DHARMA OU DARMA




“Dharma”  (ou darma), é uma palavra do idioma antigo sânscrito que significa literalmente “aquilo que sustenta, que mantém“, mas é usado em significados mais amplos principalmente pelas escolas de sabedoria do Yoga e do Budismo. No Yoga, “Dharma” é a força régia da existência, a essência verdadeira do que existe, ou a própria Verdade, trazendo significados associados como a direção universal que baliza a vida humana ou o próprio dever pessoal. Quando acontece uma transmissão de compreensão, da Verdade, entre mestre e discípulo nessa tradição, diz-se que houve uma “transmissão do Dharma”. No Budismo, “Dharma” é a Verdade contida nos ensinamentos do Buddha Gautama — algumas vezes se fala em conjunto, “Buddha-Dharma”. Um dos principais livros do cânone budista, que contém ensinamentos diretos do Buda, se chama Dharmapada (ou dhammapada). Praticamente todos eles mantém uma certa coerência em essência que aponta para a “Lei Natural” ou a “Lei Cósmica”, mas num sentido integral e absoluto (não apenas da realidade visível). O dharma “indiano” também guarda semelhanças com o “Tao” chinês e com o “logos” ocidental.
O melhor significado de Dharma não consta nas palavras, tem que ser captado pela experiência, pela observação e pela compreensão. Uma explicação interessante é a da Wikipedia, que tenta resumir os sentidos hindu, budista e o sentido espiritual mais universal.

(essência, caminho). Há também a de um grande mestre do Yoga, Swami Sivananda (1887-1963), que diz que “Tudo aquilo que nos eleva é dharma“. Embora possamos fazer alguma associação, não é teoria religiosa nem filosofia. Uma vida bem examinada e investigada, onde exista auto-conhecimento (como dizia Sócrates), é uma vida que encontra a Verdade, que encontra seu caminho, que encontra o Dharma. O contrário também é válido: uma vida de sofrimento, autômata, sem atenção, sem consciência e mantida na ilusão dos sentidos, é adharma. “Se o universo fosse um rio, o fluxo desse rio seria o Dharma“.


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