SONS ALUCINÓGENOS : OS "E-DRUGS"

e-drug

Arquivos sonoros que simulam efeitos de alucinógenos viram febre na rede

E-drugs, como são chamados, prometem aumentar concentração, causar euforia, alucinações e relaxamento, de acordo com o tempo de exposição aos sons

Um novo fenômeno da internet nascido nos EUA começa a ganhar força no Brasil e tem feito a cabeça de muitos usuários. Chamados de e-drugs, arquivos sonoros escutados por mais de 15 minutos prometem causar euforia, sedação, alucinações e até prazeres sexuais, dependendo da dose experimentada.

As faixas que levam nomes que vão desde "Hand of God" (mão de Deus), "Gates of Hades" (portões do inferno) até "First Love", "Orgasm" e LSD podem ser facilmente encontradas em sites como o I-Doser Experience e baseiam-se em um fenômeno neurológico que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido, simulando no cérebro sensações semelhantes a uma droga de verdade.

Especialistas em neuropsicologia afirmam que os sons relaxam e ajudam na concentração e que certas frequências podem estimular a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores relatam ter durante as sessões.

Ainda não se sabe o impacto que essas "drogas" podem realmente ter no organismo, visto que é um fenômeno recente e leva um tempo para ser observado.
Fonte:http://olhardigital.uol.com.br/produtos/

Drogas digitais: usuários relatam os efeitos das e-drugs

Distribuídas via internet e com efeitos desconhecidos, drogas prometem entorpecer por meio de efeitos sonoros - mas especialistas discordam

Arquivo pessoal

O estudante parisiense JB diz que sente dores no corpo quando usa a i-dose

Modinha entre jovens franceses, as “i-doses” ou “e-drugs” são arquivos de áudio que geram supostos efeitos alucinógenos. Os sons e ruídos, “consumidos” por meio de fones de ouvidos, são baixados ou comprados pela internet. E como não envolvem substâncias ilícitas, as drogas digitais não são proibidas e estão à distância de um clique.

Os supostos efeitos dessas “e-drugs” são baseados na técnica bineural beats. A partir da reprodução de duas frequências diferentes, o cérebro criaria uma terceira para dar equilíbrio.

Cada conjunto sonoro leva um nome e promete efeitos diferentes: alucinógeno, relaxante, energizante, entre outros. “É relativo, elas são baseadas em hipótese e vendidas como fatos concretos”, avalia o Alexandre Pills, psicólogo integrante do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC.

"A sensação é que você vai ver as portas do inferno, fica estressado, se sentindo mal e com dores no corpo”, relata o estudante JB, de 20 anos, sobre sua “e-drug” preferida. Ele mora em Paris e conheceu as drogas digitais há um pouco mais de um mês. O efeito, segundo ele, varia de acordo com a sensibilidade da pessoa. Para justificar a sensação de JB, Alexandre acredita na autosugestão. “É como fumar orégano pensando que é maconha e achar que algo aconteceu”, diz o psicólogo.
Já o publicitário paulistano Claus, de 27 anos, escutou as “e-drugs” e não acredita nos efeitos das pílulas sonoras alucinógenas. “Muito barulho por pouco efeito. Isso é criado para alguém predisposto a sentir os efeitos. Eu ouvi totalmente cético e não aconteceu nada”, conta. Estudante em Paris, Juba, de 23 anos, também acha que as drogas digitais são uma fraude. “Provei uma boa dezena sem ter resultado algum. Escutei as doses mais caras e com fama de serem eficazes, mas não senti nada”, fala.

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Os sons são “consumidos” por meio de fones


Ainda não existem estudos que comprovem a eficácia das drogas sonoras, também chamadas de e-drugs. Elas podem ser simples placebos, com efeitos baseados na autossujestão de seus usuários.

As e-drugs são baseadas na bineural beats, uma técnica que consiste na reprodução de frequências distintas em cada ouvido. Isso forçaria o cérebro a produzir uma terceira frequência, que iria equilibrar os outros dois estímulos. Ao criar essa terceira frequência, o cérebro desencadearia também sensações parecidas com as de entorpecentes.
Embora a técnica tenha sido descrita em 1839, ela nunca foi comprovada. Todos os estudos feitos até hoje são inconclusivos e, por isso, não há nada que confirme a eficácia das e-drugs –  apesar dos inúmeros vídeos postados na internet por usuários delas.
Contudo, a ciência já verificou em diversos estudos que a música é capaz de influenciar comportamentos e pode ser usada até como método terapêutico.
“A música traz benefícios a pacientes com demência. Ela melhora o comportamento e a atenção deles”, afirma a neurologista Sônia Baruque, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).
De acordo com a musicoterapeuta Tereza Raquel Alcântara Silva, da Universidade Federal de Goiás, a música também influencia o sistema límbico, responsável pelas emoções. “Por isso, acho que faz sentido o conceito de uma e-drug, apesar de não haver comprovações”, diz ela.

Muitos internautas, usuários das e-drugs, afirmam que elas potencializam o efeito de outras drogas, como maconha. Também não existem estudos para sustentar ou derrubar essas afirmações, mas a ideia soa plausível para os especialistas. Como a música interage com o estado de humor da pessoa, também poderia interagir com os efeitos de entorpecentes.

Sons repetidos

Tereza já analisou algumas das drogas sonoras e constatou que elas apresentam um som repetitivo, sem dissonância. “O som consonante é previsível, como um jingle de comercial. E isso favorece estados de relaxamento”, afirma. Em oposição a este princípio, sons dissonantes poderiam agir como estimuladores, mas a especialista não chegou a analisar nenhuma e-drug estimuladora.
Esse tipo de música pode ajudar o organismo a liberar serotonina, hormônio que causa bem-estar ao ouvinte. “Não há uma receita certa para isso. A relação entre música e humor é relativa, ela varia de acordo com as preferências da pessoa”, explica.

As "e-drugs", novo fenômeno da internet, invadem a França

As drogas digitais sonoras têm efeitos desconhecidos e consistem na emissão de sons diferentes em cada ouvido


Um novo fenômeno da internet começou a ganhar força na França com o nome de "e-drugs", ou drogas digitais sonoras, com efeitos ainda desconhecidos. As "e-drugs" se baseiam em um fenômeno neurológico que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido e que estimula o cérebro, produzindo sensações de euforia, estados de transe ou de relaxamento.

As sessões possuem entre 15 e 30 minutos de sons que podem ser obtidos em sites especializados a preços que variam de sete a 150 euros e transmitem sensações fora do comum aos usuários. A imagem do consumo desta "droga", por exemplo, um menino tombado na cama de seu quarto escutando música, está longe das provocadas por substâncias que fazem parte da lista de entorpecentes.

Estes produtos nasceram nos Estados Unidos, mas o sucesso e as novas tecnologias os espalharam rapidamente pelo resto do mundo, o que despertou o alerta de certos setores, apesar de alguns analistas acreditarem que não existe risco de dependência.

Fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia da França explicaram à Agência Efe que se trata de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido. No entanto, as drogas digitais invadiram a França nos últimos dois meses e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos e não há estudos realizados sobre o assunto no país.

Especialistas em neuropsicologia observam que os sons relaxam, ajudam na concentração e são usados com fins terapêuticos para algumas doenças como o autismo. Certas frequências podem estimular a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores afirmam ter durante ou após as sessões.

Existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais. Os possíveis perigos das "e-drugs" não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses.

"Senti chamas em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então comecei a me sentir muito estranho. Foi genial", relata "Sugar Killer", além de dizer que viu uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel nos pés de sua cama. As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos como "Orgasm", "Peyote", "Marijuana" ou "Lucid Dream".

"Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei forte e achei que foi ótimo. Efeitos depois da dose: excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial", diz uma usuária de apelido "Larta".

As sessões são divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais.

"No início, nada de especial, como sempre, relaxamento muscular... mas depois de dez minutos me senti muito bem. Tinha mais sensibilidade em minhas extremidades, e de repente tive uma ereção", comenta outro internauta. "Comecei a escrever em inglês como um romance de verdade, as ideias fluíam pela minha cabeça. Não tive a necessidade de olhar o dicionário, as palavras vinham sozinhas. Não tinha acabado de escrever uma cena e já tinha a seguinte na cabeça", assegura "Aiana". Apesar das dúvidas sobre seu consumo, as "e-drugs" se proliferam rapidamente graças às redes sociais.


Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/as+edrugs+novo+fenomeno+da+internet+invadem+a+franca/n1237745236176.html

E-drugs se tornam o novo fenômeno da web


Drogas digitais: usuários relatam os efeitos das e-drugs - 18/08/2010 - Distribuídas via internet e com efeitos desconhecidos, drogas prometem entorpecer por meio de efeitos sonoros - mas especialistas discordam. Modinha entre jovens franceses, as “i-doses” ou “e-drugs” são arquivos de áudio que geram supostos efeitos alucinógenos. Os sons e ruídos, “consumidos” por meio de fones de ouvidos, são baixados ou comprados pela internet. E como não envolvem substâncias ilícitas, as drogas digitais não são proibidas e estão à distância de um clique.
Os supostos efeitos dessas “e-drugs” são baseados na técnica bineural beats. A partir da reprodução de duas frequências diferentes, o cérebro criaria uma terceira para dar equilíbrio. Cada conjunto sonoro leva um nome e promete efeitos diferentes: alucinógeno, relaxante, energizante, entre outros.
“É relativo, elas são baseadas em hipótese e vendidas como fatos concretos”, avalia o Alexandre Pills, psicólogo integrante do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC.
"A sensação é que você vai ver as portas do inferno, fica estressado, se sentindo mal e com dores no corpo”, relata o estudante JB, de 20 anos, sobre sua “e-drug” preferida. Ele mora em Paris e conheceu as drogas digitais há um pouco mais de um mês. O efeito, segundo ele, varia de acordo com a sensibilidade da pessoa. Para justificar a sensação de JB, Alexandre acredita na autosugestão. “É como fumar orégano pensando que é maconha e achar que algo aconteceu”, diz o psicólogo.
Já o publicitário paulistano Claus, de 27 anos, escutou as “e-drugs” e não acredita nos efeitos das pílulas sonoras alucinógenas. “Muito barulho por pouco efeito. Isso é criado para alguém predisposto a sentir os efeitos. Eu ouvi totalmente cético e não aconteceu nada”, conta. Estudante em Paris, Juba, de 23 anos, também acha que as drogas digitais são uma fraude. “Provei uma boa dezena sem ter resultado algum. Escutei as doses mais caras e com fama de serem eficazes, mas não senti nada”, fala.
Para o universitário Harley, 26 anos, o uso frequente levou ao mesmo efeito da meditação. “Conheci em uma comunidade do Orkut, comecei a pesquisar e me interessei mesmo quando vi as doses que mudam as ondas cerebrais. Já sabia que determinados sons tem essa propriedade”, acredita.
Para Alexandre, as “e-drugs” são uma tentativa de dar uma cara nova para um método de meditação e relaxamento. “Até faz sentido. O som é um estímulo, como a luz e a cor. Pegaram essa pequena alteração de estado e colocaram a roupagem de uma droga, mais interessante para essa era digital”, avalia. “Um dos sites trata o representante de vendas como traficante. Já viu traficante fazer isso? É para criar um encantamento e ressalta ainda mais o valor de placebo”, completa.
A diferença das drogas digitais está também na relação do usuário. Enquanto uma droga ilícita é uma compensação, a “e-drug” é uma busca interna porque exige concentração na busca de um efeito. “É diferente procurar algo de fora para resolver um problema ou ter que prestar atenção no ruído, ouvir várias vezes”, diz o psicólogo.


Uma "onda"


31/08/2010 - Por Andrea Castello Branco - Internautas relatam efeitos semelhantes aos do LSD e do ecstasy em pílulas sonoras. Drogas digitais sonoras, conhecidas como e-drugs, viram um fenômeno na internet, mas especialistas afirmam que seu efeito não passa de autossugestão.
Deitado em seu quarto, um adolescente coloca os fones de ouvido e se concentra no som. Durante alguns minutos, ele fica ali, curtindo e esperando surgir alguma sensação fora do comum. A intenção não é relaxar, mas ter uma experiência psicodélica.
A “droga” consumida não é de beber, fumar, cheirar ou injetar, mas de ouvir: são pílulas sonoras digitais, que, com simples batidas combinadas, obrigam o cérebro a tentar equilibrá-las. Daí surgiria a “onda”.
“Nascidas” nos Estados Unidos, as e-drugs têm ganhado adeptos pelo resto do mundo graças às redes sociais. As sessões sonoras podem variar de 15 a 30 minutos, e as drogas mais consumidas têm nomes sugestivos, como Orgasm, Peyote, Marijuana ou Lucid Dream. Em sites especializados, os preços das doses variam de 7 a 150 euros.
A explicação estaria nas ondas bineurais, uma técnica que consiste na reprodução do som com duas frequências distintas, mas muito parecidas, uma em cada ouvido. Isso forçaria o cérebro a produzir uma terceira frequência, que iria equilibrar os outros dois estímulos. Ao criar essa terceira frequência, ele desencadearia sensações parecidas com as de entorpecentes. Embora a técnica tenha sido descrita em 1839, ela nunca foi comprovada cientificamente.
Tereza Raquel Alcântara Silva, musicoterapeuta e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), explica que alguns trabalhos científicos mostram que as regiões cerebrais ativadas durante a audição de uma música que causa prazer à pessoa são as mesmas envolvidas em estímulos indutores de excitação, prazer e uso de drogas de maneira geral.
“Mas é importante salientar que os pesquisadores utilizaram a música indicada pelo próprio sujeito da pesquisa, como sendo a que causasse ‘frio na espinha’ - expressão utilizada por eles para definir a sensação provocada pela música. Isso significa que a percepção musical é única. Portanto, varia de indivíduo para indivíduo. Muito se tem falado a respeito das drogas virtuais, mas acredito que esse tema merece estudos mais aprofundados, uma vez que ainda é muito recente”, pondera.
Segundo a musicoterapeuta, a música possui uma estreita relação com o cérebro e os vários elementos que a compõem - como ritmo, harmonia, timbre e melodia - ativam uma região cerebral distinta, como lobo temporal superior ou cerebelo.
“Pode-se dizer que o nosso cérebro é musical, uma vez que responde e altera suas estruturas mediante estímulos musicais. A região do cérebro responsável pela ‘transmissão de informações’ de um hemisfério ao outro é mais desenvolvido em músicos profissionais, o que significa que existe uma alteração neuroanatômica.
A música também pode alterar nosso nível hormonal, a frequência cardíaca e o padrão respiratório”, explica.

Arthur Kummer, psiquiatra especialista em criança e adolescente e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não acredita no poder das e-drugs.
“Elas têm um efeito placebo, isto é, podem provocar alguma reação porque a pessoa acredita que aquela música pode dar um ‘barato’. Mas não há qualquer evidência científica”, diz. Kummer não desconsidera a influência da melodia no comportamento e afirma que, dependendo do ritmo, ela pode levar a pessoa a ficar mais relaxada ou agitada.
Entre os depoimentos deixados nos sites que divulgam as e-drugs, é possível encontrar relato de pessoas que não sentiram absolutamente nada ao tomar as doses - “esta idoser me decepcionou muito, pois não aconteceu nada comigo” - quanto de pessoas que tiveram reações físicas e alucinações.
“No primeiro minuto, senti vontade de chorar. Minutos depois, comecei a sentir frio, muito frio, e eu comecei a sentir o coração bater forte, o barulho de pássaros voando, cachorros latindo”, relata outro internauta.
Prejuízos. Os riscos das e-drugs são pequenos, segundo Arthur Kummer. “Não há registro de alterações significativas com estímulo sonoro. Já estímulos visuais ou alterações na frequência de luz podem causar uma alteração neurológica, como desencadear uma crise epilética”, diz.
Para a musicoterapeuta Tereza Raquel Alcântara Silva, toda experiência que altera o funcionamento cerebral pode, de alguma maneira, trazer benefícios ou malefícios. “É como um medicamento que pode melhorar o sintoma, mas também provocar efeitos colaterais. As ‘doses sonoras’, por exemplo, vêm acompanhadas de
recomendações de limite máximo de tempo de audição. Certamente, alguma experiência já mostrou que o uso inadequado pode causar dano ao usuário. Mas tudo isso é ainda muito incipiente e carece de mais estudos”.


Efeito placebo de e-drugs é extraordinário e muito mal compreendido


28/09/2010 - Por Hélio Schwartsman - E-drugs existem há dezenas de milhares de anos e atendem pelo nome de música. O resto é marketing. Que padrões sonoros afetam o cérebro humano suscitando emoções não é exatamente novidade. É justamente isso que torna a música interessante. Vendedores de e-drugs sugerem que suas faixas são mais poderosas que Beethoven e causam efeitos semelhantes aos de LSD e haxixe. É possível, mas altamente improvável.
O conceito básico por trás das e-drugs são os sons binaurais. São produzidos quando cada um dos ouvidos é submetido a tons ligeiramente diferentes. Assim, se o nosso ouvido esquerdo captar um som com uma frequência de 97 Hz, e o direito, de 103 Hz, o cérebro irá perceber um diferencial de 6Hz e, num esforço de sincronização, tende a operar nessa frequência, que, no caso, corresponde à das ondas teta (4 a 7 Hz), associadas ao sono REM (com sonhos). Ao menos em teoria, a pessoa irá sentir-se gradualmente mais relaxada e sonolenta.
O efeito das ondas binaurais é real e foi descoberto em 1839 pelo físico prussiano Heinrich Wilhelm Dove. O que ainda não foi demonstrado é que padrões sonoros binaurais possam induzir muito mais do que estados de excitação e relaxamento. Dizer que causam alucinações, orgasmos e êxtases religiosos é uma afirmação retumbante que deveria ser acompanhada de evidências igualmente bombásticas.
Até agora, elas ainda não apareceram. Só o que existe são relatos de pessoas que dizem ter experimentado essas sensações publicados no site de empresas que comercializam as e-drugs. Mesmo que demos crédito a esses indícios anedóticos, eles são melhor explicados pelo efeito placebo do que por mecanismos cerebrais mais exóticos.
Aqui é preciso um certo cuidado. Dizer que uma dada manifestação se deve ao efeito placebo está longe de significar que ela não exista. O placebo é, a um só tempo, um dos mais extraordinários aspectos da neurologia humana e um dos mais mal compreendidos. Ele é extraordinário porque mostra que o cérebro produz reações que normalmente só ocorrem com recurso a drogas poderosíssimas. E é mal compreendido porque costuma ser descrito meio pejorativamente como algo que "está apenas na sua cabeça".
A verdade, contudo, é que o efeito placebo é bastante poderoso e incrivelmente real. Só não o utilizamos a torto e a direito na medicina por razões éticas. Placebos sempre envolvem algum grau de enganação. A confiança no médico e parte do efeito curativo se perdem se o paciente descobre que estava tomando pílula de farinha em vez de remédio "real".
Para quem está apenas interessado em curtir um pouco, sem preocupações éticas ou curiosidades neurofisiológicas, e-drugs são uma alternativa mais saudável que drogas de verdade. É claro que só funcionarão com os mais crédulos.

Fontes: http://veja.abril.com.br/
            http://www.pcguia.xl.pt/
            http://br.noticias.yahoo.com/
            http://www1.folha.uol.com.br/
            http://delas.ig.com.br/
            http://www.otempo.com.br
            Folha de São Paulo 

I-doser é um programa de computador que produz “doses” de ondas sonoras, que procura interferir nas ondas cerebrais do usuário, simulando o efeito de várias drogas reais em seres humanos. As doses devem ser compradas, e o uso delas é limitado, não sendo possível o seu re-uso depois de algumas doses. Foi desenvolvido atráves de uma técnica conhecida como ondas binaurais, que emite sons que alteram a freqüência do cérebro. As doses mais conhecidas são Gate of Hades e Hand of God, tendo alta repercussão na internet. Há também amostras grátis de doses no site.

Efeitos

No primeiro momento, o som emitido tende a incomodar até surtir o efeito esperado. Cada "dose" varia de 5 a 60 minutos para que o usuário possa, de fato, atingir a dose desejada.[1] Os efeitos variam de cada dose. As doses Aphrodisiac e Orgasm por exemplo, procuram aumentar o desejo sexual do usuário,[2] enquanto a dose Brain+ visa melhorar a capacidade mental, provocando pensamentos profundos e intensos.[3] Para que não haja interferência, é necessário escutar em um ambiente calmo e com pouca iluminação, sob o uso de fones de ouvido stereo.[4] Caso o usuário não atenda essas recomendações pode não ter o efeito desejado.

 Ondas Binaurais

O I-doser funciona usando sons chamados de ondas binaurais, usadas apenas em fones de ouvido. São duas frequências quase iguais, uma em cada lado do fone, que geram uma terceira frequência. Usando um exemplo matemático, se um fone produz uma frequência de 400 hertz e o outro de 410, a terceira frequência seria ouvida em 10 Hz.[5]
Foi descoberto em
1839 pelo físico e meteorologista prussiano Heinrich Wilhelm Dove, mas somente ganhou popularidade e reconhecimento científico no final do século XX, quando surgiram os rumores de que o uso das ondas binaurais poderia induzir relaxamento, criatividade e outros efeitos no cérebro. No entanto, a ciência das frequências binaurais é muito recente, nunca antes fora estudada por completo.

Controvérsias

Alguns usuários que provaram do I-doser e até os que não provaram dizem que toda a ideologia e ciência do programa e das ondas binaurais não passam de um Placebo.[6] Não há nenhum estudo que comprove isso, e vice-versa. Sobre a questão da dependência, já que ocorre nas drogas reais, neurologistas afirmam que não há possibilidades de dependência [7], porém que deve ser usado com cautela: existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais.[8]

Referências

 Ligações externas

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/I-Doser

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