ANJELINE JOLIE : A TRAJETÓRIA INCOMUM DE UM SÍMBOLO SEXUAL E A POLÊMICA MASTECTOMA RADICAL






Angelina Jolie: a trajetória
incomum de um símbolo sexual



Símbolo sexual com uma trajetória
marcada por fortes compromissos em
favor dos refugiados, a atriz americana Angelina Jolie, que anunciou nesta terça-feira ter sido submetida a uma dupla mastectomia preventiva, afirma que continua sendo uma "menina má".
"A vida está cheia de desafios. Os que não nos devem dar medo são aqueles que podemos enfrentar e controlar", destaca a companheira do também ator Brad Pitt, mãe de seis crianças e que em 2005 foi eleita a mulher mais sexy do mundo.
Angelina vem de uma família dedicada ao cinema. Sua mãe, a atriz americana Marcheline Bertrand, de origem franco-canadense, morreu vítima de um câncer aos 56 anos. Seu pai é o ator americano Jon Voigh, que ganhou um Oscar de melhor em 1979, e seu irmão é o ator James Haven.
Nascida no dia 4 de junho de 1975 em Los Angeles, na Califórnia, estudou artes dramáticas no Lee Strasberg Theatre Institute de Nova York, mas sua silhueta esbelta, suas maçãs do rosto salientes e seus lábios carnudos abriram as portas para uma carreira de modelo.
Após algumas atuações no palco, ela apareceu no cinema e na televisão. Foi vista, sobretudo, em papéis de mulher sofrida ("Brincando com a Morte", 1997) ou de provocadora rebelde ("60 segundos", 2000).
Apreciada por sua interpretação de uma modelo com Aids no filme "Gia - Fama e Destruição", que lhe valeu um Globo de Ouro em 1999, Jolie se consolidou como símbolo sexual alguns anos depois, de short e camiseta justa, em "Lara Croft: Tomb Raider".
Angelina Jolie estampava capas de revistas e alimentava as fantasias masculinas com declarações como: "Somos jovens, estamos bêbados, estamos na cama, temos facas... pode ocorrer um acidente".
Casada e divorciada duas vezes dos atores britânico Jonny Lee Miller (1996-1999) e americano Billy Bob Thornton (2000-2003), em 2002 ela adotou sozinha seu primeiro filho, Maddox, nascido no Camboja. Em 2005, a atriz, que alegou ter "um vínculo muito forte com esse país", recebia a nacionalidade cambojana.
Um salário "ridiculamente alto"
Embaixadora da boa-vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Angelina Jolie diz ter se sensibilizado com as causas humanitárias durante uma passagem por Serra Leoa, em um campo de deslocados onde havia crianças vítimas de atrocidades.
"Isso fez de mim alguém diferente, para melhor. Antes me interessava principalmente por mim mesma, por minha carreira, minha vida", declarou em 2006 à rede CNN, explicando que doava um terço de sua renda a obras de caridade. "Recebo um salário ridiculamente alto pelo que faço", afirmou.
Angelina Jolie ganhou 20 milhões de dólares por "Sr. e Sra. Smith" (2005), comédia de ação na qual atuou ao lado de outro 'sex symbol' hollywoodiano, Brad Pitt, então em processo de divórcio. Eles formariam depois um dos "casais de ouro" de Hollywood.
Sua primeira filha biológica, Shiloh, nasceu em maio de 2006 na Namíbia, em uma tentativa de fugir dos paparazzi que os perseguiam. Em 2008, Angelina deu à luz gêmeos em Nice: Knox León e Vivienne Marcheline.
Angelina e Brad também são pais de outras duas crianças adotadas: Pax, de origem vietnamita, e Zahara, uma menina etíope.
Em 2000, Angelina recebia o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação de uma carismática doente mental em "Garota Interrompida" (1999), de James Mangold.
Em 2010 produziu seu primeiro longa-metragem, "Na terra de amor e ódio", uma história de amor entre uma jovem muçulmana e um sérvio durante a guerra na Bósnia (1992-1995), pelo qual recebeu a cidadania de honra de Sarajevo. Seu filme será divulgado no âmbito de campanhas contra as agressões sexuais em zonas de guerra.
A embaixadora do Acnur viajou nesta condição a diversas zonas de conflito, como Iraque, Darfur e Líbia.
Ela admitiu que durante as filmagens brincou "com fogo" e que, apesar de seus filhos e de seu companheiro, continuou "sendo uma menina má": "Continuo mantendo esta parte em mim. Mas agora consigo controlá-la e a reservo para Brad. Ou... para nossas pequenas aventuras".

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 14/05/2013 13:55

Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/05/14/interna_internacional,387151/


 (REUTERS/Toby Melville)



Angelina Jolie revela que passou por dupla mastectomia


A americana Angelina Jolie, uma das atrizes mais famosas do mundo, casada com o ator Brad Pitt, revelou que havia sido submetida a uma dupla mastectomia preventiva para reduzir o risco elevado de câncer.
Em um artigo com o título "Minha opção médica" publicado no jornal New York Times, a atriz de 37 anos explica que decidiu passar pela operação porque tem uma mutação genética que aumenta o risco de câncer.
Em seu caso, a mutação genética, conhecida como BRCA1, representava 87% de chances de desenvolver um câncer de mama e 50% de ser atingida por um câncer de ovários.
A mãe de Angelina Jolie, Marcheline Bertrand, morreu de câncer aos 56 anos.
A atriz agraciada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 2000 por seu papel em "Garota Interrompida" é filha do ator Jon Voight, também ganhador de um Oscar.
"Quando soube qual era minha situação, optei pela prevenção para minimizar o risco o máximo possível. Tomei a decisão de me submeter a uma dupla mastectomia preventiva", explica Jolie no artigo.
"Comecei com os seios porque meu risco de ter câncer de mama é maior do que o de ter câncer de ovário, e a operação é mais complexa", afirma.
No dia 27 de abril a atriz concluiu os três meses de preparação para a cirurgia, depois da qual seu risco de ter câncer de mama é de apenas 5%.
Jolie, que teve três filhos com Brad Pitt e adotou outros três, afirma que está muito melhor depois da cirurgia.
"Posso dizer a meus filhos que não devem ter medo de me perder por culpa de um câncer de mama", escreve.
Conhecida por ter interpretado a heroína dos jogos eletrônicos Lara Croft no cinema, Angelina Jolie, que nos últimos anos também estreou na direção, explica em detalhes o processo cirúrgico de várias etapas, a principal delas uma operação de oito horas para retirada do tecido mamário e a substituição por implantes temporários.
"Você levanta com tubos de drenagem e extensores nos peitos. Parece uma cena de um filme de ficção científica. Mas alguns dias depois da operação, você pode voltar à vida normal", recorda.
A etapa final do processo implica na reconstrução das mamas com implantes.
"Aconteceram muitos avanços neste procedimento nos últimos anos e os resultados podem ser muito bonitos", indica.
A atriz também ressalta que Brad Pitt foi um grande apoio durante todo o processo.
"Brad esteve no Pink Lotus Breast Center, onde fui tratada, durante cada minuto das cirurgias", afirma Jolie, e "conseguimos encontrar momentos para rir juntos".
"Sabíamos que era o melhor que podíamos fazer para nossa família e que nos uniria ainda mais. E foi assim que aconteceu".
A operação deixou apenas pequenas cicatrizes, que não devem provocar uma forte impressão nos filhos, conta Jolie.
"Pessoalmente não me sinto menos mulher. Eu me sinto mais forte e tomei uma decisão importante que não diminui em nada a minha feminilidade", completa.
Angelina Jolie, uma das atrizes mais bem pagas do mundo, lamenta que o teste para detectar a mutação genética BRCA1, assim como a BRCA2, custe mais de 3.000 dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres".
Também espera que seu caso sirva de exemplo para outras mulheres com risco de câncer.
"Se escrevo agora sobre isto é porque espero que outras mulheres possam beneficiar-se de minha experiência".
"A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", conclui.
As reações ao anúncio de Jolie não demoraram a chegar.
A apresentadora da CNN Zoraida Sambolin revelou no ar que ela mesma será submetida a uma dupla mastectomia depois de ter sido diagnosticada com câncer, e afirmou que Jolie "me dá forças".
Já a vencedora do Grammy Sheryl Crow, que superou um câncer de mama, escreveu no Twitter: "elogio Angelina Jolie por sua coragem e consideração ao compartilhar hoje sua história referente à mastectomia. Que valente!".
"É uma mulher corajosa", afirmou o chanceler britânico, William Hague, que trabalhou nos últimos meses com Jolie, enviada especial da ONU para os refugiados.
Hague e Jolie visitaram Ruanda e a República Democrática do Congo em março e uniram esforços na reunião do mês passado dos ministros das Finanças do G8 para obter a promessa de ação contra o uso do estupro como arma de guerra.
"É uma mulher muito corajosa, uma mulher muito profissional. Trabalhou muito comigo nos últimos meses e viajou comigo por alguns lugares difíceis no Congo", disse Hague ao canal Sky News Television.
"Não deu sinal algum de que estava sendo submetida a tal tratamento. É uma mulher muito corajosa não apenas para seguir adiante com seu trabalho durante tal tratamento, mas também agora, ao escrever e falar sobre isto. É uma mulher muito corajosa e será uma inspiração para muitos", completou.

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 14/05/2013 13:10

 

Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/05/14/interna_internacional,387131/


Angelina Jolie declara que decisão de remover as mamas foi duraAtriz relembrou o drama vivido por sua mãe, que morreu de câncer aos 56 anos


Atriz tinha 87% de chances de desenvolver câncer de mama (REUTERS/Umit Bektas )
Atriz tinha 87% de chances de desenvolver câncer de mama


A atriz Angelina Jolie disse que a decisão de retirar os seios em uma cirurgia de dupla mastectomia foi dura. Ela ressaltou que não se sente menos feminina e que decidiu-se submeter ao procedimento após encarar uma dura realidade: ela foi diagnosticada com uma mutação genética que eleva as chances da incidência de câncer de mama para 87%.
A atriz começou a retirar as mamas em fevereiro. Nove semanas depois do início do procedimento, ela passou por uma cirurgia para a reconstruir o colo e receber implantes de silicone.
Fator hereditário Jolie, de 37 anos, escreveu que tomou a decisão pensando em seus seis filhos, após ver sua própria mãe, a atriz Marcheline Bertrand, morrer de câncer ainda muito jovem. Em um artigo com o título "Minha opção médica" publicado no jornal New York Times, a atriz de 37 anos explica detalhadamente o drama que a genitora viveu:
"Minha mãe lutou contra o câncer por quase uma década e morreu aos 56 anos", escreveu a atriz. "Ela resistiu tempo suficiente para conhecer os primeiros netos e segurá-los nos braços. Mas meus outros filhos nunca terão a chance de conhecê-la e de saber o quão amorosa e graciosa ela era."
A atriz disse que "eles perguntaram se a mesma coisa poderia acontecer comigo". Jolie afirmou que após um exame genético ficou sabendo que tem o gene "defeituoso" BRCA1 e tinha 87% de chances de adquirira a doença.

Ela disse que manteve os acontecimentos em âmbito particular, mas que escreveu sobre o que aconteceu com ela na expectativa de ajudar outras mulheres.
"Eu queria escrever isso para dizer a outras mulheres que a decisão de passar por uma mastectomia não é fácil. Mas é uma decisão e eu estou muito feliz por tê-la tomado", escreveu a atriz.
"Minhas chances de desenvolver câncer de mama caíram de 87% para 5%. Eu posso dizer aos meus filhos que eles não precisam temer que me perderão para o câncer de mama."
Mensagens telefônicas e de e-mail enviadas pela Associated Press na noite de segunda-feira, em busca de declarações de representantes de Jolie não haviam sido respondidas.
A atriz descreveu em detalhes os procedimentos pelos quais passou. "Meu processo começou em 2 de fevereiro, com um procedimento conhecido como "nipple delay", escreveu ela, "que impede o surgimento da doença nos dutos mamários por trás do mamilo e leva mais sangue para a área".
A seguir, ela descreve a realização de uma grande cirurgia duas semanas mais tarde, quando o tecido da mama foi removido. Segundo a atriz, a sensação foi "como uma cena de um filme de ficção científica".


Estado de Minas
Publicação: 14/05/2013 12:49Atualização: 14/05/2013 14:36



As informações são da Associated Press.
*Com informações da Agência Estado

Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/05/14/interna_internacional,386952/


Brad Pitt diz que mastectomia de Angelina Jolie é uma escolha "heroica"



Brad Pitt elogiou a coragem da esposa por retirar as mamas para evitar o risco de câncer (AFP PHOTO / JOE KLAMAR )

Brad Pitt elogiou a coragem da esposa por retirar as mamas para evitar o risco de câncer

O ator americano Brad Pitt, companheiro da atriz Angelina Jolie, que anunciou nesta terça-feira que havia sido submetida a uma dupla mastectomia para evitar um risco muito elevado de câncer, saudou uma decisão "absolutamente heroica", em uma entrevista concedida ao jornal britânico Evening Standard.

"Tendo sido testemunha privilegiada desta decisão considero a escolha de Angie, assim como de muitas outras mulheres em sua situação, absolutamente heroica", afirmou Brad Pitt ao jornal.

"Agradeço a nossa equipe médica por seus cuidados e por sua atenção. O que mais desejo no mundo é que ela tenha uma longa vida com boa saúde comigo e com nossos filhos. É um dia feliz para toda a nossa família", disse o ator.

Angelina Jolie, de 37 anos, revelou, em um artigo intitulado "Minha escolha médica" publicado nesta terça-feira no New York Times, que tinha sido submetida a esta operação por ser portadora de um gene defeituoso que aumenta o risco de câncer.

Segundo a atriz, existia antes da cirurgia um risco de 87% de ela desenvolver um câncer de mama e de 50% para um câncer de ovário, em razão da presença deste gene defeituoso (BRCA1).

A mãe de Angelina Jolie morreu vítima de um câncer aos 56 anos.  



AFP - Agence France-Presse
Publicação: 14/05/2013 14:10Atualização: 14/05/2013 14:40


Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/05/14/interna_internacional,387159/



Após anúncio de Angelina Jolie, apresentadora da CNN diz que também retirará as mamasZoraida Sambolin foi diagnosticada com câncer e afirma que caso da atriz lhe deu força


 (HANDOUT/REUTERS)

Enquanto o mundo ainda está surpreso com a cirurgia de mastectomia preventiva à qual a atriz Angelina Jolie se submeteu, a apresentadora do canal CNN Zoraida Sambolin afirmou que também passará pelo procedimento de remoção das mamas. A jornalista fez o anúncio em sua página na rede social Facebook e voltou a falar sobre o assunto programa em que participa como co-âncora, intitulado "Early Start": "É bom ouvir alguém falar sobre a doença e ter o apoio de um grande número de mulheres ao seu redor”, disse ao vivo no programa de TV.

Os casos de Angelina Jolie e Zoraida Sambolin são diferentes. Enquanto a atriz fez uma mastectomia preventiva, ao descobrir uma disfunção genética que lhe dava 87% de chances de câncer de mama, a apresentadora já havia sido diagnosticada com a doença. "Lutei por semanas para descobrir um modo de dizer que tenho câncer e que tirarei licença para fazer a cirurgia. Então, Angelina Jolie compartilha sua história e me dá força", declarou a jornalista no Facebook.
 
Zoraida Sambolin também disse que sua intenção é de dar força a outras mulheres que precisam enfrentar o tratamento ao câncer, assim como ela mesma se sentiu fortalecida ao tomar conhecimento do caso de Angelina Jolie. Após as declarações, centenas de telespectadores e fãs fizeram manifestações de apoio a Zoraida Sambolin por meio do Facebook.

A cirurgia de Zoraida Sambolin já está marcada para o dia 28 de maio. Ela disse que tem um histórico de tecidos fibrocísticos na mama, que tornam o diagnórtico mais difícil. A apresentadora destacou a impotância da detecção precoce e disse que que a realização regular de exames de mamografias foi fundamental para o caso dela.


Anúncio de mastectomia de Angelina Jolie desperta elogios e cautela


Os ativistas da luta contra o câncer saudaram a decisão da atriz Angelina Jolie de tornar pública sua dupla mastectomia, esta terça-feira, mas advertiram que as mulheres não devem correr para fazer testes em busca de uma mutação genética que represente um risco para suas vidas.
"Não queremos que todo mundo diga 'quero fazer o teste'", afirmou o médico chefe da Sociedade Americana de Câncer, Otis Brawley, em entrevista por telefone à AFP.
"Queremos que as pessoas pensem em seu histórico familiar e falem com seu médico", que poderá encaminhá-las a um conselheiro genético para determinar a necessidade do teste, disse Brawley.
"As mulheres com familiares de primeiro grau - ou seja, uma irmã ou a mãe - que tenha sofrido câncer de mama ou de ovário em idade precoce deveriam especialmente ter esta conversa", afirmou.
No caso de Jolie, a mãe da atriz de 37 anos, ganhadora do Oscar e ativista da ONU, morreu de câncer de ovário aos 56 anos.
Em um artigo intitulado "Minha opção médica", publicado no jornal The New York Times, Jolie contou ter se submetido a testes genéticos que confirmaram que ela era portadora de uma mutação genética conhecida como BRCA1.
A BRCA1 costuma ser rara na população feminina, mas também é caro fazer exames para rastrear este tipo de gene.
No artigo, Jolie lamentou que o teste para detectar o BRCA1 assim como outro gene defeituoso que pode levar ao câncer, BRCA2, custe mais de 3.000 dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres".
Um laboratório americano, o Myriad Genetics, é o único no país a oferecer este teste e trava uma polêmica batalha jurídica atualmente na Suprema Corte sobre os direitos de patente dos genes BRCA1 e BRCA2. Um parecer é aguardado para junho.
Embora o laboratório tenha se recusado a confirmar ou desmentir se foi o laboratório encarregado do teste feito em Jolie, as ações da Myriad Genetics subiram 4% esta terça-feira na bolsa eletrônica Nasdaq para 34,45 dólares, seu melhor nível desde meados de 2009, antes de recuar um pouco.
"Acreditamos firmemente que o uso apropriado de muitos dos nossos testes de diagnósticos poderia ajudar a reduzir as doenças, hospitalizações e intervenções caras e potencialmente baixar o custo do tratamento", informou a empresa, em um comunicado.
Outros laboratórios na Europa oferecem o mesmo teste, segundo a American Civil Liberties Union, que enfrenta a ação de patentes da Myriad Genetics na justiça.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, estima-se que 12% de todas as mulheres no país vão desenvolver câncer em algum momento da vida, embora a probabilidade seja 5 vezes maior para as poucas que têm a mutação BRCA1 e BRCA2, segundo informações divulgadas em seu site (www.cancer.gov).
As duas mutações podem ocorrer também em homens, aumentando o risco de desenvolverem câncer de mama, pâncreas, testículos e próstata.

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 14/05/2013 21:01

Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2013/05/14/interna_internacional,387293/


Retirar as mamas não é a única alternativa para casos como o de Angelina Jolie

Nesta terça-feira, a atriz americana Angelina Jolie revelou que passou por uma cirurgia de retirada e reconstrução de suas mamas, entre os meses de fevereiro e abril, depois que ela descobriu, a partir de um teste genético, que o seu risco de ter câncer de mama era de 87%. O procedimento foi uma escolha da atriz e foi feito como forma de prevenção, já que ela ainda não apresentava a doença. "Eu quis escrever isso para dizer às outras mulheres que a decisão de fazer a mastectomia não foi fácil. Mas eu estou muito feliz que eu a fiz. Minhas chances de desenvolver câncer de mama caíram de 87% para 5%. Eu posso dizer aos meus filhos que eles não precisam ter medo de me perder para o câncer de mama”, afirmou Angelina no texto My Medical Choice (Minha escolha médica), publicado no jornal The New York Times.
O teste genético feito por Angelina detectou, em seu DNA, uma mutação no gene BRCA1. A partir dos dados do exame, os médicos estimaram que a atriz, além de correr um risco de 87% de ter câncer de mama, também apresentava 50% de chances de ter um câncer de ovário. Quando uma pessoa não tem câncer, mas sim um alto risco de desenvolver a doença, fica a critério do paciente optar ou não por se submeter à cirurgia de remoção das mamas. No caso de Angelina, foi feita uma mastectomia dupla, quando os dois seios são removidos. "Uma vez que eu soube que essa era a minha realidade, eu decidi ser proativa e minimizar o risco o máximo possível. Eu tomei a decisão de fazer uma dupla mastectomia preventiva. Eu comecei com os seios, pois o meu risco de câncer de mama é maior do que o meu risco de câncer de ovário", disse a atriz.
Segundo José Luiz Bevilacqua, mastologista e cirurgião oncológico do Hospital Sírio-Libanês, em casos como esse, a opção pelo processo cirúrgico deve ser muito discutida com a paciente. "Trata-se de um procedimento que não está isento de riscos. Pode ocorrer necrose da pele ou infecção da prótese. Além disso, o resultado estético não é o mesmo de uma cirurgia plástica", afirma. De acordo com o médico, a idade ideal para que a mulher se submeta ao procedimento de remoção das mamas é por volta de 30 a 40 anos. "Acima dos 50, o benefício desse procedimento tão complexo pode ser questionável." A mastectomia apresenta um benefício de cerca de 90% na redução dos riscos — podendo chegar até 100% em alguns casos.
Existem alguns medicamentos que também podem ser utilizados para a finalidade de redução de riscos e pessoas com mutações genéticas. Alguns inclusive só podem ser utilizados em pacientes que estão na menopausa, o que pode ser útil para mulheres mais velhas, que não se beneficiariam tanto com a cirurgia. Segundo Bevilacqua, o benefício desses remédios é, em média, de 50%.

Análise genética — O teste genético feito por Angelina Jolie e que detectou seu alto risco de desenvolver câncer está disponível no Brasil. Porém, esse exame, além de muito caro (cerca de 7.000 reais) não deve ser aplicado em todos os pacientes. "Esse teste é indicado no caso de mulheres que tenham tido câncer de mama quando jovens ou que apresentem histórico de vários casos de câncer de mama ou de ovário na família. Nesses casos específicos, vale a pena fazer o exame para identificar se, na família, o câncer tem uma origem hereditária e para identificar se a paciente possui determinada mutação genética", disse, ao site de VEJA, Maria Isabel Achatz, diretora do Departamento de Oncogenética do Hospital A.C. Camargo, instituição que realiza tal exame. "Se o exame mostrar a mutação, estimamos o risco da doença e com isso fornecemos à paciente as possibilidades de redução dessa probabilidade." A mãe de Angelina Jolie, Marcheline Bertrand, morreu em 2007, aos 56 anos, depois de lutar por 10 anos contra o câncer de mama.
De acordo com Achatz, caso uma paciente que apresente um alto risco de câncer de mama opte por não retirar as mamas, ela deve ser frequentemente examinada para que o médico tenha controle sobre o possível surgimento e a progressão da doença. "Nesses, casos, geralmente a paciente faz, por exemplo, uma mamografia em janeiro e uma ressonância em julho todos os anos. Assim, ela nunca fica mais do que seis meses sem ser examinada."
O caso do câncer de ovário, no entanto, é mais complicado. Isso porque, diferentemente do câncer de mama, é muito difícil que o de ovário seja detectado precocemente. “E quando essa doença é diagnosticada tardiamente, os resultados dos tratamentos já não são tão bons. A única alternativa em casos de o teste detectar alto risco desse câncer, então, é a retirada do ovário. Mas isso fica a critério do paciente”, afirma Achataz.
Prevenção – Bevilacqua diz que, a partir dos 40 anos de idade, a recomendação é de que todas as mulheres façam uma mamografia anual e tenham as mamas analisadas durante a consulta médica. Quem tem histórico familiar da doença deve incluir no checkup a ressonância magnética, que permite uma análise mais profunda das mamas. "Pacientes que têm casos de câncer de mama na família devem começar a fazer a ressonância magnética pelo menos 10 anos antes da idade na qual a pessoa mais jovem da família teve a doença", explica o médico.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/

Mulheres como Jolie devem retirar também os ovários para prevenir câncer
 
A atriz Angelina Jolie, 37 anos, espera que a divulgação da cirurgia para retirada dos seios (mastectomia) realizada por ela para prevenir o câncer de mama ajude outras mulheres a terem consciência sobre a doença. Ela perdeu a mãe cedo e herdou a mutação no gene BRCA1, que aumenta o risco de desenvolver um tumor na mama em cerca de 60% (ou em até 87%, como mencionado pelo médico da atriz). Para mulheres com essa mutação, no entanto, a indicação é retirar, também, os ovários. Segundo o médico José Roberto Silassi, coordenador do serviço de mastologia do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), a mutação no BRCA1 aumenta em cerca de 40% o risco de desenvolver câncer de ovário. Esse tipo de tumor é muito mais difícil de ser diagnosticado em estágio inicial e, pior, tem uma mortalidade de 60 a 70%, bem maior que a do câncer de mama, que se identificado logo no início tem um índice de mortalidade que se aproxima de zero.
A mastectomia preventiva, como a feita por Angelina Jolie, que preserva os mamilos, pode reduzir em até 95% o risco de ter o câncer de mama, segundo Silassi. Ele explica que a garantia não é de 100% porque é possível que um tumor se desenvolva nos ductos mamários ( que se liga aos mamilos), ou mesmo em algum resquício de tecido mamário (nenhuma cirurgia consegue eliminar tudo). Mas como a proteção é alta, não se justifica sacrificar os seios inteiros. A colocação de prótese pode ser feita assim que as mamas são retiradas. No caso da atriz, foi feito em etapas, como ela própria descreveu no artigo no The New York Times.



Ministério da Saúde do Brasil diz que não há consenso sobre eficácia da mastectomia para prevenção do câncer


O Ministério da Saúde alerta que ainda não há consenso científico sobre a eficácia da cirurgia de retirada das mamas (mastectomia) como forma de prevenção do câncer. O assunto ganhou destaque depois que a atriz norte-americana Angelina Jolie anunciou que se submeteu à cirurgia após ter feito um sequenciamento genético que identificou um "defeito" no gene BRCA1. Assim como a mãe, que morreu de câncer aos 56 anos, a atriz tem uma mutação nesse gene que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Segundo a atriz, a mastectomia diminuiu em 85% as chances de ela ter um câncer de mama no futuro.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS)
não faz nem a mastectomia nem o exame de sequenciamento genético como forma de prevenir a doença. Segundo o Ministério da Saúde, a cirurgia para retirada das mamas só é feita depois da descoberta de um tumor. Alguns hospitais e clínicas particulares fazem o sequenciamento, que pode custar até R$ 7 mil.
"O maior problema que nós enfrentamos não é com relação à cirurgia, mas em se fazer o diagnóstico da mutação. O exame é caro, não está disponível na rede pública e nem todo mundo que teria a indicação para se fazer o exame tem acesso a ele", disse a médica Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em entrevista à Agência Brasil.

"Uma em cada nove ou dez mulheres vai desenvolver câncer de mama. Ele é muito frequente. É o principal câncer na população feminina. Segundo o Inca [Instituto Nacional do Câncer], são mais de 52 mil novos casos por ano." Mas, para que a doença seja considerada hereditária, não basta ter somente um caso registrado na família, como explica Maria Del Pilar. "É preciso ter uma história familiar forte, de múltiplos cânceres, e, além disso, identificar a mutação que é responsável por esse câncer hereditário", explicou a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, a hereditariedade responde por cerca de 10% do total de casos.
A mastectomia só é recomendada pelos médicos como prevenção quando a paciente já fez o sequenciamento genético. "Identificando-se essa paciente de risco, com muita calma, serenidade e certamente após várias consultas, deve-se discutir com ela as possibilidades de redução de risco", disse Maria Del Pilar.
Nos casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam acompanhamento médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a paciente, os exames e procedimentos mais indicados.
"O SUS oferece gratuitamente exames para o diagnóstico precoce de câncer de mama, além de tratamento e acompanhamento de pessoas com a doença", diz o ministério, por meio de nota, acrescentando que, no ano passado, 4,4 milhões de exames de mamografia foram feitos no país.
Para este ano, o Ministério da Saúde estimou 52.680 novos casos de câncer de mama. Em balanço de 2010, o mais recente divulgado pelo ministério, 12.852 pessoas morreram por causa da doença, sendo que, desse total, 12.705 eram mulheres.

Elaine Patricia Cruz
Da Agência Brasil, em São Paulo










Entre 1998 e 2003, a quantidade destas operações disparou de 1,8% para 4,5% entre mulheres com câncer de mama.
Decisão delicada
Trata-se de uma decisão extremamente delicada e pessoal, já que apesar dos benefícios de se submeter à operação, fica evidente - os últimos estudos mostram que as possibilidades de uma mulher contrair câncer de mama reduz 90% nas pessoas "com risco elevado" após a mastectomia-, que o procedimento também pode ter consequências negativas para a paciente.

Como em qualquer tipo de operação, existem riscos como por exemplo de que se haja complicações derivadas de uma hemorragia ou uma infecção", aponta um comunicado do Instituto Nacional do Câncer (NCI, por sua sigla em inglês) dos EUA.
O NCI recomenda, o tempo todo, "considerar alternativas para a cirurgia".
Além disso, o NCI lembra de que se trata de um processo "irreversível" que pode ter "efeitos psicológicos" na mulher por causa das mudanças em seu corpo e da perda das funções do peito.
"A decisão é extremamente complicada e varia muito entre aquelas mulheres geneticamente propensas, que são operadas por prevenção, e aquelas que já desenvolveram câncer em um seio e querem evitar que se reproduza no outro", explicou à Agência Efe o presidente da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, Cliff Hudis.
Uma das principais recomendações do NCI é a de expressar e falar sobre seus sentimentos e percepções com relação à mastectomia com amigos e parentes, assim como contemplar alternativas assessoradas sempre por mais de um médico.
O departamento de Oncologia da Universidade de Pittsburgh (Pensilvânia) emitiu um relatório em 2 de maio, elaborado a partir de 206 entrevistas com mulheres que tinham praticado a mastectomia preventiva.
A "vasta maioria" das entrevistadas estava contente com a decisão tomada e a recomenda para outras mulheres.

Fobia de câncer

A universidade destaca "o medo do câncer" e "a opinião de terceiros" -amigos, parentes, parceiro e os médicos de confiança- como os principais catalisadores na tomada deste tipo de decisões, assim como, um degrau abaixo, a possibilidade de reconstrução das mamas uma vez extirpadas.
O perfil majoritário da mulher que pratica uma dupla mastectomia como medida preventiva e por propensão genética é jovem - Jolie tem 37 anos-, com um alto nível de estudos.

CÂNCER NO BRASIL

  • Mais de 50 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados a cada ano no Brasil; o câncer de ovário, menos frequente, afeta cerca de 6.000 por ano, segundo estimativas do Inca; saiba mais
 
De fato, das 206 mulheres participantes do estudo da Universidade de Pittsburgh, 147 eram menores de 50 anos, a maioria tinha curso superior, estava casada ou tinha parceiro e ganhava uma média de US$ 60 mil dólares anuais, ou seja, que dispunham de um alto poder aquisitivo.
Angelina Jolie é a última figura pública a optar por esta operação que cada vez mais tem sido aderida pelas mulheres dos EUA, depois que no mês passado de janeiro a candidata ao título de rainha da beleza nacional, Allyn Rose, também expressou sua vontade de se submeter a uma dupla mastectomia preventiva com apenas 24 anos.
 
Fonte:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/05/14/

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