LABORATÓRIO DE TANTRA,UMA MISSÃO REVELADORA

Nossa repórter conta tudo sobre suas impressões de uma sessão de massagem tântrica (Foto: Divulgação)

 

Laboratório de tantra, uma missão assim... reveladora

 Um dia eletrizante em um workshop tântrico. Aqui, conta-se em detalhes a experiência, com o perdão do trocadilho, reveladora.


Uma integrante de nossa equipe glamourosa (sorry, ela não revela sua identidade nem sob tortura) participou de um workshop tântrico, onde o uso de roupas é dispensável e orgasmos múltiplos com estranhos são comuns. Vem ver tudo que rolou por lá.
 
"Quando ouvi ‘Topa fazer um Laboratório de Tantra? É um curso intensivo de fim de semana em que você vai aprender a fazer a famosa massagem e escrever sobre, óbvio’, eu disse ‘sim’, entre a curiosidade e a obediência – bem, era minha chefe quem perguntava –, mas jamais imaginei que viveria uma experiência tão, digamos, sui generis. Liguei para a Companhia do Ser, espaço em São Paulo que ministra as aulas (atenção: teóricas e práticas!), para saber mais sobre o tema.
 
Para minha surpresa, nem mesmo o Saananda, um senhor argentino dono do espaço,
conseguiu me explicar direito como seria. ‘Tudo depende da energia do grupo. Em alguns encontros, há uma sintonia forte. Em outros, as pessoas ficam desconcentradas e ninguém sente nada’, ele disse, me deixando insegura e intrigada. ‘De toda forma, as sessões buscam entender e melhorar dificuldades emocionais, aprofundar experiências sexuais e reconhecer o potencial do nosso corpo, da nossa sexualidade e do nosso amor’, ele completou. Um tanto piegas, pensei. E um pouco assustador... Mas também o que esperar de um curso chamado Laboratório de Tantra?


Fiz minha inscrição para o fim de semana seguinte, mas só fui no domingo. Quando cheguei à Companhia do Ser – a própria casa do mestre, um espaço agradável com piscina, árvores e até quadra de vôlei –, me senti deslocada, claro. Fui recepcionada por umas dez pessoas que me abraçavam daquele jeito que parece que não vai soltar nunca mais, sabe? Saananda me chamou num canto e explicou que, ali, nem todo mundo se conhecia – apesar de alguns participantes já frequentarem o laboratório há três anos – e que, por ser um grupo avançado, a maioria ficava nu para as atividades. Oi? Eu ficaria peladex na frente de um pessoal que nunca vi na vida?! Diante dos meus olhos arregalados, o mestre esclareceu que eu não precisaria fazer nada que não quisesse. Bom, restava agora decidir o que seria menos constrangedor: tirar a roupa ou ser a única vestida!
 
Com essa dúvida na cabeça, entrei numa sala espaçosa, com pouca luz, incenso e música calma. Junto com a turma, comecei a caminhar pelo espaço enquanto o mestre nos pedia para deixar a respiração fluir. ‘Permitam-se sentir.’ Mas, Jesus, sentir o quê? Fechei os olhos e tentei relaxar. Olha... Tentei muito, juro! Porém só conseguia me preocupar com o que todo mundo estava fazendo. Decidi, então, dar uma espiadinha ao redor, afinal, os sons das outras pessoas eram tão altos a ponto de eu achar que estava no meio de loucos! Quando abri os olhos, vi que todos caminhavam como corcundas, emitindo ‘ahhh’ e ‘ohhh’. Isso me deixou ainda mais tensa. Que diabos todos estavam sentindo? E por que eu não conseguia entrar no clima? Foi quando Saananda nos pediu para parar em frente a alguém e falar o que aquela pessoa transmitia.
 
Com a mão no coração e olhar bem fixo, uma das mulheres do grupo me disse que eu parecia tranquila, segura e dócil. Achei genérico. Aí ela falou que sentia que poderíamos ter algo em comum. Em seguida, foi a minha vez de falar dela – e, não vou mentir, me faltaram palavras. Apelei para a primeira impressão, dizendo que ela parecia ser meiga. Revelei, então, que às vezes me sentia angustiada por ficar sozinha, já que minha família mora em outra cidade. Ela começou chorar e disse que sofria pelo mesmo motivo. Fiquei emocionada. Realmente a gente tinha uma ligação! Rolou até uma lagriminha.

Depois desse momento, Saananda pediu para que escolhêssemos alguém com quem nos sentíssemos bem. A tarefa? Acariciá-lo(a) e tirar sua roupa. Na hora, foquei em fazer par com uma mulher – não queria nenhum homem me despindo, apesar de isso ser supernatural para eles. Ela, então, tirou minha camiseta. Eu tirei a dela e começamos as carícias leves e suaves, nos braços, no colo, na costela, nas costas... 
 
Quando estava me acostumando com a ideia de estar seminua em uma sala cheia de gente, era hora de trocar de parceiro. Tentei me direcionar para mais uma mulher, mas dei de frente com um homem gordinho, de mais ou menos 30 anos, muito cheiroso. Para o meu desespero, a tarefa era tirar a parte de baixo. Respirei fundo e abaixei a bermuda do fulano, que fez o mesmo com a minha calça. Nesse momento, só conseguia pensar no que minha família acharia depois que eu contasse a experiência, mas segui em frente. Quando dei por mim, percebi que a maioria dos meus colegas já estava como veio ao mundo. Eu era a única mulher ainda de calcinha e sutiã!

Que tal aplicar algumas dessas lições com seu parceiro? (Foto: Divulgação)
Que tal aplicar algumas dessas lições com seu parceiro? (Foto: Divulgação)

Enquanto tentava desviar o olhar da zona sul do pessoal, Saananda me mandou escolher um parceiro do sexo oposto para a próxima dinâmica. Escolhi o único que ainda estava de cueca: um homem de 50 e poucos anos. Ele se deitou de barriga para cima no colchonete e, a partir daquele momento, a ideia era me dizer como gostava de ser acariciado e massageado. Travei. Enquanto tentava tocá-lo do jeito mais inocente possível, percebi que não estava lhe causando nem cócegas – e meu trabalho era provocar ondas de prazer. Isso me fez encarar a experiência de frente. Se eu estava ali, ia fazer de tudo para aquele homem ver estrelas! E vou confessar que, para uma primeira vez, até que eu me saí bem, porque o tio se mexeu bastante, viu!
 
Quando estava certa de que o pior tinha passado, ouvi: ‘Agora, a mulher sobe no homem e faz movimentos pélvicos’. Eu não sabia se ria ou chorava. Fui para cima do cara: barrigudinho, grisalho quase careca, mais velho que o meu pai. Vou fazer o quê? Senti zero prazer. Ele ficou sim animadinho, se é que me entendem. Já o casal ao meu lado... Apesar de nunca terem se visto antes, foram ao céu sem escala – leia-se: ela teve orgasmos múltiplos, ele gozou sem ejacular (sim, é possível!). De acordo com os felizardos, isso só aconteceu porque estavam relaxados e se entregaram totalmente às carícias. Invejei muito! 
 
Para finalizar a atividade em casal, o homem deveria sentar de pernas cruzadas, com a mulher encaixada nele, de frente. Deveríamos relaxar nessa posição para, em seguida, deitar de conchinha por meia hora. Acho que a tensão foi tanta que, assim que isso aconteceu, peguei no sono. Quando acordei, era hora do almoço. Um dos participantes havia preparado um risoto de maracujá. Estava bem gostoso, só que não conseguia pensar em outra coisa a não ser o que aconteceria no second round...
 
Por sorte – ou não! –, não houve a massagem do homem na mulher, como imaginei. Saananda colocou uma música tranquila que, aos poucos, virou um psy trance, e mandou a gente dançar. Nesse momento, com todos vestidos, me entreguei totalmente à experiência. Comecei a absorver o que o mestre havia dito durante todo o dia: ‘Sua consciência, seu estado de espírito, dependem apenas de você. Tudo o que você precisa só depende de você e de como controla sua mente’. E querem saber? No fim do dia, quando eu já me sentia infinitamente mais à vontade – ok, confesso, estava gostando de estar ali! – entendi que aquelas tarefas haviam despertado meu corpo para novas experiências.
 
Rever conceitos, abrir-se para o novo, permitir-se sentir algo inédito, confiar no outro não são tarefas fáceis. O primeiro impulso é resistir. Mas quando a gente se liberta, dá uma paz.... E, no fim, é isso que o tantra abrange: a importância de perceber o outro e a gente. Só assim, eles acreditam, conseguimos dar prazer e aceitar o prazer que nos é dado. Se eu pretendo voltar? Bem... Isso já é tema para uma próxima pauta.” 
 

A massagem tântrica

O passo a passo para você repetir na cama a massagem que nossa repórter aprendeu na prática  

 
1. Prepare o ambiente com incensos, velas e música suave.
2. Com o homem deitado de bruços, inicie a massagem com movimentos lentos das costas até os ombros, relaxando a musculatura. Sua mão deve estar bem aberta, para passar sua energia para ele. Se quiser, use um óleo ou creme de massagem.
3. Com o guapo relaxado, vá para as pernas e pés. Tente toques mais sutis utilizando só as pontas dos dedos. Nessa hora, menos é mais.
4. Peça para o parceiro virar de barriga para cima e use seu corpo e a imaginação para acariciá-lo: passe o cabelo, as unhas, respire bem perto da pele dele...
5. Quando sentir que o rapaz está subindo pelas paredes com o toque das suas mãos, explore a virilha, o períneo, os testículos e a base do pênis dele. Use um lubrificante e fuja dos movimentos comuns. Passe os dedos de leve desde a base até o topo, massageie
a glande com movimentos circulares e depois a friccione com a palma da mão. Brinque de diferentes maneiras e sinta as sensações que cada uma provoca. Ah, não se esqueça
de respirar muito! A respiração lenta e profunda oxigena o corpo e deixa você muito mais sensível e conectada. Assim, as sensações de prazer serão bem mais intensas! 


Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Amor-Sexo/noticia/2013/09/laboratorio-de-tantra-uma-missao-assim-reveladora.html



Massagem tântrica? Muito prazer. É o que conta nossa repórter (Foto: Shutterstock)
Massagem tântrica? Muito prazer. É o que conta nossa repórter (Foto: Shutterstock)

Massagem tântrica. Yes! Nós testamos

Um test-drive sexy que culmina em orgasmos múltiplos. Nossa repórter parou de contar no quarto clímax. Aqui relata detalhes de sua eletrizante experiência.

"Pessoal, quem se habilita a fazer o test-drive de uma sessão de massagem tântrica e escrever a experiência em primeira pessoa para a Glamour de junho?” Silêncio. Eu ali, morrendo de vontade de dizer sim, mas muuuito envergonhada para admitir. “Rola sexo?”, alguém perguntou. “Não, gente, é massagem mesmo. Terapeuta vestido, de luva. Pode ser homem ou mulher, a pessoa escolhe.” Aiii, ok, eu topo!
 
Ok, e lá fui eu para o Centro Metamorfose, na Vila Madalena, em São Paulo. Chegando lá, fui levada a uma salinha com luz roxa e música indiana. Tirei a roupa como se estivesse entrando numa consulta ginecológica. Deitei em um colchão no chão forrado com lençol branco. Começamos com a massagem Sensitive. Foram 40 minutos massageando, sem pressão, meus seios, costas, pernas, barriga... De olhos fechados, tentava relaxar. Mas ficava tensa cada vez que ela se aproximava das partes íntimas. Foi gostoso, porém estranho. Um carinhozinho delicado quando eu fechava os olhos. Uma desconhecida de luvas cirúrgicas quando eu abria. Não cheguei lá.
 
Mais hardcore que a Sensitive (no melhor dos sentidos), a segunda massagem, a G-Spot, começou com mais pressão, tipo uma modeladora. Quando estava me acostumando com a nudez, com a terapeuta, com a expectativa de gozar como nunca... ouvi o barulho de um vibrador em potência máxima. Mil coisas passaram pela minha cabeça, inclusive a de pedir para sair. Me senti uma virgem de novo.
 
Foram 40 minutos e muitos orgasmos de tirar o fôlego. Sim, comprovei: os tais orgasmos múltiplos existem mesmo. Perdi a conta de quantas vezes cheguei lá. Mas foram vezes suficientes para me fazerem cair no sono, exausta. Foi uma soneca de não mais de 15 minutos. Juro que cogitei ter sonhado tudo. Mas garanto que o relato é 100% real. Não sei se voltaria, mas definitivamente recomendo a experiência.
 
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Amor-Sexo/noticia/2012/06/massagem-tantrica-yes-nos-testamos.html

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