O ALCORÃO OU COURÃO : O LIVRO SAGRADO DO ISLÃ

O Alcorão Sagrado

O  alcorão quer dizer “recitação” e as suas palavras tem sido entoadas em voz alta, habitualmente. Quando Maomé recebeu os primeiros versículos, em 610, d.C, o arcanjo ordenou: “Igra”, Recite!”!> Inicialmente o Alcorão enfoca a unidade de Deus, o papel deste na história, o julgamento e a necessidade de ajudar as outras pessoas. As ultimas suras tratam de assuntos comunitários relacionados coma  família, casamento, etc.
“EM NOME DE DEUS, BENEFICENTE E MISERICORDIOSO! LOUVADO SEJA DEUS, SENHOR DOS MUNDOS. BENEFICENTE E MISERICORDIOSO. SENHOR DO DIA DO JULGAMENTO! A TÍ SOMENTE, ADORAMOS, A TI SOMENTE, PEDIMOS SOCORRO! MOSTRA-NOS O BOM CAMINHO. O CAMINHO DESSES QUE TENS FAVORECIDO; NÃO O CAMINHO DESSES QUE INCORREM NA TUA CÓLERA NEM O DOS QUE SE PERDEM! AMÉM!”
Acorão, Sura I, surat Al-Fatha – Introdução

O Alcorão ou Corão (em árabe قُرْآن, al-qur’ān, “a recitação”) é o livro sagrado do islamismo. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e dois anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma “recitação” ou algo que deve ser recitado.
Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim (“o Nobre”) ou Al-Azim (“o Magnífico”). É um dos livros mais lidos e publicados no mundo, sendo que, não é vendido pelos muçulmanos e, sim, dado.
ETMOLOGIA
Há duas variantes para o nome do livro usadas comumente: Corão e Alcorão. Por vezes se afirma que, como o prefixo al-, corresponde ao artigo definido árabe, o seu uso seria desnecessário;[carece de fontes] no entanto, nas muitas palavras portuguesas de origem árabe que se iniciam por ela, como “almanaque” ou “açúcar”, a partícula não foi suprimida. José Pedro Machado nota que a palavra Alcorão está registrada desde os mais antigos documentos em português e ao longo de toda a história da língua, ao contrário de Corão, recentemente importada.[carece de fontes]
ESTRUTURA DO ALCORÃO
O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.
Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.
A sura maior é a segunda, com 286 versículos; as suras menores possuem apenas três versículos.
Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não se deve pensar que o conteúdo da sura esteja de alguma forma relacionado com o título do capítulo.

COMO FOI ESTRUTURADO
O Alcorão não foi estruturado como um livro durante a vida de Maomé. À medida que o profeta recebia as revelações, ele solicitava ao jovens letrados que integravam a sua comitiva para que transcrevessem os textos. O chefe desta equipe de secretários, que surgiu de forma institucionalizada após a Hégira, em Meca, foi Zayd ibn Thabit. O texto foi preservado em materiais dispersos tão variados como folhas de tamareira, pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos primeiros seguidores. Durante as noites do Ramadão, Muhammad recapitulava as revelações, numa conferência onde estava presentes os logógrafos (escritores profissionais) e os hafiz, ou seja, pessoas que conheciam passagens de memória (que escutaram nas prédicas do profeta).
Após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo de recolhimento dos vários extratos.
Para alguns, o Alcorão terá sido composto na sua forma actual sob a direcção do califa Abu Bakr nos dois anos que se seguiram à morte de Muhammad; outros defendem que foi o califa Omar o primeiro a compilar o Alcorão. Considera-se que a verdade está a meio termo: Abu Bakr foi aconselhado por Omar a compilar um primeiro manuscrito, auxiliado na tarefa por logógrafos e por dois hafiz.
Entre 650 e 656, durante o califado de Otman, o Alcorão se estruturou de uma forma mais oficial. Otman nomeou uma comissão para decidir o que deveria ser incluído ou excluído do texto final do Alcorão. Foi então constituído um “livro-referência” a partir do qual se criaram seis cópias que foram enviadas para Meca, Iémen, Bahrein, Bassora e Kufra.

CONTEÚDO DO ALCORÃO
O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.
Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e imutável, que fornece as respostas acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais. Ele discute Deus e os seus nomes e atributos, crentes e suas virtudes, e o destino dos não-crentes (kuffar); até mesmo temas de ciência. Os muçulmanos não seguem apenas as leis do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como a Sunnah, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida como hadith.
Aos muçulmanos é ensinado que Deus lhes enviou outros livros. Para além do Alcorão, os outros são o livro de Ibrahim (que se perdeu), a lei de Moisés (a Torá), os Salmos de David (o Zabûr) e o evangelho de Jesus (o Injil). O Alcorão descreve cristãos e Judeus como “o povo do livro” (ahl al Kitâb).
Os ensinamentos do Islão englobam muitas das mesmas personagens do judaísmo e do cristianismo. Personagens bíblicas bem conhecidas como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, Maria (a mãe de Jesus) e João Baptista são mencionados no Alcorão como profetas do Islão. No entanto, os muçulmanos freqüentemente se referem a eles por nomes em língua árabe, o que pode criar a ilusão de que se trata de pessoas diferentes (exemplos: Alá para Deus, Iblis para Diabo, Ibrahim para Abraão, etc).
Quando uma criança nasce no seio de uma família muçulmana, os seus pais são saudados com a fórmula “Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão”.
As crianças muçulmanas aprendem desde cedo a começar determinados atos da sua vida, como as refeições, com a fórmula “Em nome de Deus” (Bismillah) e a concluí-los com a expressão “Louvado seja Deus” (Al-Hamdu Lillah). Estas frases são as mesmas que se encontram nos dois primeiros versículos da primeira sura.
Algumas partes do Alcorão são recitadas durante momentos especiais da vida como o casamento ou no leito de morte. Em muitos países muçulmanos certos aspectos da vida pública começam com a recitação de passagens deste livro considerado sagrado.
Os muçulmanos não tocam no livro sagrado senão após a ablução, conhecida como wudu.




Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal de respeito pelo Alcorão e alguns transportam pequenas versões consigo para seu conforto ou segurança. Apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão; as traduções são vistas como sombras fracas do significado original.
Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é proibido reciclar, reimprimir ou deitar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira respeituosa.
Alcorão é a palavra de Allah, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade.
Ele ncerra, em sua totalidade, diversificadas nuanças, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia, no presente e no futuro; ele foi revelado, versículo por versículo, surata por surata, de acordo com as situações e os acontecimentos, no decorrer dos vinte e três últimos anos da vida do Profeta Mohammad. Uma parte foi revelada antes da Hégira, em Makka, e outra depois, em Madina.Os versículos e as suratas revelados em Makka abrangem as normas da crença em Allah, em Seus anjos, em Seus livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juízo Final. Os versículos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência.
Nele há narrativas sobre os nossos antecessores e sobre os nossos sucessores, e é um árbitro entre nós. Há narrativas de povos anteriores, de séculos passados; há histórias dos profetas, dos mensageiros, dos povos, dos grupos, das pessoas, dos acontecimentos e do desenrolar da história da civilização; nele há explicações e exemplos para aqueles que por ele queiram pautar suas vidas, e exortação para quem tem coração e está disposto a aceitá-la, e a prestar testemunho. Ele revela a Lei imutável de Allah, quer seja na perdição dos extraviados, quer seja na salvação dos encaminhados. Ele ensina que o mundo dos homens, no decorrer dos séculos, só é benéfico com a religião de Allah; que a humanidade, o que quer que faça, não alcançará a almejada felicidade se não se iluminar, guiando-se com a Mensagem Divina.
Nele há revelações do futuro sobre o dia da Ressurreição, sobre a Vida Futura, no dia em que os homens se congregarão junto ao Senhor do Universo. “Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á; e aquele que fizer um mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á” (99ª Surata, versículos, 7 e 8).
Nele há o julgamento dos problemas e das questões onde é premente uma explicação e uma diretriz do caminho a seguir, no que diz respeito às questões da crença e do pensamento, do caráter e do comportamento, das relações econômicas, dos ramos doutrinários, dos julgamentos pessoais ou não: “Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz” (4ª Surata, versículo, 174).
O Alcorão é dirigido a toda a humanidade, sem distinção de raça, cor, região ou tempo. Ainda mais, ele procura guiar a humanidade em todas as sendas da vida: espirituais, materiais, individuais e coletivas. Ele contém diretrizes para a conduta do chefe de Estado, bem como do homem comum; do rico, bem como do pobre; diretrizes para a paz, bem como para a guerra; tanto para a cultura espiritual como para o comércio e bem-estar material. O Alcorão busca principalmente desenvolver a personalidade do indivíduo: Cada ser será pessoalmente responsável perante seu Criador. Para tal propósito, o Alcorão não somente fornece ordens, porém tenta ainda convencer. Ele apela para a razão do homem e relata histórias, parábolas e metáforas. Descreve os atributos de Allah, que é Um, Criador de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dos mortos e Observador de nosso comportamento terreno; é Justo, Clemente (Vide nota da 7ª Surata, versículo 180). O Alcorão indica ainda o modo de aprazermos a Allah, apontando quais as melhores orações, quais os deveres do homem com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seu próprio ser; ele dá destaque ao fato de que não nos pertencemos, outrossim, pertencemos a Allah. O Alcorão fala das melhores normas relacionadas com a vida social, comercial, matrimonial, como a heranca, o direito penal, o direito internacional, e assim por diante. Todavia, o Alcorão não é um livro, no senso comum; é a coleção das palavras de Allah, reveladas de tempos em tempos, durante vinte e três anos, a Seu Mensageiro, escolhido entre os seres humanos. O Soberano dá Suas instruções a Seu vassalo; portanto, há certas nuanças compreendidas e implícitas; há repetições, e mesmo mudanças nas formas de expressão. Deste modo, Allah fala às vezes na primeira pessoa e às vezes na terceira. Ele diz “Eu”, bem como “Nós” e “Ele”, porém, jamais “Eles”. É uma coleção de revelações enviadas de ocasiões em ocasiões; e devemos, por isso, lê-lo mais e mais, a fim de melhor avaliarmos os seus significados. Ele possui diretrizes para todos, em todos os lugares e para todos os tempos.

Fonte:http://joaobosco.wordpress.com/2008/07/24/o-alcorao-sagrado/
 
O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o recepitor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.
 

O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.
Os contemporâneos de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.
 

Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.
 

O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.
 

Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluiram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.
 

Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:
 

1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.
 

Diz Deus no Alcorão:
 

''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram.
 

Diz Deus no alcorão:
 

''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32)
 
E disse ainda:
 

''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;''  (75ª Surata, versículo 16-17)
 
2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.
 

O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.
 

3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.
 

4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.
 

5º- Durante a vida do profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáves e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.
 

O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.
 

6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.
 

7º- Depois da morte de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).
 

O escriba chefe das revelações de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
 

A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.
 

Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.
 

8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão.
 

Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.
 

Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar dicussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado.
 

Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
 

Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.
 

Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.
 

O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.
 

Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.
Dinamismo
 

Uma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estatíca ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão.
 

Quando o Profeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresestível.
 

Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais conclundentes argumentos não poderam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ''Ruh'', ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça.
 

Deus diz no Alcorão:
 

''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53)
 
As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espíritual do qual nos fala o Alcorão.

 


Praticabilidade
 

Outra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescente com opensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou futuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir.
 

O Alcorão aceita o ser humano pelo qu ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser homano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado.
 

A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos doProfeta Muhammadsaws2.gif (304 bytes) (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance.
 


Moderação

 
A terceira caracterítica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o esp'ritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatosda vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser.
 

Diz Deus no Alcorão:
 

''E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para destinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.'' (2ª Surata, versículo 143) 
 

E disse ainda:
 

''Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.'' (3ª Surata, versículo 110)
 

A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente.
 

Interiormente, penetra nos mais recôndits cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afasta-se profundamentede qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos.
 

A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o camo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais.
 

O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presnça de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espíritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida.
 

Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus.
 

Isto não épretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus.
 

Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação.
 

Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, estátudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação.
 

Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto.
 

Diz Deus no Alcorão:
 

''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
 

E disse ainda:
 

''Alef, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.'' (14ª Surata, versículo1)
 

''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.'' (4ª Surata, versículo 174)
 

''Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.'' (4ª Surata, versículo 82)
 
''Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.'' 

(Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)

''Se tivessemos feito descer este Alcorão
sobre uma montanha, tê-las-ias visto
humilhar-se e fender-se, pôr temor a Deus.
Tais exemplos propomos aos humanos,
para que raciocinem."
( Alcorão Sagrado, 59ª Surata , versículo 21)
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Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso!

 
Fonte:http://www.islam.org.br/o_alcorao_sagrado.htm
 
 
Sobre O Alcorão Sagrado
 
O Alcorão é o eterno milagre. É o último livro de Deus enviado para orientação da humanidade, por intermédio do último Profeta, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
Revelação do Alcorão
O Alcorão foi revelado aos poucos, durante um período de 23 anos. O Profeta recebeu a primeira revelação em 610 d.C., na caverna de Hira, na Montanha da Luz (Jabal en-Nur), a duas milhas e meia de distância da Casa de Deus, na cidade de Meca, na Arábia.
A primeira revelação foram os cinco primeiros versículos da Surata (capítulo) Al 'Alaq:

"Lê, em nome do teu Senhor que criou, criou o homem de um coágulo. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não sabia." (96:1-5)

A última, foi o terceiro versículo da Surata Al-Ma'ida, que foi revelado ao Profeta em 632 d.C.:

"Hoje aperfeiçoei a religião para vós e completei minha bênção sobre vós e aponto o Islam por religião." (5:3)

A Surata Al-Fatiha, de abertura, foi a primeira completa a ser revelada, e a Surata An-Nasr, o Socorro, foi a última.
Divisões do Alcorão
O Alcorão está dividido em trinta partes iguais, que são chamadas de juz, em árabe. São 114 suratas, de tamanhos variados, a mais longa é a Al-Bácara, a Vaca, que consiste de 286 versículos, e a mais curta é Al-Cauçar, a Abundância, de apenas 3 versículos. Todo o Alcorão contém 6.666 versículos, com 323671 letras. Os capítulos revelados antes da migração do Profeta para Medina são chamados de Meca, e os revelados após a migração, de Medina.
Tópicos dos Capítulos
Os capítulos de Meca, de um modo geral, consistem de sentenças breves, cheias de entusiasmo, poéticas, sublimes e resplandecentes. Eles salientam a Unicidade e Majestade de Deus, o Mais Exaltado, o Mais Elevado, denuncia a adoração indolente, promete o paraíso para os justos e adverte os pecadores para a punição do Inferno, confirma o Profeta Muhammad e lembra a humanidade dos profetas passados e dos eventos de seus tempos.
Por outro lado, os capítulos de Medina são mais extensos e os versículos são mais monótonos. Falam sobre os aspectos ritualísticos do Islam, como o Zakat, o Jejum e a Peregrinação, estabelecem códigos éticos e morais, leis penais, políticas sociais, econômicas e de estado, dão orientação para as relações externas, normas e regulamentos para as batalhas e os cativos de guerra.
Também contêm descrições de algumas das primeiras batalhas do Islam, a condenação dos hipócritas, enfatiza a mensagem básica unificada de todos os profetas passados, confirma que o processo de profecia e revelação se completou e que nenhum profeta virá após Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), nem que qualquer livro novo será revelado, e que a religião de Deus se completa com o Alcorão. Assim, Deus exorta os seguidores da verdade a fazerem do Alcorão seu único guia.
A importância do Alcorão
O Alcorão é considerado o milagre eterno do Islam. É o guia melhor e mais completo daquele que vive e busca o prazer de Deus. Os ensinamentos do Alcorão são universais, dirigidos a todas as pessoas do mundo, independente de credo e cor.
Ele ilumina a alma do ser humano, purifica sua moral, condena o erro, ordena a prática do bem e conclama para o estabelecimento da justiça e fraternidade através da obediência a Deus, como a autoridade suprema.
O Alcorão fornece os regulamentos que criam as relações adequadas entre o homem e Deus e entre o homem e o outro. Leva o ser humano a compreender seu papel neste mundo, encoraja-o a pensar e refletir, e o orienta no uso dos recursos naturais.
Em resumo, o Alcorão fornece toda a orientação de que a humanidade necessita. Sem a orientação do Alcorão, a humanidade ainda estaria engatinhando na escuridão da ignorância.
A Compilação do Alcorão
O Alcorão foi revelado aos poucos, de acordo com as necessidades do tempo. O anjo Gabriel o trouxe para o Profeta Muhammad, que o memorizou. Depois, ele foi preservado de duas formas.
A primeira, pela memorização. Havia um número de primeiros muçulmanos que memorizava cada revelação assim que era revelada e, desta forma, todo o Alcorão estava memorizado quando veio a última revelação. A tradição de memorizar todo o Alcorão ainda continua, e uma pessoa que conhece o Alcorão de memória é chamada de Hafiz Qur'an.
A segunda, através da escrita. Sempre que acontecia uma revelação, ela era escrita imediatamente em tábuas, ramos de palmeiras, em folhas, ou em pele de animais. Isto foi feito originariamente por Zaid bin Thabit, que era o escriba principal além dos 42 outros. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ordenou os capítulos de acordo a orientação recebida do anjo Gabriel e pediu aos companheiros que mantivessem aquela ordem. Abu Bakr, o primeiro califa do Islam, compilou o Alcorão, e Osman, o terceiro califa, mandou fazer várias cópias, enviando cada uma delas para os estados.
O Milagre Eterno
O Alcorão é o único milagre vivo. Não há qualquer outro milagre de qualquer outro profeta. De acordo com uma pesquisa, o número de pessoas que memorizaram todo o Alcorão é mais de 10 milhões. Milhões de edições e cópias foram impressas e escritas à mão em quase todas as partes do mundo.
Também foram traduzidas para quase todas as línguas. Durante o período de 1.400 anos, desde que o Alcorão foi revelado, nenhuma única letra foi mudada. Este é o maior dos milagres do Alcorão.

Fonte:http://www.islamismo.org/o_alcorao_sagrado.htm


Alcorão ou Corão (em árabe: القرآن, transl. al-Qurʾān, lit. "a recitação") é o livro sagrado do Islã. Os muçulmanos creem que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e três anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado.
Os muçulmanos podem-se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim ("o Nobre") ou Al-Azim ("o Magnífico").
É um dos livros mais lidos e publicados no mundo. É prática generalizada nas sociedades muçulmanas que o Alcorão não seja vendido, mas sim dado.
 
Designação em português
 
Há duas variantes para o nome do livro usadas comumente: "Corão" e "Alcorão". Por vezes se afirma que, como o prefixo "al-" designa o artigo definido no árabe, o seu uso seria desnecessário. No entanto, nas muitas palavras portuguesas de origem árabe com "al-" na sua origem, como "almanaque" ou "açúcar", a partícula não foi suprimida, e ainda menos em nomes próprios como "Almada" ou "Algarve". José Pedro Machado nota que a palavra Alcorão surge em documentos portugueses do século XIII[1], ao contrário da forma Corão, recentemente importada. O Dicionário Houaiss, que alude ao argumento da "desnecessidade" de "al-" por corresponder ao artigo árabe, confirma o surgimento de "Alcorão" no século XIII e o seu uso constante nos séculos seguintes. O Houaiss afirma que "Corão" é importação francesa no final do século XIX, desde logo criticada pelos puristas. O próprio termo francês terá surgido apenas no século XVII. O site português Ciberdúvidas da Língua Portuguesa considera aceitável apenas a forma "Alcorão", invocando Rebelo Gonçalves e Rodrigo de Sá Nogueira.[2] Já o site brasileiro Sua Língua, editado pelo Prof. Cláudio Moreno, não condena o vocábulo "Corão", mas defende a preferência por "Alcorão".[3]

 Estrutura do Alcorão

O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.[4]
Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.
A sura maior é a segunda, com 286 versículos; as suras menores possuem apenas três versículos.
Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não se deve pensar que o conteúdo da sura esteja de alguma forma relacionado com o título do capítulo.

 Nomes das Suras

Abertura; A vaca; A tribo de Omran; As mulheres; A mesa servida; O gado; As alturas; Os espólios; O arrependimento; Jonas; Hud; José; O trovão; Abraão; Al-Hijr; As abelhas; A viagem noturna; a gruta; Maria; Taha; Os profetas; A peregrinação; Os crentes; a luz; O discernimento; Os poetas; As formigas; As narrativas; A aranha; Os bizantinos; Lukman; A prostração; Os coligados; Sabá; O criador; Ia. Sin; As fileiras; Sad; Os grupos; O perdoador; ; Os versículos detalhados; a consulta; Os ornamentos; A fumaça; a ajoelhada; As dunas; Muhamad; Vitória; Os aposentos; Kaf; Os furacões; O monte; A estrela; a lua; o clemente; O dia inelutável; O ferro; a discussão; O reagrupamento; A mulher testada; as fileiras; Sexta-feira; Os hipócritas; O logro mútuo; O divórcio; As proibições; O reino; A pena; O inelutável; As escadas; Noé; Os djins; O encontro; O emantado; A ressurreição; O homem; Os emissários; A notícia; Os arrebatadores; Ele franziu as sobrancelhas; O obscurecimento; a terra fendida; Os defraudadores; Fenda no céu; As constelações; O visitante da noite; O altíssimo; O que tudo envolve; A aurora; a cidade; O sol; A noite; A manhã; O alívio; O figo; O coágulo; Kadr; A prova; O terremoto; Os corcéis; a calamidade; A rivalidade; A tarde; O difamador; O elefante; Koraich: A caridade; a abuindância; Os descrentes; O socorro; A corda de esparto; A sinceridade; A alvorada; Os homens:[5]

 Divisão para leitura e recitação

Tendo como objectivo a recitação o Alcorão, pode também ser dividido em partes de igual tamanho (7, 30 ou 60), que tem como objectivo a leitura conforme as possibilidades de cada pessoa (leitura em 7, 30 ou 60 dias). A divisão do Alcorão em 60 dias é a mais habitual, sendo utilizada no ensino. Cada divisão em sete partes recebe o nome de manzil e em trinta o nome de jus. As fracções são também divididas em meios, quartos e oitavos.
ManzilJusInícioManzilJusInício
SuraversículoSuraversículo
11I1415XVII1
2II14216XVIII75
3II25317XXI1
4III9218XXIII1
5IV2419XXV21
6IV1485XXVII26
2V120XXVII56
7V8221XXIX45
8VI11122XXXIII31
9VII886XXXV1
10VIII4123XXXVI22
11IX9324XXXIX32
311X125XLI47
12XI626XLVI1
13XII537L1
14XV127LI31
28LVIII1
29LXVII1
30LXXVIII1

A compilação do Alcorão

O Alcorão não foi estruturado como um livro durante parte da vida de Maomé. À medida que o profeta recebia as revelações, ele solicitava a jovens letrados que integravam a sua comitiva que transcrevessem os textos. O chefe desta equipe de secretários, que surgiu de forma institucionalizada após a Hégira, em Meca, foi Zayd ibn Thabit.
O texto foi preservado em materiais dispersos tão variados como folhas de tamareira, pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos primeiros seguidores. Durante as noites do Ramadão, Maomé recapitulava as revelações, numa conferência onde estavam presentes os logógrafos (escritores profissionais) e os hafiz, ou seja, pessoas que conheciam passagens de memória (que escutaram nas prédicas do profeta).[6]
Após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo de recolhimento dos vários extratos.
Para alguns, o Alcorão teria sido reunido na sua forma actual sob a direcção do califa Abu Bakr nos dois anos que se seguiram à morte de Muhammad; outros defendem que foi o califa Omar o primeiro a compilar o Alcorão. Considera-se que a verdade está a meio termo: Abu Bakr foi aconselhado por Omar a compilar um primeiro manuscrito, auxiliado na tarefa por logógrafos e por dois hafiz.
Consta que os Primeiros Alcorões escritos no mundo estão em 3 diferentes museus, sendo destes um no Iraque, outro no Cairo e o último no Uzbesquistão. Para os Muçulmanos, isso é a maior prova de que o Alcorão nunca foi modificado em sua existência.
Somente em 1694 uma versão completa do Alcorão foi publicada no Ocidente, na cidade de Hamburgo, por Abraham Hinckelmann, um estudioso não-muçulmano.

Conteúdo temático do Alcorão

O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.
 

Alcorão do Al-Andalus (século XII)
 
Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e imutável, que fornece as respostas acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais. Ele discute Deus e os seus nomes e atributos, crentes e suas virtudes, e o destino dos não-crentes (kuffar); até mesmo temas de ciência. Os muçulmanos não seguem apenas as leis do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como a Sunnah, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida como hadith.
Aos muçulmanos é ensinado que Deus lhes enviou outros livros. Para além do Alcorão, os outros são o livro de Ibrahim (que se perdeu), a lei de Moisés (a Torá), os Salmos de David (o Zabûr) e o evangelho de Jesus (o Injil). O Alcorão descreve cristãos e Judeus como "povos do Livro" (ahl al Kitâb).
Os ensinamentos do Islão englobam muitas das mesmas personagens do judaísmo e do cristianismo. Personagens bíblicas bem conhecidas como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, Maria (a mãe de Jesus) e João Baptista são mencionados no Alcorão como profetas do Islão. No entanto, os muçulmanos frequentemente se referem a eles por nomes em língua árabe, o que pode criar a ilusão de que se trata de pessoas diferentes (exemplos: Alá para Deus, Iblis para Diabo, Ibrahim para Abraão, etc).
A crença no dia do julgamento (ver: escatologia) e na vida após a morte (Akhirah) também fazem parte da teologia islâmica.

Importância do Alcorão na cultura islâmica

 O Alcorão na vida dos muçulmanos

Quando uma criança nasce no seio de uma família muçulmana, os seus pais são saudados com a fórmula "Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão".
As crianças muçulmanas aprendem desde cedo a começar determinados atos da sua vida, como as refeições, com a fórmula "Em nome de Deus" (Bismillah) e a concluí-los com a expressão "Louvado seja Deus" (Al-Hamdu Lillah). Estas frases são as mesmas que se encontram nos dois primeiros versículos da primeira sura.
Algumas partes do Alcorão são recitadas durante momentos especiais da vida como o casamento ou no leito de morte. Em muitos países muçulmanos certos aspectos da vida pública começam com a recitação de passagens deste livro considerado sagrado.
Os muçulmanos não tocam no livro sagrado senão após a ablução, conhecida como wudu.
Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal de respeito pelo Alcorão e alguns transportam pequenas versões consigo para seu conforto ou segurança. Apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão; as traduções são vistas como sombras fracas do significado original (Visto que a tradução do Árabe para outras línguas é muito dificultosa).
Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é proibido reciclar, reimprimir ou deitar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira respeituosa.
É considerado um pecado gravíssimo modificar, cortar, excluir ou adicionar as palavras do Alcorão. Também é considerado ilícito vender este livro.

 

Traduções do Corão




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As traduções do Corão (ou Alcorão) são as interpretações do livro sagrado do islamismo para línguas diferentes do árabe, idioma no qual foi escrito originalmente. Ainda que traduzir o Corão seja um conceito de extrema dificuldade, tanto teológica como linguisticamente, as escrituras do islã já foram traduzidas para a maior parte dos idiomas da África, Ásia e Europa.[1] livro sagrado com 114 livros

Referências Sobre Traduções

  1. Fatani, Afnan (2006), "Translation and the Qur'an", in Leaman, Oliver, The Qur'an: an encyclopedia, Great Britain: Routeledge, pp. 657-669

Outras Referências

  1. Machado, J. P.; Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Alcorão"
  2. [1].
  3. [2].
  4. Centro de Estudos e Divulgação do Islam, Livros Divinos. (visitado em 06/08/2008)
  5. "O Alcorão" - tradução de Mansour Challita ISBN 978-8-7799-168-6 -Ed. 1ª - Jan.2010
  6. Alcorão: E Deus falou sua língua

Bibliografia

 Ligações externas

.Alcorão Online com pesquisa, tradução em português e original em árabe, com transliteração e recitação do árabe


Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Alcorao

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