.
Sabe aquela cena de desenho animado em que o coiote, ao perseguir o papa-léguas, se dá conta que passou do limite do penhasco e ficou alguns segundos correndo sem chão? Esse é o otimismo. E como ele ficou correndo? Porque ele tinha a sensação de base até que olhou para o chão e tomou um susto: não há nada aqui em baixo! Assim que percebe isso, começa a cair. A gravidade, como num passe de mágica, ressurge.
O problema não esta em enfrentar as leis da física, mas justamente em olhar e se dar conta que não existe terra sob nossos pés.  O otimismo gera a mesma situação. Você corre e se arrisca sobre bases falsas e inexistentes. Avança o limite do penhasco, buscando sabe-se la o que. Basta saber quanto tempo você levará para olhar para baixo e ver que nada daquilo era real. Porque você inflacionou a ilusão. Você se lançou ao sonho com paixão criativa, acrescentando detalhes todo o tempo, enfeitando-o com cada pluma brilhante que passava em seu caminho. Tornando-o maior do que ele realmente era, maior do que qualquer coisa.
O real problema esta na queda, o divisor de águas: do sonho ao pesadelo. Você sai dum para mergulhar n’outro. Sem tempo para ambientação. Durante a queda você observa cada um dos seus planos traçar o caminho de encontro ao solo. O cemitério de sonhos – onde o padre e o coveiro é você.
Uma dica? Não olhe para baixo, você corre o risco de cair.
Fonte:http://obarrense.wordpress.com/2014/07/05/nao-olhe-para-baixo/

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