O IMPOSTOR E O TOLO : A SÍNDROME DO IMPOSTOR

 
O IMPOSTOR E O TOLO
 
Síndrome do Impostor: e se descobrem que somos farsantes?
 
A Cachaça da Happy Hour
 
Isto pode acontecer com qualquer um: você vai ao trabalho e é convocado para uma reunião com a diretoria onde são tomadas decisões estratégicas para a empresa.
Em outra ocasião, num congresso importante você é cumprimentado por pessoas brilhantes, com feitos e realizações extraordinárias.
Todos confiantes, bem sucedidos e… você lá no meio, fazendo parte daquela turma.
Repórteres de TV te abordam com microfones para uma entrevista a ser exibida com destaque nos principais telejornais da noite. De repente, você se descobre uma celebridade.
Mas, ao invés de correr para o abraço e sair distribuindo autógrafos, é nestas horas que você começa a se perguntar:
“Como foi que eu acabei chegando ao mesmo patamar dos demais? Quem cometeu um erro ao me selecionar? Quando vão descobrir que eu não pertenço a esse grupo e que sou, na verdade, um impostor?”

Esta sensação, que aflige muitas pessoas, com propriedade recebeu o nome de Síndrome do Impostor.
Ela é muito comum na academia – e em ambientes altamente competitivos – porque algumas pessoas têm dificuldades em reconhecer a própria competência mesmo quando ela é evidente para os outros.
Estas pessoas sempre acham que suas conquistas foram por causa de sorte, que elas nem são tão impressionantes assim, que receberam ajuda, que os avaliadores foram bonzinhos demais, entre outras racionalizações.
O importante é saber que este é um sentimento comum e, muito provavelmente, falso.
Somente a consciência de que esta síndrome existe e entendê-la já é um passo para aliviar a ansiedade que ela gera.
Por este motivo, muitos serviços de aconselhamento psicológico para estudantes têm textos especializados na tal Síndrome do Impostor.

Outra maneira de se lidar com esta Síndrome é conversar, se abrir sobre estes sentimentos com outras pessoas.
Obviamente a competente cabeça de quem se sente um impostor vai perguntar, diante deste texto:
“Mas, e se no meu caso for verdade? Tudo bem que esta é uma sensação falsa que atinge muitas pessoas, mas tenho certeza que o meu excesso é de lucidez!”
Diante de pensamentos assim, muito prazer, você acaba de ser apresentado ao efeito de Dunning-Kruger.
Este efeito aparece em pessoas tão ineptas que, por isto mesmo, são incapazes de reconhecer a própria incompetência.
Pesquisadores descreveram este efeito ao analisar os resultados de um teste lógico com 20 perguntas aplicado a 45 estudantes.

O que eles observaram é os 25% piores alunos acreditavam ter acertado 14 perguntas quando na realidade haviam respondido corretamente uma média de… 9.6 perguntas.
E ainda imaginavam se encontrar entre os 35% melhores alunos do teste! O curioso é que os melhores alunos em geral achavam que tinham se saído pior do que verdadeiramente foram.
A conclusão lógica da Síndrome do Impostor e do efeito de Dunning-Kruger é que muitas pessoas que se acham mesmo capazes em um grupo são, na realidade, as mais incapazes e vice-versa.
Embora isto nem sempre seja uma regra, por garantia recomenda-se cuidado quando você se sentir a bolacha mais crocante do pacote – ou a mais sem graça de todas.
Nestes casos, talvez seja a hora mais apropriada de avaliar que o seu cérebro possa estar enganado e que você não passe de um mísero impostor… ou um tolo.
 
Este é um texto remixado de Brontossauros em meu Jardim


Fonte: http://www.materiaincognita.com.br/sindrome-do-impostor-e-se-descobrem-que-somos-farsantes/#ixzz2b1CbE4xa

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