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Este artigo sobre as dez regras da meditação é um dos mais profundos e didáticos
que já li. De forma simples, clara, direta e profunda o autor Samael Aun Weor
aborda os principais aspectos da prática meditativa enquanto caminho seguro para
a Iluminação e libertação interior . O autor do artigo foi um grande admirador
de Krishnamurti além de ser um dos mais repeitados mestres ocultistas do século
passado. Leia e tire suas próprias conclusões-
Alsibar)
A
meditação científica tem dez regras básicas, fundamentais, sem as quais seria
impossível a libertação, a emancipação, dos grilhões mortificantes da
mente.
As
dez regras da meditação são:
1º)
Tornar-se totalmente consciente do estado de ânimo em que se encontra antes de
que surja qualquer pensamento.
2º)
Psicanálise: Investigar a raiz, a origem de cada pensamento, recordação,
ressentimento, emoção, afeto, sentimento… conforme vá surgindo na
mente.
3º)
Observar serenamente a própria mente, pôr plena atenção em toda forma mental que
faça sua aparição na tela do intelecto.
4º)
Tratar de recordar, rememorar, esta SENSAÇÃO DE CONTEMPLAR de momento a momento
durante o curso normal da vida diária.
5º)
O intelecto deve assumir um estado psicológico receptivo, íntegro, UNI-TOTAL,
pleno tranqüilo, profundo…
6º)
Deve existir continuidade de propósitos na técnica da meditação, tenacidade,
firmeza e constância.
7º)
Torna-se agradável, interessante, assistir a cada vez que possa, os períodos de
meditação nos Lumisiais Gnósticos.
8º)
É peremptório, premente, converter-se em vigia da própria mente. Durante
qualquer atividade agitada ou de revolta, há que se deter por um instante a fim
de observá-la.
9º)
Torna-se imprescindível praticar sempre com os olhos fechados a fim de evitar as
percepções sensoriais externas.
10º)
Total relaxamento em todo corpo e sábia combinação da meditação com o
sono.
Querido
leitor, chegou o momento de aquilatar e de analisar judiciosamente estas dez
regras científicas da meditação.
O
princípio básico e fundamento vivo do Samádhi (êxtase) consiste em um prévio
conhecimento introspectivo de si próprio. Torna-se indispensável a introversão
durante a meditação profunda. Devemos começar pelo conhecimento do estado de
ânimo em que nos achamos antes de que apareça no intelecto qualquer forma
mental. Compreendam que todo pensamento que surge no entendimento é sempre
precedido por dor ou prazer, alegria ou desgosto, etc.
Reflexão
serena. Examinar, aquilatar e inquirir sobre a origem, causa, razão ou motivo
fundamental de todo pensamento, recordação, imagem, afeto, desejo, etc.,
conforme vá surgindo na mente. Nesta segunda regra, há autodescobrimento e
auto-revelação.
A)
Observação serena. Pôr plena atenção em toda forma mental que faça sua aparição
na tela do intelecto.
B)
Devemos nos converter em espiões de nossa própria mente; contemplá-la em ação de
momento a momento.
C)
O chitta (a mente) transforma-se em vrittis (ondas vibratórias). A mente é como
um lago aprazível e calmo. Se cai uma pedra nele, elevam-se pequenas bolhas
desde o fundo. Os diferentes pensamentos são ondulações perturbadoras na
superfície do lago. Que o lago da mente permaneça cristalino, sereno, profundo e
sem ondas durante a meditação.
D)
Os tipos inconstantes, volúveis, versáteis, cambiantes, sem firmeza, sem
vontade, jamais conseguirão atingir o Satori, o Samádhi.
E)
A técnica da meditação científica pode ser praticada tanto de maneira isolada ou
individual como por grupos de pessoas afins.
F)
A alma deve se libertar do corpo, dos afetos e da mente. Resulta evidente,
notório, patente, que ao se libertar do intelecto, a alma se livra radicalmente
de tudo o mais.
G)
Torna-se urgente, indispensável, eliminar as percepções sensoriais externas
durante a meditação interior.
H)
É indispensável aprender a relaxar o corpo para a meditação. Nenhum músculo deve
ficar em tensão. Urge provocar e graduar o sono à vontade. A combinação sábia do
sono com a meditação produz a Iluminação.
Resultados
No
misterioso umbral do templo de Delfos, havia uma máxima grega gravada na pedra
que dizia: NOSCETE IPSUM. Homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e
os deuses. O estudo de si mesmo, a serena reflexão, em última instância, conclui
obviamente na quietude e no silêncio da mente.
Quando
a mente está quieta e em silêncio, não apenas no nível superficial do intelecto,
mas em todos e em cada um dos 49 departamentos da subconsciência, advém o novo,
liberta-se a Essência, a consciência, e produz-se o despertar da alma, o êxtase,
o Samádhi, o satori dos santos. A experiência mística do real nos transforma
radicalmente. AS pessoas que jamais experimentaram ISSO que é a Verdade, vivem
borboleteando de escola em escola. Não encontraram seu centro de gravidade
cósmico e morrem fracassadas, sem terem jamais conseguido a tão desejada
Auto-Realização Íntima.
O
despertar da consciência, da Essência, da Alma ou Budata, só é possível com a
libertação, com a emancipação do dualismo mental, da ondulação intelectual e do
batalhar das antíteses.
Qualquer
luta subconsciente, infraconsciente, inconsciente, submersa, converte-se em uma
trava para a libertação da Essência ou Alma.
Todo
batalhar de antíteses por insignificante e inconsciente que seja indica,
assinala, acusa pontos obscuros, ignorados, desconhecidos, nos infernos atômicos
do homem.
Refletir,
observar, conhecer esses aspectos infra-humanos do Mim Mesmo, esses pontos
obscuros, resulta indispensável para se conseguir a quietude e o silêncio
absolutos da mente.
Só
na ausência do Eu é possível experimentar ISSO que não é do
tempo.
Textos
de: V.M Samael Aun Weor
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