“Quando eu era criança, me apaixonei por essa música. É bonita, charmosa, tem uma grande melodia e cores maravilhosas. Mas, mais tarde, me tornei mais consciente musicalmente – educado, estudei música e ouvi muita música – e achei mais dificil amá-la. Nós ouvimos em todo lugar – quando estamos na fila, no shopping center, na propaganda, está em todo canto. Pra mim, este disco e o projeto são tentativas de resgatar essa obra, de se apaixonar novamente”.
~ Max Ritcher, em entrevista à NPR (21/11/2012)
VIVALDI
Assim o pianista inglês
Max Ritcher, de 46 anos, descreve a intenção do seu novo disco
“Recomposed by Max Richter: Vivaldi, The Four Seasons” (2012),
uma tentativa arriscada – aplaudida e reprovada – de recompor, reler e remixar a
obra-prima escrita em 1723 pelo compositor barroco
italiano Antonio Vivaldi (1678-1741). Ivan Hewitt, do
The Telegraph, diz que é “uma comovente e inteligente homenagem à grande obra
de Vivaldi”; David Hurwitz, do Classics Today, diz que é “uma descomposição ou mesmo uma humilhação” para
Vivaldi. Na Amazon, 53 das 71 avaliações deram cinco estrelas (e duas
deram uma estrela).
Mesmo sendo muito mais
um remix do que uma releitura clássica, é um risco salutar, “anormal” (para usar
uma expressão que falamos essa semana) e uma obra interessante. Como admirador
das “Quatro Estações”, não acho que chega nem perto de algo grandioso (algumas
vezes parece entusiasmante, outras é repetitivo), mas é atual, é musical e é
novo.
Segue abaixo dois trechos selecionados, o 1° Movimento do “Outono” (Autumn) e da “Primavera” (Spring).
“Vivaldi Recomposed by Max Ritcher: Autumn 1″:
“Vivaldi Recomposed by Max Ritcher: Spring 1″:
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