CHARLES-PIERRE BAUDELAIRE - GRANDE PRECURSOR DOS POETAS SIMBOLISTAS DO MUNDO



Baudelaire influenciou, no século 20, direta ou indiretamente toda a poesia moderna ocidental
Órfão de pai aos seis anos, Charles-Pierre Baudelaire viria a odiar o segundo marido da mãe, o general Jacques Aupick (mais tarde, esse sentimento inspiraria sua atitude rebelde em face das convenções sociais e dos temas frívolos na poesia).

Após anos de desavenças com o padrasto, Baudelaire interrompeu os estudos em Lyon para fazer uma viagem à
Índia. Na volta, participou da Revolução de 1848.

Após esse período conturbado, passou a freqüentar a elite aristocrática. Envolveu-se com a atriz Marie Daubrun, a cortesã Apollonie Sabatier e a também atriz Jeanne Duval, uma mulata por quem se apaixonou e a quem dedicou o ciclo de poemas "Vênus Negra".

Em 1847, lançou "La Fanfarlo", seu único romance (trata-se, mais propriamente, de uma novela autobiográfica).

Dez anos depois, quando se publicaram "As Flores do Mal" ("Les Fleurs du Mal"), todos os envolvidos com o livro foram processados por obscenidade e blasfêmia.

Além de pagarem multa, viram-se obrigados a retirar seis poemas do volume original (só publicado na integra em edições póstumas). Tanto "As Flores do Mal" como "Pequenos Poemas em Prosa" (póstumos, 1869) introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo opostos existenciais como o sublime e o grotesco.

Entre seus ensaios, destaca-se "O Princípio Poético" (1876), em que fixa as bases de seu trabalho. Nos diários (também publicados postumamente), revela-se profético e radical contestador da civilização moderna.

Literato que avançou as fronteiras dos costumes em sua época, Baudelaire lançou-se como crítico de arte no Salão de 1845, sempre buscando um princípio inspirador e coerente nas obras artísticas. ("Salão" era o nome pelo qual se conhecia a mais importante mostra anual da pintura e da escultura francesas.)

De 1852 a 1865, Baudelaire traduziu os textos do poeta e contista norte-americano
Edgar Allan Poe, por quem se entusiasmara já no final da década de 1840.

Outro Baudelaire, o sifilítico e usuário de drogas, surge em "Os Paraísos Artificiais, Ópio e Haxixe" (1860), uma especulação sobre plantas alucinógenas, parcialmente inspirada pelas "Confissões de um Comedor de Ópio" (1821), do escritor inglês Thomas de Quincey. Há também obras de cunho intimista e confessional, como "Meu Coração Desnudo".

Baudelaire foi um dos maiores poetas franceses de todos os tempos. Alguns o consideram um antecessor do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. Pioneiro da linguagem moderna, impôs à realidade uma submissão lírica. Embora muito criticado, tinha entre seus admiradores homens como
Victor Hugo, Gustave Flaubert, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine.

Dissipou seus bens na boemia e na jogatina parisienses. Mergulhado em dívidas, teve de resignar-se a medidas judiciárias tomadas pelos familiares, e um tutor foi nomeado para controlar-lhe os gastos.

Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Após uma vida repleta de tribulações, Baudelaire morreu com apenas 46 anos, nos braços da mãe. Seu talento e seu intelecto só seriam totalmente reconhecidos depois. No século 20, tornou-se um ícone, influenciando direta e indiretamente toda a moderna poesia ocidental.


Fonte:http://educacao.uol.com.br/biografias/charles-baudelaire.jhtm



“Eu sou bela, ó mortais! como um sonho de pedra,
E meu seio, onde todos vem buscar a dor,
É feito para ao poeta inspirar esse amor
Mudo e eterno que no ermo da matéria medra”.
(Trecho retirado do poema “A Beleza”)
Nascido em Paris no dia nove de abril de 1821, Charles-Pierre Baudelaire foi um poeta e teórico das artes em geral. Na opinião de especialistas e críticos de arte, foi o criador da tradição moderna na poesia junto a Walt Whitman. A influência de sua obra teórica ultrapassou sua existência, Baudelaire chegou a ser citado por artistas do século XIX e XX.
Aos seis anos, perdeu seu pai, que foi substituído pelo general Aupick, segundo marido de sua mãe. Baudelaire odiava Aupick e sua infância foi atormentada por diversas brigas com o padrasto. Devido ao mal estar familiar, Baudelaire abandona os estudos em Lyon e vai para a Índia. Regressa em 1848, ano em que participa da série de revoluções na Europa central e oriental que acabaram eclodindo em função de regimes governamentais autocráticos.
Depois disso, dissipa-se de seus bens de cai de cara na boemia e na jogatina de Paris. Perdido pelas ruas parisienses, acaba conhecendo uma infinidade de artistas que o influenciaram: Mme. Sabatier, Marie Daubrun. sua musa, a atriz Jeanne Duval, entre outras personalidades. Quebrado e cheio de dívidas, Baudelaire foi submetido a um conselho familiar e foi decidido que seu tutor, Ancelle, controlaria seus gastos.
Em 1857 um episódio marcaria sua vida. Assim que publicou a obra “As Flores do Mal” (Les Fleurs du Mal), o título mais consagrado de sua carreira, tomou um processo do tribunal de Sena. A alegação era de que Baudelaire era um subversivo e atentava contra os bons costumes e à moral. O poeta foi obrigado a retirar seis poemas originais. Apesar disso, teve seu trabalho publicado sem cortes em 1911, após a sua morte.
Passou os dias derradeiros de sua vida atormentado por doenças nervosas. Acabou morrendo em Paris, sua cidade natal, no dia 31 de agosto de 1867. Foi vítima de uma paralisia geral e deu seu último suspiro nos braços de sua mãe.
Entre as principais obras de Baudelaire, destacam-se Flores do Mal, Paraísos Artificiais (lançadas no Brasil), La Fanfarlo, Morale du joujou, Réflexions sur quelques-uns de mes contemporains e Journaux intimes.
Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/charles-baudelaire/index.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire
http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/autores/baudelaire.htm
http://fr.wikipedia.org/wiki/Baudelaire

VIDA E OBRA

Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 — Paris, 31 de agosto de 1867) foi um poeta e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do Simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia,[1] juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.
Nasceu em Paris a 9 de abril de 1821. Estudou no Colégio Real de Lyon e Lycée Louis-le-Grand (de onde foi expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega).
Em 1840 foi enviado pelo padrasto, preocupado com sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Pára na ilha da Reunião e retorna a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, e então sua fortuna torna-se controlada por um notário.
Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O autor do livro é acusado, no mesmo ano, pela justiça, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são apreendidos, pagando de multa o escritor 300 francos e a editora 100 francos.
Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas, "mais belos que os suprimidos", segundo ele.
Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.
Morreu prematuramente sem sequer conhecer a fama, em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

Charles Pierre Baudelaire
Charles Baudelaire, 1863
Nome completoCharles Pierre Baudelaire
Nascimento9 de abril de 1821
Paris,  França
Morte31 de agosto de 1867 (46 anos)
Paris,  França
OcupaçãoPoeta, crítico de arte
Movimento estéticoSimbolismo, Modernismo
AssinaturaBaudelaire signatur.jpg

A estética

Retrato de Baudelaire tirado por Nadar.

Além de ser evidentemente, um precursor de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é considerado pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. Isto deve-se ao fato de que através da percepção do real, chegava sempre a um correlato objetivo para o sentimento que desejasse expressar, tal qual T. S. Eliot define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de As Flores do Mal, onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo o poeta sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela metrópole sobre a sensibilidade.[2]
Era, como os modernistas que vieram após ele, um realista que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela subjetividade exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: “É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista.” É através, naturalmente, dos sentidos, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da poesia moderna.[3]

 Morte

Foi na Bélgica que Baudelaire encontrou Félicien Rops, que ilustra as flores do mal. Durante uma visita à Igreja de St. Loup, Namur, Baudelaire perde a consciência. Este colapso é acompanhado por alterações cerebrais, particularmente afasia. De março de 1866, ele sofre de hemiplegia. Ele morreu de sífilis em Paris, 31 de agosto de 1867, sem a realização do projecto de uma edição final, como ele desejava. Flores do Mal, uma vida de trabalho. Ele está enterrado no Cemitério de Montparnasse (sexta divisão), no mesmo túmulo de seu padrasto, o general Aupick e sua mãe.

Cronologia


Túmulo de Baudelaire.

Referências

 Textos na internet

 em Português

em Francês

textos com concordâncias e lista de freqüência

Ligações externas

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire


Charles Baudelaire-Coletânea de Citações Livre

- L'admiration commence souvent où finit la compréhension
- Charles Baudelaire citado em "Au soir le soir: théâtre 1960-1970‎" - Página 72, Bertrand Poirot-Delpech - Mercure de France, 1969 - 292 páginas
- La Musique creuse le ciel
- citado em "The cult of beauty in Charles Baudelaire, Volumes 1-2" - Página 39, Solomon Alhadef Rhodes - Institute of French studies, Columbia university, 1929
  • "O amor é um crime que não se pode realizar sem cúmplice."
- Ce qu'il ya d'ennuyeux dans l'amour, c'est que c 'est un crime où l'on ne peut se passer d'un complice
- Œuvres complètes‎ - Página 634, Charles Baudelaire, Marcel A. Ruff - Éditions du Seuil, 1968 - 760 páginas
- Aux yeux du souvenir que le monde est petit !
- Le Voyage (Baudelaire)
  • "É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se."
- Il faut être toujours ivre. Tout est là: c'est l'unique question. Pour ne pas sentir l'horrible fardeau du Temps qui brise vos épaules et vous penche vers la terre, il faut vous enivrer sans trêve. Mais de quoi? De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise. Mais enivrez-vous.
- Petits poèmes en prose (le spleen de Paris)‎ - Página 63, Charles Baudelaire, Melvin Zimmerman - Manchester University Press ND, 1968, ISBN 0719002982, 9780719002984 - 196 páginas
  • “Ora um mar de neblina banhava os edifícios, e os agonizantes no fundo dos hospitais.”
- Une mer de brouillards baignait les édifices, Et les agonisants dans le fond des hospices
- Oeuvres complètes de Charles Baudelaire ...‎ - Volume 1, Página 180, Charles Baudelaire - L. Conard, 1953
- Le Poete est semblable au prince des nuées [...] Ses ailes de géant l’empêchent de marcher.
- Charles Baudelaire in: L’Albatros (Baudelaire)
Fonte:http://pt.wikiquote.org/wiki/Charles_Baudelaire

Comentários