Páscoa e Pêssach acontecem no próximo mês. Este é uma boa
oportunidade para penetrar no coração da Torá e da verdade sobre o Jesus
histórico e seu papel neste mundo.
A força de Jesus e sua dominância sobre grande parte da humanidade
é derivada de um verso bíblico do profeta Zacarias onde se lê que as nações
gentias irão se apoiar nas vestes de um homem da Judéia e não o deixarão porque
“Deus está com ele”.
O kabalista Rav Moses David Valle explica que este verso se refere
a Jesus que era o Messias, filho de José, o qual veio a esse mundo para trazer
os verdadeiros segredos da Torá ,ou seja o Zohar, para todas as nações gentias
porque elas estavam sofrendo profundamente.
Obviamente não era permitido que a Kabbalah fosse divulgada às
massas devido ao fato que as massas jamais poderiam entender a teoria da
Relatividade de Einstein, física quântica ou mesmo a ideia de que a Terra era
redonda e que havia 7 continentes nela. Assim sendo, Jesus compartilhou os
segredos do Zohar do mesmo modo que o faz a Torá, ou seja, através de histórias
e parábolas. Este é o motivo pelo qual Jesus disse que somente os seus
discípulos mais chegados ele iria falar sobre os mistérios, mas às massas ele
iria falar em parábolas.
Aí está. Jesus ensina por parábolas. Isto inclui os conceitos da
trindade, do Filho de Deus, de Gólgota e da Cruz.
O NOME DE DEUS
Imagine se o nome de Jesus fosse Estevão. Imagine imaginar que
Estevão fosse Deus. Imagine dizer coisas como: ”Estevão me salvará”; ”Creia em
Estevão, ele é a encarnação de Deus”; ”Somente Estevão é o filho de Deus”; ”A
única maneira de chegar até Deus é através de Estevão”; ”Estevão é meu senhor e
salvador”.
Se isso acontecesse hoje em dia, seria visto como idolatria e
paganismo. Mas porque seu nome é Jesus e porque fomos condicionados a associar
seu nome (Joshua é, a propósito, um nome mais apropriado) com o divino por 20
séculos, somos incapazes de olhar o Jesus-Joshua histórico com objetividade. Mas
se você simplesmente trocar seu nome por Estevão ou Guilherme, você começará a
perceber que há muito mais na história de Jesus do que o apóstolo Paulo mostrou
ao mundo.
Essa história é Kabbalah. É o Zohar.
Como todos os kabalistas da história, até Rav Berg e Karen Berg,
todos os kabalistas foram caluniados, difamados e assassinados para manter as
verdades do Zohar longe do alcance do povo. Isto é o que aconteceu no Monte
Sinai com a construção do Bezerro de Ouro e a rebelião contra Moisés.
Jesus era um kabalista. Ele era o Messias mandado para trazer a
salvação para as nações pagãs.
Eles nunca vão esquecê-lo — eles não devem fazê-lo — de acordo com
o kabalista Rav David Valle e o profeta Zacarias. A força que o mundo não judeu
sente em Jesus é o Zohar. Esta é a mesma razão pela qual os israelitas,
particularmente o povo sefaradita através da história, nunca esqueceu Rabbi
Shimon Bar Yochai. Eles reverenciam Rabbi Shimon, o autor do Zohar, do mesmo
modo que os gentias reverenciam a Jesus. O povo sefaradita recorre à Rabbi
Shimon por milagres do mesmo modo que os gentios recorrem à Jesus. E assim é
como deve ser.
Os segredos do Zohar foram ocultados dentro do Cristianismo porque
os kabalistas sabiam que a Torá, o Templo e todos os ensinamentos secretos iriam
ser destruídos pelos anti-kabalistas 2.000 atrás. E isso chegou perto de
acontecer.
O templo foi destruído e Jerusalém se tornou um mar de sangue.
Ocultar os ensinamentos do Zohar no Cristianismo em parábolas foi a forma que
Deus cumpriu seu decreto de que os israelitas deveriam ser exilados dentre as
nações idólatras devido ao pecado do Bezerro de Ouro e devido ao seu ego que
levou à destruição do Templo de Jerusalém
Funciona assim:
Ao tomar o Zohar LITERALMENTE, em forma de parábolas, o
Cristianismo parece idólatra e pagão com a ideia da trindade e do Filho de Deus
que morreu na cruz. Mas quando tomamos isto pelas lentes do Zohar, é a Torá.
Como pode ser?
Gólgota e a Cruz são as Dez
Sefirot, as dez mais alta dimensões que precisamos acessar para fazer
renascer tudo que morreu em nossas vidas, seja prosperidade, felicidade, um
casamento ou nosso próprio estado emocional. Precisamos alcançar Gólgota através
da morte do ego. Gólgota é o reino das Sefirot — as mais altas dimensões chamadas de “o crânio”, que são também
o lugar conhecido como Atika Kadishá. Essa é a fonte
espiritual e o reino de onde TODAS as preces são atendidas. É assim que a Luz
que nós perdemos é recuperada. Mas você não pode ensinar a um povo antigo sobre
as multi-dimensões, fluxo de energia ou até outros conceitos avançados de forma
literal. É difícil entender tudo isso até no nosso segundo grau nas aulas de
física.
Referindo-se à ideia que Deus tem um filho, sabemos que o Zohar é
claro quanto ao assunto: Qualquer um que domine a Kabbalah é chamado de Filho do Sagrado. O Filho de Deus.
E a trindade, a Tríade Superior da Dez Sefirot, é essencialmente
conhecida como Pai (Abba) de acordo com o Zohar. As seis dimensões do meio são
chamadas de “O FILHO” (Zeir Anpin) e a realidade física, Malchut, é chamada de
Espírito Santo.
Aí está. Bem aí no Zohar. Pai, Filho e Espírito Santo referindo-se
às três dimensões da Árvore da Vida, as Dez Sefirot, o modelo da realidade.
Os kabalistas nos explicam que todo este modo usado pelo
Cristianismo de usar parábolas foi dado aos israelitas que se mesclaram ao
Cristianismo como um cordão umbilical que os ligou à Torá durante os 2 mil anos
de seu exílio. Isto serviu para que eles não se perdessem ou se desconectassem
da verdade. Isso também beneficiou as nações pagãs dando-lhes uma conexão com a
verdade, com a Torá, para que assim quando o Messias vier REALMENTE e quando a Luz do Zohar for finalmente revelada,
todas as nações possam reconhecer os ensinamentos de Jesus e venham correndo de
volta à Luz do Zohar, a essência e fonte absoluta dos ensinamentos de Jesus.
Releia a última sentença várias vezes.
Os kabalistas também explicam que mesmo os elementos pagãos do
Cristianismo serviram a um propósito positivo. Ajudaram a atrair os pagãos
através da história e deu-lhes um cordão umbilical com a verdade.
Por exemplo, o Zohar diz que a força da morte é o que mata nossa
felicidade. A verdadeira força da morte é o que mata um casamento. A força da
morte é o que mata a prosperidade financeira. A força da morte é a única causa
de caos e dor. A força da morte entra na sua vida pelo ego. Cada vez que você
reage com ego, uma gota da força da morte entra na sua vida. Quando são várias
gotas, a vida se torna um pouco caótica. Quanto mais aumenta, maior o caos.
Quando a força da morte alcança uma massa crítica seja física, emocional ou
qualquer outra, morte acontece.
A única maneira de limpar a força da morte é matando a influência
do ego. Ou a influência do ego morre ou nós morremos. Quando nós finalmente
matamos o controle do ego sobre nós, seja escalando as Sefirot ou ascendendo aos reinos espirituais superiores pela
nossa transformação gradativa, chegamos ao topo da Árvore da
Vida (as 10 Sefirot), Gólgota e então reavemos toda a
Luz que perdemos em nosso casamento, negócios ou estado interno de ser.
Quando removemos uma influência de ego suficiente de toda a
humanidade, então a ressurreição irá incluir a imortalidade da existência física
e biológica do corpo. Esse segredo estava escondido na ideia pagã de um Deus Que
morre.
Deus não morre. Uma Força infinita não pode caber dentro de um
corpo finito. Se Deus tomou a forma humana e morreu, Sua morte não seria maior
do que a morte de qualquer outro homem. Por quê? Porque se Deus é Deus, Ele não
pode morrer. Se ele toma uma forma mortal e morre por nosso pecados Sua morte
não é maior ou pior que a morte de outro homem qualquer. Para morrer é preciso
ser mortal. Se você é divino, você é imortal.
Qual a moral da história? Toda morte sobre a Terra deveria ser tão
importante quanto a morte de Jesus; mas como não é, esse é o motivo pelo qual
não damos valor a morte de uma anônimo ou estranho.
Quando passarmos a valorizar a morte de uma pessoa comum tanto
quanto valorizamos a morte de Jesus, toda matança acabará sobre a face da
Terra. ESTE é o segredo da história.
Do mesmo modo, a ideia de que os kabalistas morreram para limpar os
pecados de suas gerações é também encontrada no Zohar e é um princípio
fundamental da Kabbalah. Os kabalistas justos sofreram dores para limpar os
julgamentos de seus pares. Suas mortes ajudaram a expirar os pecados de uma
geração. É daí que o Cristianismo adquiriu a ideia.
Jesus foi morto. Ele foi pendurado numa árvore por tentar
compartilhar a Kabbalah e expor a corrupção do Segundo Templo. O Novo Testamento
nos diz em cinco diferentes passagens que Jesus foi pendurado numa árvore.
Gólgota e a cruz são uma parábola para as Dez Sefirot. Ponto
final.
Recentemente perguntei a um membro superior da Igreja o porque do
Novo Testamento dizer que Jesus foi pendurado numa árvore. Ele me disse que era
um código e uma parábola. Perguntei então porque ele aceita todo o restante do
Novo Testamento literalmente e não como uma parábola com conceitos tais quais
Gólgota e Filho de Deus? Ele não tinha a resposta. Ou a Bíblia que alcançou as
massas é uma parábola que deve ser decodificada como Jesus e Rabbi Shimon dizem,
ou ela é literal. Não pode ser os dois ao mesmo tempo.
Jesus morrendo na cruz é uma parábola sobre o ego humano morrendo
na Árvore da Vida — as 10 Sefirot — ao invés do ego florescendo na Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal.
O grande kabalista Rabbi Akiva também foi morto por ensinar a
Kabbalah. E também o foram mortos outros kabalistas desta era incluindo Rabbi
Ishmael, Rabbi Yehuda ben Baba e Rabbi Gamalial. A morte de kabalistas foi um
grande assassinato na história em termos de significância e impacto. Mas o mundo
só se familiarizou com o assassinato de um — de Jesus.
ACESSANDO O INFINITO
Embora um Divino Ser infinito não possa nunca caber em um corpo
finito, os raios de Luz brilhando do Ser Infinito podem fluir através de um
corpo para sempre.
Quando o ego se vai, a Luz do Criador flui através de cada pessoa
para sempre, dando-nos vida, ingenuidade, tecnologia, paz de espírito e todas as
peças de um quebra-cabeças para construir um mundo paradisíaco que somente
aumentará em felicidade e realização para sempre.
Essa Luz está esperando por nós em Gólgota — o reino das 10 Sefirot
que o Zohar chama O PAI, Para os cristãos alcançarem o PAI
precisam dos ensinamentos do Zohar de Jesus e precisam alcançar o reino das
Sefirot chamado “O FILHO” também conhecido como Zeir Anpin, as seis dimensões
acima da nossa realidade física. Essa é a realidade dos 99% que aprendemos na
Kabbalah.
A LÂMPADA SAGRADA
Vamos dar uma olhada na história novamente. Trocando o nome de
Jesus por Jeferson ou Estevão, expomos a verdade que Jesus era o Messias mas não
era Deus realmente e podemos agora entender que era a Luz Divina fluindo através
de Jesus, que acendeu as almas dos pagãos através da história. Era essa Luz que
deu às nações pagãs um lar até o tempo em que os israelitas se transformassem e
finalmente pudessem trazer o Zohar para todas as nações do mundo.
Devido a isso foi que os israelitas foram chamados para se tornarem
a LUZ SOBRE TODAS AS NAÇÔES! Os sefaradita reverenciam o poder de Rabbi Shimon
Bar Yochai e do Zohar pela mesma razão de que a DIVINA LUZ flui através
deles.
Uma lâmpada é simplesmente um recipiente que possibilita que a
corrente elétrica flua através dela para produzir luz num ambiente escuro. Não
damos crédito à lâmpada a fonte desse poder ou que ela seja idêntica à
eletricidade. A Lâmpada não tem poder em si mesma e a corrente elétrica não faz
parte de sua substância. É a corrente elétrica que flui através dela que é a
força que manifesta a luz.
Mas precisamos do recipiente, da lâmpada, para manifestar tal poder
no mundo físico. Sem a lâmpada, nunca veremos a luz que a eletricidade pode
manifestar.
Sem o recipiente de um refrigerador, nunca teremos a manifestação
do poder da corrente elétrica para gerar frio.
Sem o recipiente de um aquecedor, nunca teremos a manifestação do
poder da corrente elétrica gerando calor numa noite fria de inverno.
O Zohar, na verdade, chama Rabbi Shimon de “A LÂMPADA SAGRADA”.
E isso é o mesmo que Jesus representa para bilhões de pessoas
Uma Lâmpada Sagrada.
Ele é o condutor que canaliza a Luz Divina Do Zohar -—A corrente
“elétrica” de Deus — para todas as nações do mundo. Ele é a conexão com o Pai,
com o Zohar.
É tempo de deixar as parábolas de lado e revelar a essência da
verdade, que é o modo como iremos trazer nossa Redenção e acabar com o
sofrimento.
A ciência moderna nos permite ter acesso ao Zohar e à verdade da
existência de modo que os Cristãos possam aceitar os ensinamentos de Jesus e do
Zohar enquanto os israelitas aceitam os ensinamentos de Rabbi Shimon Bar
Yochai.
Rabbi Moses David Valle diz que quando esses dois grupos de pessoas
se unirem sob a bandeira da verdade, eles transformarão o mundo além de toda a
imaginação possível e que a morte cessará.
Com o Pêssach e a Páscoa chegando, compartilhemos a verdade do
Zohar, e verdade de Amar ao Próximo e alcancemos Gólgota,
Atika Kadishá, o lugar onde todas as preces da humanidade serão respondidas e a
ressureição incluirá a ressureição de cada célula de nosso corpo de modo que a
morte seja erradicada para sempre da paisagem da existência humana.
Fonte:http://estudantesdekabbalah.com/2014/04/09/jesus-o-kabalista/
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