ALBERT EINSTEIN : O MAIS CÉREBRE CIENTISTA DO SÉCULO XX



Albert Einstein, o mais célebre cientista do século 20, foi o físico que propôs a teoria da relatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de física de 1921. Einstein tornou-se famoso mundialmente, um sinônimo de inteligência. Suas descobertas provocaram uma verdadeira revolução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das mais diversas tendências.

Einstein nasceu na Alemanha em uma família judaica não-observante. Seus pais, Hermann Einstein e Pauline Koch, casaram-se em 1876 e se estabeleceram na cidade de Ulm. Hermann tornou-se proprietário de um negócio de penas de colchões.

Quando Einstein tinha um ano, a família se mudou para Munique. Com três anos de idade, Einstein apresentava dificuldades de fala. Aos seis, aprendeu a tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida.

Em 1885, Hermann fundou, com o irmão Jacob, uma empresa de material elétrico. Em outubro daquele ano Einstein começou a freqüentar uma escola católica em Munique. Depois entrou no Luitpold Gymnasium, onde permaneceu até os 15 anos.

Com dificuldades nos negócios, em 1894 a família se mudou para a Itália. Einstein permaneceu em Munique a fim de terminar o ano letivo. Em 1895, fez exames de admissão à Eidgenössische Technische Hochschule (ETH), em Zurique. Foi reprovado na parte de humanidades dos exames. Foi então para Aarau, também na Suíça, para terminar a escola secundária.

Em 1896 recebeu o diploma da escola secundária e, aos 17 anos, renunciou à cidadania alemã, ficando sem pátria por alguns anos. A cidadania suíça lhe foi concedida em 1901. Cursou o ensino superior na ETH em Zurique, onde mais tarde foi docente.

A 6 de janeiro de 1903 casou-se com Mileva Maric. Tiveram três filhos: Lieserl, Hans Albert e Eduard. A primeira morreu ainda bebê, o mais velho tornou-se professor de hidráulica na Universidade da Califórnia e o mais jovem, formado em música e literatura, morreu num hospital psiquiátrico suíço.

Entre 1909 e 1913 Einstein lecionou em Berna, Zurique e Praga. Voltou à Alemanha em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Aceitou um cargo de pesquisa na Academia Prussiana de Ciências junto com uma cadeira na Universidade de Berlim. Também assumiu a direção do Instituto Wilhelm de Física em Berlim.

Em novembro de 1915, Einstein fez uma série de conferências e apresentou sua teoria da relatividade geral. No ano seguinte o cientista publicou "Fundamento Geral da Teoria da Relatividade".

Em 1919, separou-se da esposa Mileva e se casou com a prima Elsa. Naquele ano tornou-se conhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar.

Einstein ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1921 e foi indicado para integrar a Organização de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. No mesmo ano, publicou "Sobre a Teoria da Relatividade Especial e Geral".

Ao longo da vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo o Brasil, em 1925. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Em 1933, Hitler chegou ao poder na Alemanha e o cientista foi aconselhado por amigos a deixar o país, renunciando mais uma vez à cidadania alemã.

A 7 de outubro de 1933, Einstein partiu para os Estados Unidos, onde passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania americana, mantendo também a cidadania suíça.

Em 1941 teve início o Projeto Manhattan, que visava o desenvolvimento da bomba atômica pelos americanos. Einstein não teve participação no projeto. Em 1945, renunciou ao cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, mas continuou a trabalhar naquela instituição.

A intensa atividade intelectual de Einstein resultou na publicação de grande número de trabalhos, entre os quais "Por Que a Guerra?" (1933), em colaboração com Sigmund Freud; "O Mundo como Eu o Vejo" (1949); e "Meus Últimos Anos" (1950). A principal característica de sua obra foi uma síntese do conhecimento sobre o mundo físico, que acabou por levar a uma compreensão mais abrangente e profunda do universo.

Em 1952, Ben-Gurion, então primeiro-ministro de Israel, convidou Albert Einstein para assumir o cargo de presidente do Estado de Israel. Doente, Einstein recusou. Uma semana antes de sua morte assinou sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares.

Contribuindo para a física no século 20 no âmbito das duas teorias que constituíram seus traços mais peculiares - a dos quanta e da relatividade -, Einstein deu à primeira o elemento essencial de sua concepção do fóton, indispensável para que mais tarde se fundissem, na mecânica ondulatória de
Louis de Broglie, a mecânica e o eletromagnetismo. E deu à segunda sua significação completa e universal, que se extrapola dos campos da ciência pura e atinge as múltiplas facetas do conhecimento humano. Saliente-se também que algumas das descobertas de Einstein - como a noção de equivalência entre massa e energia e a do continuum quadridimensional, suscitaram interpretações filosóficas de variadas tendências.

Einstein morreu a 18 de abril de 1955, em Princeton, Nova Jersey, aos 76 anos. Seu corpo foi cremado.


Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/albert-einstein.jhtm

VIDA E OBRA

Albert Einstein (pronúncia em alemão: AFI: ; em inglês: AFI: [ˈælbɝt ˈaɪnstaɪn]; Ulm, 14 de março de 1879Princeton, 18 de abril de 1955[1]) foi um físico teórico alemão posteriormente radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna (ao lado da mecânica quântica).[2][3] Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia E = mc2 (que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo"),[4] ele recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por seus serviços à física teórica e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico".[5] O último foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
Perto do início de sua carreira, Einstein achava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo eletromagnético. Isto levou ao desenvolvimento de sua teoria da relatividade especial. Ele percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também pode ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua teoria da gravitação posterior, em 1916, ele publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Ele continuou a lidar com os problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou suas explicações da teoria das partículas e do movimento das moléculas. Ele também investigou as propriedades térmicas de luz, que lançou as bases da teoria do fóton de luz. Em 1917, Einstein aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.[6]
Ele estava visitando os Estados Unidos, quando Adolf Hitler chegou ao poder, em 1933, e não voltou para a Alemanha, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Ele se estabeleceu nos Estados Unidos, onde naturalizou-se em 1940.[7] Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ele ajudou a alertar o presidente Franklin D. Roosevelt, que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atômica, e recomendou aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou para o que se tornaria o Projeto Manhattan. Einstein foi em apoio de defender as forças aliadas, mas em grande parte denunciada usando a nova descoberta da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, Einstein assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo de armas nucleares. Einstein era afiliado com o Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Nova Jérsei, até a sua morte em 1955.
Einstein publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não-científicas.[6][8] Suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram a palavra "Einstein" sinônimo de gênio.[9] 100 físicos renomados elegeram-no, em 1999, o mais memorável físico de todos os tempos.[10]


Albert Einstein Medalha Nobel
Física
Einstein1921 by F Schmutzer 4.jpg

Albert Einstein, em 1921

Dados gerais
NacionalidadeAlemanha Alemã (1879 — 1896, 1914 — 1933)Flag of None.svg Sem nacionalidade (1896 — 1901)Suíça Suíça (1901 — 1955)Áustria Austríaca (1911 — 1912)Estados Unidos Estado-Unidense (1940 — 1955)
ResidênciaAlemanha, Itália, Suíça, Estados Unidos

Nascimento14 de março de 1879
LocalUlm, Baden-Württemberg
Império Alemão

Falecimento18 de abril de 1955 (76 anos)
LocalPrinceton, Nova Jérsei
Estados Unidos
CausaAneurisma
Progenitores
MãePauline Koch
PaiHermann Einstein
Casamento8 de agosto de 1876
Actividade
Campo(s)Física
InstituiçõesEscritório de patentes suíço (Berna),Universidade de Zurique, Universidade Carolina, Academia de Ciências da Prússia, Instituto Kaiser Wilhelm, Universidade de Leiden, Instituto de Estudos Avançados de Princeton
Alma materInstituto Federal de Tecnologia de Zurique, Universidade de Zurique

Tese1905: Eine neue Bestimmung der Moleküldimensionen
Orientador(es)Alfred Kleiner
Orientado(s)Ernst Gabor Straus
Conhecido(a) porRelatividade geral
Relatividade restrita
Movimento browniano
Efeito fotoeléctrico
E=mc²
Equações de campo de Einstein
Estatística de Bose-Einstein
Paradoxo EPR

Prêmio(s)Medalha do prêmio Nobel Nobel de Física (1921), Medalha Matteucci (1921), Medalha Copley (1925), Medalha de Ouro da RAS (1926), Medalha Max Planck (1929), Medalha Franklin (1935)
Assinatura
Albert Einstein signature.svg


Primeiros anos e educação


Albert Einstein aos 14 anos de idade.

Albert Einstein nasceu em Ulm, no Reino de Württemberg, no Império Alemão em 14 de março de 1879.[11] Seu pai era Hermann Einstein, um vendedor e engenheiro. Sua mãe era Pauline Einstein (nascida Koch). Em 1880, a família mudou-se para Munique, onde seu pai e seu tio fundaram a Elektrotechnische Fabrik J. Einstein & Cie, empresa que fabricava equipamentos elétricos baseado em corrente contínua.[11]
Os Einstein eram judeus não-praticantes. Albert estudou em uma escola católica elementar, a partir dos cinco anos de idade, durante três anos. Com oito anos de idade foi transferido para o Ginásio Luitpold, onde teve educação escolar primária avançada e secundária, até que ele deixou a Alemanha sete anos depois.[12] Embora se acreditasse que Einstein tinha dificuldades anteriores de fala, isto é contestado pelo Albert Einstein Archives, e se destacou na primeira escola que frequentou.[13] Ele foi bem entregue;[13][14] parece não haver evidência para a crença generalizada de populares[15] que ele era canhoto.
Seu pai uma vez mostrou-lhe uma bússola de bolso. Einstein percebeu que deveria haver algo que fizesse com que a agulha se movesse, apesar do "espaço vazio" aparente.[16] Enquanto crescia, Einstein construiu modelos e dispositivos mecânicos por diversão, começando a mostrar talento para a matemática.[11] Aos dez anos de idade, Max Talmud (depois mudou seu nome para Max Talmey), um pobre estudante judeu de medicina da Polônia, foi apresentado à família de Einstein por seu irmão, e durante as visitas semanais pelos próximos cinco anos, ele deu ao menino livros populares sobre ciência, textos matemáticos e escritos filosóficos. Estes incluíram Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, e Os Elementos de Euclides (que Einstein chamou de "pequeno livro sagrado da geometria").[17][18]
Em 1894, a empresa de seu pai faliu: a corrente direta (DC) perdeu a Guerra das Correntes de corrente alternada (AC). Em busca de negócios, a família de Einstein mudou-se para a Itália, primeiro para Milão e, em seguida, alguns meses mais tarde, para Pavia. Quando a família se mudou para Pavia, Einstein ficou em Munique para terminar seus estudos no Ginásio Luitpold. Seu pai queria que ele seguisse a engenharia elétrica, mas Einstein entrou em choque com as autoridades e ficou ressentido com o regime da escola e o método de ensino. Ele escreveu mais tarde que o espírito do conhecimento e o pensamento criativo foram perdidos na estrita da aprendizagem mecânica. No final de dezembro de 1894, ele viajou para a Itália para se juntar à sua família em Pavia, convencendo a escola a deixá-lo ir usando um atestado médico.[19] Foi durante o seu tempo na Itália que ele escreveu um pequeno ensaio com o título "Sobre a investigação do estado do éter num campo magnético".[20][21]
No final do verão de 1895, com 16 anos de idade, Einstein realizou os exames de admissão para a Escola Politécnica Federal Suíça em Zurique (mais tarde a Eidgenössische Polytechnische Schule). Ele não conseguiu alcançar o padrão exigido em várias disciplinas, mas obteve notas excepcionais em física e matemática.[22] Seguindo o conselho do diretor da Politécnica, ele frequentou a Escola Cantonal de Aargau em Aarau, Suíça, entre 1895 e 1896 para completar o ensino secundário. Enquanto se hospedava com a família do professor Jost Winteler, ele se apaixonou por sua filha, Marie Winteler. (Sua irmã Maja mais tarde se casou com o filho dos Wintelers, Paul). Em janeiro de 1896, com a aprovação de seu pai, ele renunciou a sua cidadania no Reino alemão de Württemberg, para evitar o serviço militar.[23] (Ele adquiriu a nacionalidade suíça cinco anos mais tarde, em fevereiro de 1901).[24] Em setembro de 1896, ele passou nos estudos suíços com boas notas em sua maior parte (incluindo uma pontuação de 6 em física e assuntos matemáticos, em uma escala de 1-6),[25] e, embora com apenas 17 anos, ele recebeu seu diploma de professor da ETH Zurique, após um programa de quatro anos de ensino em matemática e física. Marie Winteler mudou-se para Olsberg, Suíça onde obteve um cargo de professora.
A futura esposa de Einstein, Mileva Marić, também se matriculou na Escola Politécnica no mesmo ano, ela foi a única mulher entre os seis estudantes da seção de matemática e física nas aulas do curso. Com o passar dos anos, a amizade de Einstein e Marić desenvolveu em romance, juntos eles liam livros extra-curriculares de física em que Einstein estava mostrando um interesse crescente. Em 1900, Einstein foi agraciado com o diploma de ensino da Politécnica de Zurique, mas Marić foi reprovada no exame com uma nota baixa no componente da matemática, a teoria das funções.[26] Houve alegações de que Marić colaborou com Einstein em seus célebres trabalhos de 1905,[27][28] mas os historiadores da física que estudaram a questão não encontraram nenhuma evidência de que ela fez quaisquer contribuições substanciais.[29][30][31][32]

Casamento e filhos

No início de 1902, Einstein e Marić tiveram uma filha e lhe deram o nome de Lieserl, nascida em Novi Sad, onde Marić estava com seus pais. Seu destino é desconhecido, mas o conteúdo de uma carta que Einstein escreveu a Marić em setembro 1903 sugeriu que ela havia sido adotada ou morreu de escarlatina na infância.[33][34]
Einstein e Marić se casaram em janeiro de 1903. Em maio de 1904, o primeiro filho do casal, Hans Albert Einstein, nasceu em Berna, na Suíça. Seu segundo filho, Eduard, nasceu em Zurique, em julho de 1910. Em 1914, Einstein se mudou para Berlim, enquanto sua esposa estava em Zurique com seus filhos. Eles se divorciaram em 14 de Fevereiro de 1919, tendo vivido para além de cinco anos.
Einstein se casou com Elsa Löwenthal em 2 de junho de 1919, depois de ter tido um relacionamento com ela desde 1912. Ela era sua prima materna e seu primo em segundo grau. Em 1933, eles emigraram para os Estados Unidos. Em 1935, Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em dezembro de 1936.[35]

Patentes

 

Três jovens em trajes com altos colarinhos brancos e laços, sentados.

Da esquerda para a direita: Conrad Habicht, Maurice Solovine e Einstein, que fundaram a Academia Olímpia.

Depois de formado, Einstein passou quase dois anos frustrantes procurando um cargo de professor, mas o pai de Marcel Grossmann o ajudou a conseguir um emprego em Berna,[36] no Instituto Federal de Propriedade Intelectual, o escritório de patentes, como assistente examinador.[37] Ele avaliou os pedidos de patentes de dispositivos eletromagnéticos. Em 1903, a posição de Einstein no escritório de patente suíço tornou-se permanente, embora ele tenha recebido uma promoção até que ele "dominasse totalmente a tecnologia da máquina".[38]
Muito de seu trabalho no escritório de patentes relacionava a questões sobre a transmissão de sinais elétricos e eletro-mecânica de sincronização de tempo, dois problemas técnicos que aparecem visivelmente nas experiências de pensamento que levou Einstein a suas conclusões radicais sobre a natureza da luz e do conexão fundamental entre espaço e tempo.[39]
Com alguns amigos que ele conheceu em Berna, Einstein começou um pequeno grupo de discussão, auto-ironicamente chamado "A Academia Olympia", que reunia-se regularmente para discutir ciência e filosofia. Suas leituras incluíam os trabalhos de Henri Poincaré, Ernst Mach, e David Hume, o que influenciou sua visão científica e filosófica.

 

Carreira docente




Retrato oficial de Einstein em 1921 depois de receber o Prêmio Nobel de Física.

Em 1901, o artigo "Folgerungen aus den Kapillarität Erscheinungen" ("As conclusões dos Fenômenos da Capilaridade") foi publicado na prestigiada Annalen der Physik.[40] Em 30 de abril de 1905, Einstein terminou sua tese, com Alfred Kleiner, Professor de Biologia Experimental Física, servindo como conselheiro pós-formação. Einstein foi premiado com um PhD pela Universidade de Zurique. Sua dissertação foi intitulada "Uma nova determinação das dimensões moleculares".[41][42] No mesmo ano, o que tem sido chamado de annus mirabilis (ano miraculoso) de Einstein, onde ele publicou quatro trabalhos revolucionários sobre o efeito fotoelétrico, o movimento browniano, relatividade especial e da equivalência entre massa e energia, que deviam levá-lo ao conhecimento do mundo acadêmico.
Em 1908, ele foi reconhecido como um importante cientista, foi nomeado professor[43] na Universidade de Berna. No ano seguinte, ele deixou o escritório de patentes e do leitorado para tomar a posição de professor de física, da Universidade de Zurique. Ele tornou-se professor catedrático na Universidade Karl-Ferdinand, em Praga, em 1911. Em 1914, ele retornou à Alemanha depois de ser nomeado diretor do Instituto Kaiser Guilherme de Física (1914-1932)[44] e um professor da Universidade Humboldt de Berlim, com uma cláusula especial em seu contrato que o liberou da obrigação da maioria dos docentes. Ele se tornou um membro da Academia Prussiana de Ciências. Em 1916, Einstein foi nomeado presidente da Sociedade Alemã de Física (1916-1918).[45][46]
Por volta de 1911, ele calculou que, com base em sua nova teoria da relatividade geral, a luz de uma estrela seria curvada pela gravidade do sol. Essa previsão foi confirmada e reivindicada em observações feitas por uma expedição britânica liderada por Sir Arthur Eddington, durante o eclipse solar de 29 de maio de 1919. Notícias da mídia internacional fizeram Einstein famoso no mundo inteiro por este feito. Em 7 de novembro de 1919, The Times, o maior jornal britânico, publicou uma manchete que dizia: "Revolução na Ciência – Nova Teoria do Universo – Idéias de Newton derrubadas".[47] Mais tarde, foram levantadas questões se os cálculos foram precisos o suficiente para apoiar a teoria de Einstein. Em 1980, os historiadores John Earman e Clark Glymour publicaram uma análise sugerindo que Eddington tinha suprimido resultados desfavoráveis.[48] Os dois pesquisadores encontraram possíveis falhas na seleção de dados de Eddington, mas suas dúvidas, embora amplamente citadas e, de fato, agora com um status "mítico" de quase equivalente ao estatuto das observações originais, não foram confirmadas.[49][50] A seleção de Eddington a partir dos dados parece válida e sua equipe realmente fez medições astronômicas verificando a teoria.[51]
Em 1921, Einstein foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física por sua explicação do efeito fotoelétrico, como a relatividade foi considerada ainda um tanto controversa. Ele também recebeu a Medalha Copley da Royal Society em 1925.

 

Viagens para o exterior

Einstein visitou Nova Iorque pela primeira vez em 2 de abril de 1921, onde recebeu uma recepção oficial por parte do prefeito, seguido de três semanas de palestras e recepções. Ele passou a oferecer diversas palestras na Universidade de Columbia e da Universidade de Princeton, e em Washington, ele acompanhou representantes da Academia Nacional de Ciências em uma visita à Casa Branca. Em seu retorno à Europa, foi o convidado do estadista e filósofo britânico Visconde de Haldane, em Londres, onde se encontrou com várias figuras científicas de renome, intelectuais e políticos, e apresentou uma palestra na King's College de Londres.[52]
Em 1922, ele viajou por toda a Ásia e depois para a Palestina, como parte de uma excursão de seis meses e palestrando em turnê. Suas viagens incluíram Singapura, Ceilão, e no Japão, onde deu uma série de palestras para milhares de japoneses. Sua primeira palestra em Tóquio durou quatro horas, após a palestra encontrou-se com o imperador e a imperatriz no Palácio Imperial, onde milhares vieram-o assistir. Einstein mais tarde, deu suas impressões sobre os japoneses em uma carta a seus filhos:[53] "De todas as pessoas que conheci, eu gosto mais dos japoneses, como eles são modestos, inteligente, atencioso e tem uma ideia de arte".[53]
Em sua viagem de volta, ele também visitou a Palestina durante 12 dias, esta viria a ser sua única visita à região. "Ele foi recebido com uma grande pompa britânica, como se fosse um chefe de Estado, em vez de um físico teórico", escreve Isaacson. Isto incluiu uma saudação de canhão em sua chegada na residência do alto comissário britânico, Sir Herbert Samuel. Durante uma recepção dada a ele, o prédio foi "invadido por multidões que queriam ouvi-lo". Em um discurso de Einstein para o público, ele expressou sua felicidade sobre o evento:
Eu considero este o melhor dia da minha vida. Antes, eu sempre achei algo a lamentar na alma judaica, e que é o esquecimento de seu próprio povo. Hoje, eu estou feliz com a visão do povo judeu aprendendo a reconhecer-se e a tornar-se reconhecido como uma força no mundo.[54]
 


Carlos Chagas e a equipe do Instituto Oswaldo Cruz, em recepção a Albert Einstein.

Einstein fez uma viagem à América do Sul, em 1925, visitando países como Argentina, Uruguai e também o Brasil.[55] Além de fazer conferências científicas, visitou universidades e instituições de pesquisas. O navio que o trouxe ao Brasil foi o Cap Polonio. Ficou hospedado no Hotel Glória e gostou da goiaba, servida no café da manhã. Em 21 de março passou pelo Rio de Janeiro, onde foi recebido por jornalistas, cientistas e membros da comunidade judaica. Visitou o Jardim Botânico e fez o seguinte comentário, por escrito, para o jornalista Assis Chateaubriand: "O problema que minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu do Brasil".[56] Tal afirmação dizia respeito a uma observação do eclipse solar registrada na cidade cearense de Sobral por uma equipe de cientistas britânicos, liderada por Sir Arthur Stanley Eddington, que buscava vestígios que pudessem comprovar a Teoria da Relatividade, até então mera especulação. Albert Einstein nunca chegou a visitar a cidade de Sobral.[57][58]
Em 24 de abril de 1925, Einstein deixou Buenos Aires e alcançou Montevidéu. Fez ali três conferências e, tal como na Argentina, participou de várias recepções e visitou o presidente da República. Permaneceu no Uruguai por uma semana, de onde saiu no primeiro dia de maio, em direção ao Rio de Janeiro, no navio Valdívia. Desembarcou novamente no Rio de Janeiro em 4 de maio. Nos dias seguintes percorreria vários pontos turísticos da cidade, incluindo o Pão de Açúcar, o Corcovado e a Floresta da Tijuca. As anotações de seu diário ilustram bem suas percepções quanto à natureza tropical do local.[59] No dia 6 de Maio, visitou o então presidente da República, Artur Bernardes, além de alguns ministros.[56]
Seu programa turístico-científico no Brasil incluiu diversas visitas a instituições, como o Museu Nacional,[60] a Academia Brasileira de Ciências e o Instituto Oswaldo Cruz, e duas conferências: uma no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e a outra na Escola Politécnica do Largo de São Francisco, atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.[58]
Através de ondas da rádio Sociedade, criada em 1923, Einstein proferiu em alemão uma mensagem à população, que foi traduzida pelo químico Mário Saraiva.[55] Nesta mensagem, o cientista destacou a importância dos meios radiofônicos para a difusão da cultura e do aprendizado científico, desde que sejam utilizados e preservados por profissionais qualificados.[55]
Einstein deixaria o Rio no dia 12 de maio. Essa sua visita foi amplamente divulgada pela imprensa e influenciou na luta pelo estabelecimento de pesquisa básica e para a difusão das ideias da física moderna no Brasil.[55] Deixando o Rio, o já famoso físico alemão enviou, do navio, uma carta ao Comitê Nobel. Nesta carta, sugeria o nome do marechal Cândido Rondon para o Nobel da Paz.[56] Einstein teria se impressionado com o que se informou sobre as atividades de Rondon em relação à integração de tribos indígenas ao homem civilizado, sem o uso de armas ou algo do tipo.[56]

 

Imigração para os Estados Unidos em 1933

 



Caricatura representando Einstein junto a um sinal intitulado "Paz Mundial" e despojado das suas asas de "pacifismo". Ele arregaça as suas mangas e segura uma espada intitulada "Prevenção". (cerca de 1933).

Em fevereiro de 1933, durante uma visita aos Estados Unidos, Einstein decidiu não voltar para a Alemanha devido à ascensão dos nazistas ao poder com seu novo chanceler Adolf Hitler.[61][62] Ele visitou universidades norte-americanas no início de 1933, onde assumiu a sua cátedra de dois meses convidado pela terceira vez para o Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Ele e sua esposa Elsa voltaram de navio para a Bélgica, no final de março. Durante a viagem, eles foram informados de que sua casa foi invadida pelos nazistas e seu veleiro pessoal foi confiscados. Após o desembarque em Antuérpia em 28 de março, ele foi imediatamente ao consulado alemão onde ele pegou seu passaporte e formalmente renunciou à cidadania alemã.[54]
No início de abril, soube que o novo governo alemão tinha instituido leis que proibiam aos judeus ocupar cargos oficiais, incluindo o ensino nas universidades.[54] Um mês depois, as obras de Einstein estavam entre os alvos da queima de livros dos nazistas, e o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels proclamou: "o intelectualismo judaico está morto".[54] Einstein também tomou conhecimento de que seu nome estava em uma lista de alvos de assassinato, com uma "recompensa de 5 mil dólares por sua cabeça".[54] Uma revista alemã o incluiu em uma lista de inimigos do regime alemão com a frase "ainda não enforcado".[54]
Ele residiu na Bélgica, por alguns meses, antes temporariamente morou na Inglaterra.[63][64] Em uma carta para o seu amigo, o físico Max Born, que também emigrou da Alemanha e viveu na Inglaterra, Einstein escreveu: "... eu devo confessar que o grau de sua brutalidade e covardia veio como uma surpresa".[54]
Em outubro de 1933 voltou para os Estados Unidos, assumindo um cargo no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, que exigiu sua presença seis meses durante o ano.[65][66] Ainda estava indeciso sobre o seu futuro (tinha ofertas de universidades europeias, incluindo Oxford), mas em 1935 chegou à decisão de permanecer permanentemente nos Estados Unidos e requerer a cidadania estadunidense.[67][68]




Retrato tirado em 1935 em Princeton.

Sua afiliação com o Instituto de Estudos Avançados duraria até sua morte, em 1955.[69] Ele foi um dos quatro primeiros selecionados (dois dos outros foram John von Neumann e Kurt Gödel) no novo Instituto, onde logo desenvolveu uma fechada amizade com Gödel. Os dois faziam longas caminhadas juntos discutindo seu trabalho. Seu último assistente foi Bruria Kaufman, que mais tarde tornou-se uma renomada física. Durante este período, Einstein tentou desenvolver uma teoria do campo unificado e para refutar a interpretação aceita da física quântica, ambos sem sucesso.
Outros cientistas também fugiram para a América. Entre eles estavam vencedores do prêmios Nobel e professores de física teórica. Com tantos outros cientistas judeus forçados pelas mesmas circunstâncias a viver na América, muitas vezes, trabalhando lado a lado, Einstein escreveu a um amigo: "Para mim a coisa mais bonita é estar em contato com bons-judeus, em alguns milênios de uma passado civilizado significa alguma coisa depois de tudo". Em outra carta, ele escreve: "Em toda minha vida eu nunca me senti tão judeu como agora".[54]

Segunda Guerra Mundial e Projeto Manhattan

Em 1939, um grupo de cientistas húngaros que incluíam o físico emigrante Leó Szilard tentaram alertar Washington de pesquisas nazistas em andamento sobre a bomba atômica. Os avisos do grupo foram ignorados.[70] Einstein e Szilard, junto com outros refugiados, como Edward Teller e Wigner Eugene, "considerando como sua a responsabilidade de alertar os americanos para a possibilidade de que cientistas alemães pudessem ganhar a corrida para construir uma bomba atômica, e para avisar que Hitler estaria mais do que disposto a recorrer a tal arma".[53]:630[71] No verão de 1939, poucos meses antes do início da Segunda Guerra Mundial na Europa, Einstein foi convencido a emprestar seu prestígio, escrevendo uma carta com Szilard ao presidente Franklin Delano Roosevelt para alertá-lo sobre essa possibilidade. A carta também recomendou que o governo dos Estados Unidos prestassem atenção e se envolvessem diretamente na pesquisa de urânio e de pesquisas associadas na reação em cadeia.
Acredita-se que a carta seja "provavelmente o estímulo fundamental para a aprovação dos Estados Unidos em investigações sérias em armas nucleares na véspera da entrada do país na Segunda Guerra Mundial".[72] O presidente Roosevelt não poderia correr o risco de permitir que Hitler possuísse as primeiras bombas atômicas. Como resultado da carta de Einstein e seus encontros com Roosevelt, os Estados Unidos entraram na "corrida" para desenvolver a bomba, com base em seu "imenso material, financeira e recursos científicos" para iniciar o Projeto Manhattan. Tornou-se o único país a desenvolver com sucesso uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial.
Para Einstein, a guerra era uma doença .... [e] ele sempre apelou para a resistência a uma guerra. "Mas em 1933, após a subida ao poder de Hitler, ele renunciou completamente ao pacifismo ... De fato, ele instou as potências ocidentais a se prepararem para outro ataque violento alemão.[73]:110 Em 1954, um ano antes do seu falecimento, Einstein disse ao seu velho amigo Linus Pauling, "Eu cometi um grande erro na minha vida - quando assinei a carta ao presidente Roosevelt recomendando a construção da bomba atómica; mas nesse tempo havia uma justificativa - o perigo de que fossem os alemães a construí-la..."[74]

 

A cidadania norte-americana




Einstein aceitando a cidadania americana, em 1940.

Einstein tornou-se um cidadão americano em 1940. Não muito tempo depois de se instalar, ele iniciou sua carreira na Universidade de Princeton, ele expressou o seu apreço pela "meritocracia" da cultura americana, quando comparado com a Europa. De acordo com Isaacson, ele reconheceu o "direito dos indivíduos a dizer e pensar o que quisessem", sem barreiras sociais e, como conseqüência, o indivíduo foi "incentivado" para ser mais criativo, uma característica que ele apreciava a partir de sua própria educação precoce. Einstein escreveu:
O que me dedicou a vir para este país é a característica democrática entre as pessoas. Ninguém se humilha diante de outra pessoa ou de classe ... A juventude americana tem a sorte de não ter sua perspectiva incomodada por tradições ultrapassadas.[54]:432
Como membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) em Princeton que fazia campanhas para os direitos civis dos afro americanos, Einstein correspondia com o ativista dos direitos dos negros W.E.B. Du Bois, e, em 1946, Einstein chamou o racismo de "a pior doença" da América.[75] Mais tarde, ele afirmou, "o preconceito de raça infelizmente se tornou uma tradição americana que é acriticamente transmitida de uma geração para a outra. os únicos remédios são a iluminação e a educação".[76]



Einstein em 1947
Durante a fase final de sua vida, Einstein teve uma transição para o estilo de vida vegetariano,[77] argumentando que "a maneira vegetariana de viver pelo seu efeito puramente físico no temperamento humano seria mais benéfica à influenciar o destino da humanidade".[78]

Depois da morte do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, em novembro de 1952, o primeiro-ministro David Ben-Gurion ofereceu à Einstein a posição de presidente de Israel, um cargo principalmente cerimonial.[79] A oferta foi apresentada pelo embaixador de Israel em Washington, Abba Eban, que explicou que a oferta "encarna o mais profundo respeito que o povo judeu pode repousar em qualquer um de seus filhos".[53]:522 No entanto, Einstein recusou, e escreveu em sua resposta que ele estava "profundamente comovido", e "uma vez triste e envergonhado" pois não poderia aceitá-lo:
Toda a minha vida eu tenho lidado com questões objetivas, daí me falta tanto a aptidão natural e experiência para lidar corretamente com as pessoas e para o exercício da função oficial. Eu estou mais triste com essas circunstâncias, porque a minha relação com o povo judeu se tornou o meu laço humano mais forte, uma vez que eu consegui compreender a clareza sobre a nossa posição precária entre as nações do mundo.[53]:522[79][80]

 

Morte

 



O New York World-Telegram anunciando a morte de Einstein em 18 de abril de 1955.

Em 17 de abril de 1955, Albert Einstein sentiu uma hemorragia interna causada pela ruptura de um aneurisma da aorta abdominal, que já havia sido reforçado cirurgicamente pelo Dr. Rudolph Nissen, em 1948.[81] Ele pegou o rascunho de um discurso que ele estava se preparando para uma aparição na televisão comemorando o sétimo aniversário do Estado de Israel com ele no hospital, mas ele não viveu tempo suficiente para concluí-lo.[82] Einstein recusou-se a cirurgia, dizendo: ".... quero ir quando eu quiser. É de mau gosto ficar prolongar a vida artificialmente. Eu fiz a minha parte, é hora de ir embora eu vou fazê-lo com elegância".[83] Ele morreu cedo na manhã seguinte no Hospital de Princeton, com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase o fim de sua vida.
Durante a autópsia, o patologista do Hospital de Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro de Einstein para a preservação sem a permissão de sua família, na esperança de que a neurociência do futuro seria capaz de descobrir o que fez Einstein tão inteligente.[84] Os restos de Einstein foram cremados e suas cinzas foram espalhadas em um local não revelado.[85][86]
Em sua palestra no memorial de Einstein, o físico nuclear Robert Oppenheimer resumiu sua impressão sobre ele como pessoa: "Ele foi quase totalmente sem sofisticação e totalmente sem mundanismo ... Havia sempre com ele uma pureza maravilhosa ao mesmo tempo infantil e profundamente teimoso".[87]

 

Carreira científica

 

Cabeça e os ombros do tiro de um homem jovem, de bigode, com cabelo escuro e encaracolado vestindo um terno xadrez e colete, camisa listrada e uma gravata escura.

Albert Einstein em 1904
Ao longo de sua vida, Einstein publicou centenas de livros e artigos.[8][11] Além do trabalho que ele fez para si mesmo, ele também colaborou com outros cientistas em projetos adicionais, incluindo a estatística de Bose-Einstein, o refrigerador de Einstein e outros.[88]

Annus Mirabilis

O Annus mirabilis são quatro artigos referentes ao efeito fotoelétrico (que deu origem à teoria quântica), o movimento browniano, a teoria da relatividade especial, e E = mc2 que Albert Einstein publicou na revista científica Annalen der Physik em 1905. Estas quatro obras contribuíram substancialmente para a fundação da física moderna e mudou opiniões sobre espaço, tempo e matéria.
O primeiro artigo de 1905[89] propôs a ideia dos "quanta de luz" (os atuais fótons) e mostrou como é que poderiam ser utilizados para explicar fenômenos como o efeito fotoelétrico. A teoria dos quanta de luz de Einstein não recebeu quase nenhum apoio por parte dos físicos durante vinte anos, pois contradizia a teoria ondulatória da luz subjacente às equações de Maxwell. Mesmo depois das experiências terem demonstrado que as equações de Einstein para o efeito fotoeléctrico eram exatas, a explicação proposta por ele não foi aceita. Em 1921, quando recebeu o prêmio Nobel pelo seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico, a maior parte dos físicos ainda pensava que as equações estavam correctas, mas que a ideia de quanta de luz seria impossível.
O segundo artigo deste ano foi sobre o movimento browniano,[90] que constitui uma evidência experimental da existência dos átomos. Antes deste artigo, os átomos eram considerados um conceito útil, mas sua existência concreta era controversa. Einstein relacionou as grandezas estatísticas do movimento browniano com o comportamento dos átomos e deu aos experimentalistas um método de contagem dos átomos através de um microscópio vulgar. Wilhelm Ostwald, um dos que se opunham à ideia dos átomos, disse mais tarde a Arnold Sommerfeld que mudou de opinião devido à explicação de Einstein do movimento browniano.
O terceiro artigo de 1905,[91] sobre eletrodinâmica de corpos em movimento, introduziu a relatividade restrita. Estabeleceu uma relação entre os conceitos de tempo e distância. Algumas das ideias matemáticas já haviam sido introduzidas um ano antes pelo físico neerlandês Hendrik Lorentz, mas Einstein mostrou como era possível entender esses conceitos. O seu trabalho baseou-se em dois axiomas: um foi a ideia de Galileu de que as leis da natureza são as mesmas para todos os observadores que se movem a uma velocidade constante relativamente uns aos outros; o outro, a ideia de que a velocidade da luz é a mesma para todos os observadores. A relatividade restrita tem algumas consequências importantes, já que são rejeitados conceitos absolutos de tempo e tamanho. A teoria ficou conhecida mais tarde por "Teoria da Relatividade Restrita" para ser distinguida da teoria geral que Einstein desenvolveu mais tarde, a qual considera que todos os observadores são equivalentes.



A famosa equação é mostrada no Taipei 101 durante o evento do ano mundial da Física em 2005.

No quarto artigo,[92] uma extensão do terceiro, Einstein introduz o conceito de massa inercial. Nele, Einstein deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: E = m c^2. Embora Umberto Bartocci, tenha afirmado que a equação teria sido publicada primeiramente em 1903, pelo italiano Olinto De Pretto.[93]César Lattes afirmou, em entrevista, que a fórmula, na visão dele, é de autoria de Henri Poincaré.[94] Esta equação esteve na base de construção de bombas nucleares. A ideia serviu mais tarde para explicar como é que o Big Bang, uma explosão de energia, poderia ter dado origem à matéria.

 

Berlim

 



Einstein, 1921

Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado director do Instituto Kaiser Wilhelm de Física (1917 - 1933), sendo senador da Sociedade Kaiser Wilhelm (1923 - 1933), e professor da Universidade de Berlim, tornando-se, novamente, cidadão alemão no mesmo ano.
Em novembro de 1915, Einstein apresentou perante a Academia de Ciências da Prússia uma série de conferências onde apresentou a sua teoria da relatividade geral sob o título "As equações de campo da gravitação." A conferência final culminou com a apresentação de uma equação que substituiu a lei da gravitação de Isaac Newton. Esta teoria considera que todos os observadores são equivalentes, e não só aqueles que se movem a velocidade uniforme. Na relatividade geral, a gravidade não é uma força (como na segunda lei de Newton) mas uma consequência da curvatura do espaço-tempo. A teoria serviu de base para o estudo da cosmologia e deu aos cientistas ferramentas para entenderem características do universo que só foram descobertas bem depois da morte de Einstein.[carece de fontes?]
A relação de Einstein com a Física Quântica é bastante interessante. Ele foi o primeiro a afirmar que a teoria quântica era revolucionária. A sua ideia de luz quântica foi um corte com a Física clássica. Em 1909, Einstein sugeriu numa conferência que era necessário encontrar uma forma de entender em conjunto partículas e ondas. No entanto, em meados dos anos 1920, quando a teoria quântica original foi substituída pela nova mecânica quântica, Einstein discordou da interpretação de Copenhaga porque ela defendia que a realidade era aleatória ou probabilística. Einstein concordava que a Mecânica Quântica era a melhor teoria disponível, mas procurou sempre uma explicação determinista, isto é não-probabilística. [carece de fontes?]
A famosa afirmação de Einstein, "A mecânica quântica está a impor-se. Mas uma voz interior diz-me que ainda não é a teoria certa. A teoria diz muito, mas não nos aproxima do segredo do Velho. Eu estou convencido que Ele não joga dados.", apareceu numa carta a Max Born datada de 4 de dezembro de 1926.[95] Não era uma rejeição da teoria estatística. Ele tinha usado a análise estatística no seu trabalho sobre movimento browniano e sobre o efeito fotoeléctrico. Mas Einstein não acreditava que, na sua essência, a realidade fosse aleatória.
O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Depois de se ter tornado mundialmente famoso (em 7 de Novembro de 1919, quando o Times de Londres anunciou o sucesso da sua teoria da gravidade) o ódio dos nacionalistas tornou-se ainda mais forte.




Albert Einstein e sua esposa Elsa.

Em 2 de julho de 1919, ano da famosa confirmação do desvio de luz em Sobral e Príncipe, Albert Einstein divorcia-se de Mileva e casa-se com a sua prima materna em primeiro grau Elsa, que era divorciada. Em 1933, eles emigraram permanentemente para os Estados Unidos. Em 1935, Elsa Einstein foi diagnosticada com problemas cardíacos e renais e morreu em dezembro de 1936.[96]
Em 1920, durante uma de suas aulas em Berlim, há um incidente com manifestações anti-semitas, o que levou Einstein a deter-se com mais atenção aos factos que então ocorriam na Alemanha.[97].



Albert Einstein em 1921

Em 1921, Einstein acompanha uma delegação Sionista à Palestina. Ele propõe para a Palestina um estado baseado no modelo suíço, onde muçulmanos e judeus poderiam viver lado a lado em paz. Sendo um físico famoso, Einstein participa numa campanha de angariação de fundos para a Universidade Hebraica de Jerusalém. Ele apoia o plano de uma universidade onde judeus de todo o mundo possam estudar sem serem vítimas de discriminação. [carece de fontes?]
Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. Einstein receberia a quantia de 120 000 coroas suecas. Einstein não participou da cerimónia de atribuição do prémio pois encontrava-se no Japão nessa altura. Ao longo de sua vida, Einstein visitaria diversos países, incluindo alguns da América Latina. Entre 1925 e 1928, Einstein foi presidente da Universidade Hebraica de Jerusalém.[carece de fontes?]
Em 1933, Adolf Hitler chega ao poder na Alemanha. Einstein, judeu, encontra-se agora em perigo. É avisado por amigos de que há planos para o seu assassinato e é aconselhado a fugir. Einstein renuncia mais uma vez à cidadania alemã[98].
A 26 de Maio de 1933, o físico entrou no Reino Unido vindo da Bélgica, numa fuga à Alemanha Nazi[99].
A 7 de Outubro de 1933, Einstein parte do porto de Southampton num navio para os Estados Unidos, o seu novo lar. Nunca voltaria a viver na Europa.[99]
Participou da 1ª, 2ª, 5ª e 7ª Conferência de Solvay.

 

Princeton

 

Em 1932 aceitou uma posição no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, Nova Jersey como professor de física teórica e em 1933 com a subida dos Nazis decidiu viver permanentemente aí.
Einstein passou os últimos quarenta anos de sua vida tentando unificar os campos eletromagnético e o gravitacional numa única teoria que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Procurou unificar as forças fundamentais, isto é a força gravitacional e a força electromagnéctica, numa teoria que descrevesse as forças como uma única força, do mesmo modo que a teoria de Maxwell une as forças eléctrica e magnética. No entanto não incluía no seu modelo as forças nucleares forte e fraca, que na época, e até 1970, não eram compreendidas como forças separadas.[carece de fontes?]
Em 1941 tem início o Projecto Manhattan (o desenvolvimento de uma bomba atômica). Pronunciamento oficial do próprio Albert Einstein sobre o referido tema:[100]




Albert Einstein em seu último ano de vida.
Cquote1.svgMinha responsabilidade na questão da bomba atômica se limita a uma única intervenção: escrevi uma carta ao Presidente Roosevelt. Eu sabia ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o estudo e a realização da bomba atômica. E o disse. Conhecia também o risco universal causado pela descoberta da bomba. Mas os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as chances de resolvê-lo. Assumi portanto minhas responsabilidades. E no entanto sou apaixonadamente um pacifista e minha maneira de ver não é diferente diante da mortandade em tempo de paz. Já que as nações não se resolvem a suprimir a guerra por uma ação conjunta, já que não superam os conflitos por uma arbitragem pacífica e não baseiam seu direito sobre a lei, elas se vêem inexoravelmente obrigadas a preparar a guerra. Participando da corrida geral dos armamentos e não querendo perder, concebem e executam os planos mais detestáveis. Precipitam-se para a guerra. Mas hoje, a guerra se chama o aniquilamento da humanidade. Protestar hoje contra os armamentos não quer dizer nada e não muda nada. Só a supressão definitiva do risco universal da guerra dá sentido e oportunidade à sobrevivência do mundo. Daqui em diante, eis nosso labor cotidiano e nossa inabalável decisão: lutar contra a raiz do mal e não contra os efeitos. O homem aceita lucidamente esta exigência. Que importa que seja acusado de anti-social ou de utópico? Gandhi encarna o maior gênio político de nossa civilização. Definiu o sentido concreto de uma política e soube encontrar em cada homem um inesgotável heroísmo quando descobre um objetivo e um valor para sua ação. A Índia, hoje livre, prova a justeza de seu testemunho. Ora, o poder material, em aparência invencível, do Império Britânico foi submergido por uma vontade inspirada por ideias simples e claras.Cquote2.svg
Albert Einstein
Em 1945, Einstein reforma-se da carreira universitária.[101]
Em 1952, David Ben-Gurion, então o primeiro-ministro de Israel, convida Albert Einstein para suceder a Chaim Weizmann no cargo de presidente do estado de Israel. Einstein agradece mas recusa, alegando que não está à altura do cargo.[102]
Morreu em 18 de abril de 1955, aos 76 anos, em consequência de um aneurisma. O seu corpo foi cremado mas seu cérebro foi doado ao cientista Thomas Harvey, patologista do Hospital de Princeton [103]. O cérebro de Einstein pesava 1230 g, enquanto a média para homens é de 1400 g. Seu volume também era menor, estava quatro centímetros abaixo da média. Essa diminuição de peso e volume pode estar relacionada à idade com que o cientista morreu: 76 anos.[104]

 Política e religião

Einstein considerava-se um socialista.[105] Neste artigo de 1949, descreveu a "fase predatória do desenvolvimento humano", exemplificada pelo anarquismo capitalista da sociedade, como uma origem de mal a ser ultrapassada. Não concordava com os regimes totalitários de inspiração socialista. No início, foi a favor da construção da bomba atómica para derrotar Adolf Hitler, mas depois da guerra fez pressão a favor do desarmamento nuclear e de um governo mundial.
Pelo facto de defender os direitos civis e das suas ideias socialistas, Einstein chamou a atenção do FBI, que o investigou sob a acusação de pertencer ao Partido Comunista. O governo americano recentemente liberou os arquivos que contêm a sua visão sobre a pessoa de Einstein e as suas actividades pessoais e políticas. Num desses arquivos comenta-se que o cientista era "inadmissível para os Estados Unidos" por várias razões, principalmente porque, segundo as palavras dos serviços, cria, aconselhava e ensinava uma doutrina anarquista, além de ser membro e afiliado a grupos que admitiam "actuar ilegalmente contra os princípios fundamentais do governo organizado".



Einstein e Robert Oppenheimer.

Einstein era profundamente pacifista, tendo intervindo diversas vezes a favor da paz no mundo e do abandono das armas nucleares. Em 1944, um manuscrito do seu trabalho de 1905, devidamente autografado, foi leiloado, e os cerca de seis milhões de dólares arrecadados foram revertidos para a ajuda às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Este documento encontra-se hoje na Biblioteca do Congresso dos EUA.
Uma semana antes de sua morte assinou a sua última carta, endereçada a Bertrand Russell, concordando em que o seu nome fosse incluído numa petição exortando todas as nações a abandonar as armas nucleares. [carece de fontes?]
Einstein era também um sionista cultural convicto, tendo em diversas ocasiões defendido o desenvolvimento do Estado Judaico na Palestina. Em particular, foi membro do conselho de governadores da Universidade Hebraica de Jerusalém. Sendo antinacionalista e pacifista, esteve no entanto contra alguns dos acontecimentos que levaram ao nascimento do Estado Judaico. Einstein acreditava que o estado de Israel deveria acolher judeus e palestinos de modo pacífico, num modelo confederacional semelhante ao do estado suíço.
Einstein não era religioso, e não professava a judaica nem a cristã, embora tenha tido contato com as mesmas quando criança. Quando jovem, do ponto de vista religioso, ele se encontrava segundo alguns historiadores entre o panteísmo de Baruch Spinoza e o deísmo na qual se acredita que é com a razão, e não com a fé, que se chega a Deus. Alguns historiadores argumentam que, devido a suas declarações, tanto panteístas quanto deístas ao longo de sua vida, talvez ele seja melhor classificado como um pandeísta.[carece de fontes?] Fato é, contudo, que embora tenha sempre expressado sua profunda admiração pela ordem da natureza, sendo a admiração pela natureza certamente a sua mais devota religião [106], nunca associou-a explicitamente a um projetista onipotente, sendo essa conexão sempre feita por terceiros a partir de suas citações. Einstein de certa forma mantinha-se a parte de questionamentos religiosos, talvez a fim de evitar conflitos e animosidades oriundas do assunto dadas a publicidade suas palavras junto à sociedade de um país estrangeiro ou mesmo no seu - em sua maior parte teísta - ao menos em parte de sua vida [107].
Tinha consigo a realidade da harmonia e inexorabilidade das leis na e da natureza e rejeitava o Deus pessoal que intervém na História. Era também adepto do total determinismo do universo e excluía a possibilidade do livre arbítrio dos seres humanos. Para Einstein "o Homem é livre de fazer o que quer, mas não é livre de querer o que quer", o que significa que o homem age sempre de forma compulsiva, sem uma verdadeira liberdade, todos os seus actos sendo determinados pelas leis da natureza e pela interação do homem com o ambiente.




Selo mostrando Albert Einstein. Este selo foi confeccionado em 2005 em comemoração ao ano da física.

A seguinte carta breve de Einstein, escrita a 24 de setembro de 1946 a Isaac Hirsch, o presidente da Congregação B'er Chaym, ilustra bem a relação de Einstein com a religião judaica e o seu senso de humor típico:
Cquote1.svgMeu caro Sr. Hirsch,
muito obrigado pelo seu gentil convite. Apesar de eu ser uma espécie de Santo Judeu, tenho estado ausente da Sinagoga há tanto tempo, que receio que Deus não me iria reconhecer, e se me reconhecesse seria ainda pior.
Com os meus melhores cumprimentos e votos de bons feriados para si e para a sua congregação. Agradecendo mais uma vez,
Cquote2.svg
[carece de fontes?]
Em sua obra Como Vejo o Mundo [108] no tema religiosidade, Einstein procura enfatizar seu ponto de vista do mundo e suas concepções em temas fundamentais à formação do homem, tais como o sentido da vida, o lugar do dinheiro, o fundamento da moral e a liberdade individual. O Estado, a educação, o senso de responsabilidade social, a guerra e a paz, o respeito às minorias, o trabalho, a produção e a distribuição de riquezas, o desarmamento, a convivência pacífica entre as nações são alguns dos temas que ele trata, entre outros. [carece de fontes?]
Um breve discurso de Albert Einstein:
Cquote1.svgO espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo - uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam. Mas o sábio, bem convencido, da lei de causalidade de qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens. Sua religiosidade consiste em espantar-se, em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar, diante dela, a não ser seu nada irrisório. Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas. Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos.Cquote2.svg




Estátua de Albert Einstein em Academia de Ciências e Humanidades de Israel.

Em 2008,[109] veio ao público uma carta de propriedade de um colecionador particular, de autoria de Einstein, cujo conteúdo corrobora o posicionamento de Einstein como ateu quando adulto. Ele escreve em determinado trecho que Deus segundo crenças populares é fruto da fraqueza humana, sendo a Bíblia uma coleção de lendas honradas ainda que primitivas, infantis. Nesta carta Einstein ainda cita a religião judaica, desprezando qualquer diferença entre o povo judeu em relação aos outros povos. Na carta encontra-se evidente a posição de Einstein em relação ao fanatismo religioso e as superstições, apresentando ele uma posição bastante crítica em relação a religião. Lembrando que mesmo em sua juventude, na visão de Einstein, Deus não tinha formas antropomórficas, e sim uma forma semelhante a Bento de Espinosa e a do Deismo, o que levou alguns historiadores a classificá-lo como Pandeísta [carece de fontes?], em sua vida adulta e senilidade Einstein demonstra concluir pela não necessidade de um ou mais seres onipotentes regulando o fluxo natural das coisas no universo. Entre os historiadores contudo existe uma certeza: nos últimos anos de sua vida Einstein estava profundamente abalado com o rumo que a física tomara. Cada vez mais experiências e evidências corroboravam as alegações da Mecânica Quântica e a de que o Universo, ao menos em sua escala atômica, não pode ser completamente determinado, havendo incertezas intrínsecas à natureza capazes inclusive de influenciar o mundo macroscópico. No começo das pesquisas sobre Mecânica Quântica, ele chegou a fazer uma celebre declaração;
Cquote1.svg- Deus não joga dados com o Universo.Cquote2.svg
Mas o tempo e as evidências mostraram que ele estava enganado. Anos depois da morte de Einstein, o físico Stephen Hawking fez a seguinte declaração para corrigir Einstein;
Cquote1.svg- Não só Deus joga dados com o Universo, como joga em lugares onde não podemos ver o resultado.Cquote2.svg
Sendo conveniente esclarecer que tanto Einstein como Hawking valiam-se aqui de um sentido metafórico e relativo para a palavra Deus, não implicando que os dois cientistas estavam a expressar crença no mesmo [110][111], havendo inclusive Hawking, que declarou-se ateu quando do seu divórcio, deixado tal ponto bem evidente em seus livros e discursos, fato é que as evidências que estavam a corroborar a mecânica quântica abalaram profundamente a linha de raciocínio consolidada de Einstein quanto ao determinismo estrito e mecanicista que ele tanto defendeu desde a sua juventude.
Mesmo levando-se em conta a correta afirmação de que a mecânica quântica não viola o determinismo, que por definição implica uma sentença condicional - dê-me todas as condições iniciais em um dado instante, e o universo está completamente determinado em qualquer instante que se queira -, em princípio simplesmente colocando a resposta fora de alcance ao afirmar que é impossível conhecer-se as condições iniciais com precisão absoluta (princípio da incerteza de Heisenberg)[Nota 1][112][113][114][115], certo é que, assim como Einstein morreu ainda confiante no determinismo estrito do universo, conforme relatam os famosos debates que travou acerca da validade da mecânica quântica - a exemplo a paradoxo EPR - e alguns de seus trabalhos escritos já próximo à morte, Einstein também morreu ateu, conforme corroborado pela citada carta e outras fontes mais.

Música

Era apreciador de música[116]:
Cquote1.svgSe eu não fosse físico, seria provavelmente músico.Cquote2.svg
A mãe de Einstein sabia tocar razoavelmente bem o piano, e queria que ele aprendesse a tocar violino, não só para incutir nele o amor pela música, mas também para ajudá-lo a assimilar na cultura alemã[116].
  • "Was ich zu Bachs Lebenswerk zu sagen habe: Hören, spielen, lieben, verehren und – das Maul halten!"
-Tradução: "O que tenho a dizer sobre a obra de Bach? Ouvir, tocar, amar, adorar ... ficar calado!"
-Albert Einstein em resposta a um inquérito da revista alemã Illustrierten Wochenschrift, 1928.

Obras

Científica
Literária

Bibliografia

  • I.C. Moreira e A.T. Tolmasquim, Um manuscrito de Einstein encontrado no Brasil, Ciência Hoje, vol. 21, n. 124, 22-29, (1995).
  • I.C. Moreira and A.T. Tolmasquim, Einstein in Brazil: the communication to the Brazilian Academy of Sciences on the constitution of light, in History of Modern Physics, H. Kragh, G. Vanpaemel and P. Marage (eds.), pp. 229–242, BREPOLS, Turnhout, Belgium, 2002.
  • A.T. Tolmasquim, Einstein - O viajante da relatividade na América do Sul, Vieira&Lent, Rio de Janeiro, 2004.
"Como Vejo o Mundo", 1922-1934
  • Pais, Abraham. "Sutil é o Senhor.":a ciência e a vida de Albert Einstein. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.

Notas

  1. O que se afirma aqui é o que é suportado estritamente pela teoria quântica: a teoria abstém-se de dar uma resposta para a pergunta de o universo ser ou não estritamente determinístico, embora certamente traga consigo um universo intrinsecamente estatístico. Ela não viola contudo o determinismo, mesmo porque a equação de Schrödinger e outras são determinísticas no ponto em que fornecem com precisão matemática a evolução temporal do sistema e das incertezas desse uma vez fornecido os estados iniciais e suas incertezas bem como perturbações externas, se presentes; e o transistor e todos os componentes de estado sólido, e por tal o rádio, a televisão, o celular e os equipamentos eletrônicos modernos, são frutos não obstante do determinismo atrelado ao comportamento estatístico das partículas no interior da matéria. A abstenção da teoria em se pronunciar quanto ao assunto gera a possibilidade de diversas interpretações à mesma, umas buscando restaurar o determinismo estrito do universo - ideologia do qual Einstein era adepto (via variáveis ocultas, inadequadas contudo) - outras levando a uma interpretação completamente indeterminística para o universo, sendo a teoria em seus princípios até o momento consistente com ambas as possibilidades. Tais interpretações, muitas já além do domínio científico certamente, são contudo hoje em dia alvo de fortes discussões dentro da filosofia. Contudo, dentre todas as discussões, certo é que a mecânica quântica por si só, aparte as extrapolações, é uma teoria em moldes científicos, não desatrela-se do naturalismo, e não sugere, fundamenta ou implica qualquer causa sobrenatural adjacente como recurso para se justificar ou restaurar o determinismo, ou o indeterminismo, do universo.

Referências

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Ligações externas








Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein
Precedido por
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1916 — 1918
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1935
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