A INFLUÊNCIA DAS VIDAS PASSADAS - HUGO LAPA

A INFLUÊNCIA DE VIDAS PASSADAS
Antes de começarmos a abordar sobre os principais aspectos do início de uma sessão de terapia de vidas passadas, vamos expor alguns dos principais...
sinais ou pistas sobre a influência de nossas vidas passadas em nossa vida atual. No que consiste a influência de nossas encarnações passadas em nosso presente? Quais são os principais pontos que mostram a presença dessas reminiscências em nossas vidas? É o que veremos aqui. Seguiremos os passos de Denise Linn, com base no livro “Vidas Passadas, Milagres Presentes”. A autora nos dá uma lista de várias dessas indicações. Vejamos as pistas deixadas por ela:

Brincadeiras de Infância: Muitas brincadeiras de infância revelam um comportamento de uma antiga cultura que a criança pertenceu. A criança expressa na brincadeira atividades que executou em vidas passadas. Uma criança pode preferir brincar de guerra de bonequinhos; pode optar em jogar um videogame de luta; pode desejar brincar com espadas de brinquedo; uma menina pode brincar que está perdendo sua boneca (sua filha em vidas passadas); pode brincar de cavaleiro, de mago, dentre outros. Cada uma dessas brincadeiras mostra preferências, gostos, desejos e tendências de vidas passadas.

Preferências e inclinações na infância: na infância, as lembranças de vidas passadas ainda são muito vivas, principalmente as memórias da última vida. Muitas preferências e inclinações na infância podem tornar claro alguns aspectos de nossa identidade passada. Uma criança que, por exemplo, desde tenra idade afirma que quer cuidar de terras, ser fazendeiro, pode ter em seus arquivos lembranças de quando foi senhor feudal. Um menino que desde pequeno prefere brincar com bonecas pode ter várias vidas em que foi mulher e mãe e ainda reter esses traços e expressa-los em seu comportamento. Isso pode implicar ou não uma homossexualidade na vida atual. Crianças tímidas e tristonhas podem ter sofrido sérias opressões em vidas passadas, até mesmo torturas. Crianças medrosas podem ter sofrido ataques súbitos e repentinos e ter tido mortes prematuras e drásticas. Esses são apenas exemplos gerais para ilustrar melhor, não significa, obviamente, que isso seja válido para todos os casos.

Estilo de roupa: O estilo de roupa que você sente atração ou outro estilo em que sente repulsa, se constitui como um bom sinal que indica uma época e cultura a qual tenhamos vivido. Todos sabem que a forma como nos vestimos é um forte indicativo de traços de nossa personalidade, mas muitos não sabem que esses traços podem ter origem em vidas passadas. Por exemplo, uma mulher que gosta de vestir roupas indianas pode ter vivido na Índia; outra mulher pode ter paixão por roupas ciganas pode ter pertencido a essa cultura. A cor da roupa também pode ser uma reminiscência. Exemplo: uma moça que só vestia amarelo foi monge budista. Uma pessoa que sente prazer em vestir-se de preto pode ter ligado com rituais de baixa vibração no passado. Essa última é apenas uma hipótese.

Estilo de arquitetura e decoração de interiores: Dependendo dos estilos arquitetônicos que você admira, você pode ter vivido num país onde uma forma de construção era o padrão comum. Cabanas, ocas, tendas, casas em pedra, catedrais, dentre outros podem atrair umas pessoas mais do que outras. Esses gostos freqüentemente indicam uma inclinação de vidas passadas. Muitas vezes, ao vermos certas construções, sentimos nostalgia de algo que conscientemente não compreendemos. Podemos sentir atração ou aversão por tipos de arquiteturas diferentes e isso tem origem em experiências pretéritas.

Comidas preferidas e hábitos alimentares: Comidas e hábitos de alimentação podem ser indícios da influência de determinadas culturas, tanto durante a infância quanto na fase adulta. A comida é algo que experimentamos a vida inteira; é uma das experiências mais marcantes, pois envolve prazer e contato social. O que você mais gosta de comer? Culinária chinesa, italiana, japonesa, indiana, tailandesa, grega, africana, espanhola, alemã, russa, indígena? Veja seus hábitos e preferências alimentares e descubra as pistas de qual cultura você pode ter pertencido. Mas não apenas dentro de nossas preferências por hábitos passados repetidos, mas o desejo pela comida também pode ser uma consequência da ausência dela em vidas passadas. Uma pessoa pode hoje sentir uma extrema necessidade de um alimento que no passado lhe faltou em momentos decisivos, e isso gerar problemas na vida atual. Como diz Edith Fiore: “Desejo de determinados alimentos pode também ser relacionado com vidas passadas. Acerca de uma doente, que me foi enviada pelo seu médico, foi-me dito que sofria de uma grave hipertensão e tinha cerca de quarenta quilos de excesso de peso. Continuamente — contra sua vontade — devorava sacos de batatas fritas e outros aperitivos salgados. Este impulso destruía todas as suas fúteis tentativas para perder peso e para baixar a sua perigosa alta tensão. Durante uma regressão hipnótica retrocedeu até uma vida como rapazinho índio americano, desesperadamente esfomeado porque a sua tribo não dispunha de sal para curar o seu fornecimento de caça. A partir dessa regressão, nunca mais sentiu o menor impulso para comer coisas salgadas e está a perder peso de forma saudável”.

Alergias: Certas alergias podem ter origem no passado. Isso pode ter a ver com longos períodos em que uma pessoa foi submetida a certas condições e também com a forma como ela morreu. Por exemplo, uma pessoa foi obrigada a comer frango numa vida passada; na vida atual ela desenvolveu alergia a frangos. Em outro exemplo, uma pessoa trabalhou como escrava numa mina empoeirada pode hoje ter alergia a poeira.

Localizações geográficas: Atração por localizações geográficas e a intuição sobre elas pode ser de grande ajuda para desvendar nossas vidas passadas. Denise Linn sugere a pessoa que se imagine numa grande variedade de territórios e procurando perceber os sentimentos que cada local evoca em você. Esses sentimentos são resquícios de vidas passadas. Você pode se imaginar em áreas litorâneas, em vastas florestas, em zonas tropicais, em territórios de gelo, no deserto, em montanhas, etc. Procure perceber o que estes diferentes tipos geográficos evocam em você.

Climas: a preferência pelos climas não vem do mero acaso; o gosto por climas quentes, temperados, úmidos, chuvosos, frios, secos pode ser lembranças de vidas passadas. Linn afirma que não apenas a preferência, mas as emoções que determinado clima pode evocar numa pessoa tem relação com vidas passadas. Por exemplo, uma pessoa sente-se deprimida quando chega o inverno; qualquer dia frio já pode ser suficiente para fazê-la sentir-se triste. Embora possamos sentir uma certa tristeza em dias frios e isso não ser necessariamente patológico, há uma classificação na psicopatologia que estuda esse fenômeno. Essa é a chamada depressão sazonal. Trata-se da depressão relacionada a dias frios ou a estações do ano. Essa depressão parece estar ligada, em alguns casos, a experiências de outras existências. Exemplo: chega o inverno e uma pessoa começa a sentir-se deprimida.

Culturas: O fascínio, a atração, o apego ou mesmo a repulsa por culturas antigas pode ser um indício de vidas passadas. Muitas pessoas são fascinadas pelas civilizações egípcias, grega, romana, indiana, japonesa, chinesa, persa, atlante, lemuriana ou mesmo por civilizações desconhecidas que não constam nos registros históricos oficiais. Exemplo: Conheço pessoas que tem verdadeiro fascínio pelo Egito. Leem diversos livros sobre o tema, veem filmes e sempre procuram associar-se a tudo o que diga respeito a essa cultura. É muito provável que essas pessoas tenham vivido no Egito em uma ou várias vidas.

Períodos de tempo ou eventos históricos: Filmes de época, a leitura de livros sobre certos acontecimentos históricos e outros tipos de contatos como esse podem suscitar emoções fortes que não sabemos por que vieram e qual o sentido de terem surgido subitamente. Essas emoções e sensações relacionadas com períodos e eventos históricos podem ter relação com uma vida anterior. Exemplo: uma pessoa lê sobre a primeira guerra mundial e sente-se muito triste. É possível que essa pessoa tenha participado de alguma forma da primeira guerra mundial ou de alguma outra guerra semelhante. Uma pessoa pode interessar-se pela Renascença, pela Idade Média, pela Roma antiga, pelo Império Bizantino, pela Revolução Francesa, e assim por diante.

Músicas: Diz Denise Linn que “Uma canção ou uma música tem a habilidade de nos transportar de volta no tempo para o momento em que a escutamos. Da mesma maneira que musicas podem nos ajudar a evocar memórias desta vida, também podem fazer saltar memórias de vidas passadas”. Exemplo: uma pessoa escuta uma música árabe e rapidamente é transportada em consciência a época que foi odalisca e dançava para o sultão.

Odores, aromas e cheiros: Da mesma forma que a música, os aromas também podem nos transportar para outros períodos históricos e evocar alegrias ou tristezas. Por exemplo, uma pessoa que sente cheiro da maresia e começa a ter sentimentos e sensações de tranquilidade, pode ter entrado em conexão com uma vida em que ela foi um pescador e vivia pescando no silêncio e serenidade do mar.

Experiências de Deja vu: Denise Linn sugere que as pessoas anotem suas impressões sempre que estiverem num local e tenham a nítida sensação de que já estiveram lá. Isso pode ser, e provavelmente é, um resíduo de memórias de vidas passadas. O nome desse fenômeno é Deja vu. Por outro lado, apalavra deja vu pode ter outro sentido. Muitas vezes estamos fazendo algo e temos a sensação de que “já vivemos essa mesma situação” – como se, no passado, já tivéssemos previsto inconscientemente que viveríamos aquilo. Assim, no deja vu, temos a sensação de que já vivemos uma situação mesmo que ela não tenha nenhuma relação com algo de vidas passadas. Dessa forma, o deja vu é usado nesses dois sentidos. Experiências de deja vu são bastante sugestivas de vidas passadas. É como uma pessoa que caminha pelo Egito e vai tendo a nítida sensação de que já esteve ali, e consegue até mesmo identificar salas ocultas, reconhecer imagens, esculturas de pedra, etc.

Talentos e habilidades: Muitos talentos e habilidades de vidas passadas podem ser demonstrativos do que desenvolvemos em vidas passadas. Esse tópico é estudado pela TVP. Já falamos sobre isso nos Volumes passados.

Ocupações e hobbies: A preferência por ocupações e hobbies tem geralmente um início em nossas vidas passadas. Isso não significa, porém, que vamos escolher o mesmo tipo de trabalho em várias vidas diferentes. Esse fato apenas indica que pode haver uma tendência a desenvolver um trabalho parecido, ou certa ocupação nos despertar interesse quando no passado fomos bem sucedidos em sua realização. Por outro lado, um trabalho desenvolvido numa vida pode trazer um dom a certo tipo de atividade na próxima vida. As vocações profissionais geralmente aparecem na infância, mas podem também ser ativadas na idade adulta, quando o indivíduo terá contato com trabalhos que nunca antes pôde ter acesso.

Herança e ancestralidade: Denise Linn defende que há grandes chances de nosso passado encarnatório cruzar com nosso passado ancestral. É possível que em nossa árvore genealógica tenhamos vivido como nossa tia-bisavó, por exemplo. Assim, nossa ancestralidade pode se intercambiar com nossas existências em várias vidas. Denise Linn admite que isso é difícil de ser verificado e que existem poucas pesquisas com relação a esse fenômeno. Como conhecemos a possibilidade de membros da mesma família reencarnarem novamente duas ou três gerações depois, não é impossível imaginar que nossas vidas passadas sejam encontradas em nossos ancestrais. Esse fenômeno é valorizado religiosamente através do chamado “culto aos antepassados”, presente em muitas culturas antigas. Os adeptos dessas tradições talvez tivessem a intuição desses fenômenos que agora são estudados pela TVP.

Seu nome: Afirma Denise Linn que o nosso nome na vida atual pode ter relação simbólica e direta com nosso passado encarnatório. Diz ela que isso não é por acaso e que a vibração do nome pode ter importância e influência em nossa vida. Pesquisando seu significado e sua etimologia, Denise Linn diz que podem ser revelados indícios de situações passadas. Denise dá o exemplo do nome “David” que significa poeta ou bardo. Ao descobrir a origem do seu nome, David se surpreendeu ao perceber que, de fato, havia experimentado em regressão várias vidas como poeta. Talvez nosso nome seja uma síntese de diversos estados e condições pelas quais já vivemos. De qualquer forma, esse tópico ainda necessita de mais pesquisas.

Livros e filmes: Essa talvez seja uma das melhores fontes para desvendar nossas vidas passadas. “Leia sobre diferentes culturas numa enciclopédia (ou na internet) e perceba quais delas você acha mais interessantes. Veja livros de fotografias de vários ambientes diferentes e perceba como eles o afetam. Por exemplo, cheque algumas fotografias de locais desertos e veja se você experimenta alguma reação emocional” diz Denise Linn. Por outro lado, alguns filmes de época podem provocar profundas impressões em nós. Por exemplo, uma mulher vê um filme que retrata a caça as bruxas da Idade Média, como o clássico “O Nome da Rosa”. Após assistir as cenas em que homens e mulheres são presos em estacas e começam a pegar fogo, uma pessoa que tenha vivido circunstâncias similares pode sentir como se estivesse revivendo aquilo, e até mesmo, em alguns casos, realizar uma mini-regressão espontânea durante o filme.

Animais e bichos de estimação: Nosso carinho e afeto com alguns animais e bichinhos de estimação pode ser uma evidência de que tivemos contato com esses seres em vidas passadas. É possível que tenhamos levado uma vida de domador de animais, de fazendeiro, de criador, ou várias outras possibilidades. Podemos mesmo ter vivido em culturas onde o contato com animais era algo mais direto, como culturas tribais, indígenas e xamânicas. Algumas culturas veneram alguns animais como sendo sagrados, como no caso da adoração as vacas na Índia. Há também as culturas que veneram a imagem de certos animais e os têm como deuses. Por exemplo, é o caso do antigo Egito e a famosa veneração à figura do gato. Para os egípcios da antiguidade, o gato era a representação de um deus e de forças da natureza. Essa admiração fixada em nossa consciência pode se traduzir hoje como um afeto por esses bichinhos e podemos acolhê-los no seio de nosso lar, dando-lhes amor e atenção. Por outro lado, pessoas que tenham feito muito mal a animais no passado podem agora sentir uma necessidade de cuidar deles a todo custo. Vemos muito isso em pessoas que acolhem animais de rua e cuidam deles como se fossem filhos. Muitas vezes esse comportamento pode ser movido por um resgate kármico com o reino animal.

Características de personalidade, maneirismos e comportamentos habituais: Nossa forma de ser e agir no mundo, os traços de nossa personalidade, nossas manias e nossos hábitos constituem, provavelmente, a maior herança indicativa da natureza de nossas vidas passadas. Há uma frase que diz “Observe o seu presente comportamento e você terá uma ideia de como foram suas vidas passadas”. A TVP, como já dissemos, não busca desvalorizar o presente, até por que a regressão é feita no presente e não no passado. É certo que ninguém faz nada no passado. De qualquer forma, através da observação sistemática do nosso comportamento e personalidade atual, de nossas reações e costumes, torna-se muito mais claro saber quem fomos e o que devemos modificar no presente. Os exemplos são muitos: intolerância com qualquer sistema de governo vigente pode indicar perseguição política no passado; receio de enfrentar as pessoas pode indicar submissão ou mesmo escravidão; rigidez e autoritarismo podem revelar vidas de poder e mando; excesso de lamúrias pode ser indício de que fomos maltratados; preguiça pode revelar pessoas que foram submetidas a trabalhos forçados; cleptomania pode ter relação com vidas como pirata, embusteiro ou punguista; carência e sentimento acentuado de solidão podem vir de existências em que fomos presos e ficamos na cadeia ou isolados, e assim por diante.

Relacionamentos: Nossa forma de se relacionar com outros, simpatias, antipatias e como reagimos a perdas ou conquistas amorosas tem grande poder de refletir nosso passado. A simpatia ou antipatia gratuita é uma grande evidência de vidas passadas de afeto ou repulsa. Denise Linn explica que “Tendemos a recriar simbolicamente eventos do nosso passado longínquo, em especial aquelas experiências que nunca resolvemos. Toda representação é uma forma de curar aquelas situações instáveis”. Repetimos as circunstâncias do passado no presente como uma tentativa de resolver o que ficou pendente. A explicação desse fato pode estar e freqüentemente está em nossas vidas. Por exemplo: Uma mulher é sempre abandonada pelos seus namorados e maridos. Parece que nenhum relacionamento dá certo para ela. No passado, ela se vê como uma cortesã que usava os homens para conseguir dinheiro e prestígio. Hoje precisa dessa experiência para aprender a valorizar um relacionamento; ela será usada para sentir “na pele” e aprender a não usar mais outras pessoas. Neste caso, ela poderá ser usada pelos até aprender a lição e assim anular o karma passado. Edith Fiore reforça essas ideias: “Fiquei fascinada pela revelação, em regressões à vida passada, de que as pessoas a quem estamos ligados na nossa vida presente já estiveram conosco anteriormente — muitas vezes em papéis diferentes. Por exemplo, através de uma exploração a vidas anteriores, doentes acabaram por compreender e por vezes resolver problemas conjugais. Um doente com um casamento problemático descobriu que a sua mulher (pela qual não sentia qualquer desejo sexual) tinha sido sua mãe numa vida anterior. Dificuldades entre pais e filhos foram também melhoradas através da visão que a terapia da reencarnação permite. Muitas pessoas compreenderam melhor a sua compatibilidade com a sua mulher ou amada depois de examinarem os seus laços em vidas passadas. Atrações instantâneas, antipatias, sentimentos de familiaridade ou desconfiança, foram explicados por acontecimentos em vidas passadas”.

Causas pelas quais você é apaixonado: As causas, as utopias, as lutas políticas, o desejo que temos de preservar a natureza ou os animais, dentre outras causas sociais do seu interesse pode ter relação com o passado encarnatório. Podemos lutar por uma causa humanitária com base na intuição e na recordação inconsciente da nossa própria experiência prévia no tema. Por exemplo, uma pessoa que defende a paz no mundo pode ter participado de guerras sangrentas e muito sofridas no passado. Ela mesmo pode ter sido vítima de uma guerra e hoje lutar pela extinção dos conflitos mundiais. Uma pessoa que defende a liberdade política do Tibet pode ter uma ligação profunda com essa região por ter vivido neste país. Também pode ter vivido em qualquer outro local onde seu povo tenha sido dominado por um governo estrangeiro que tenha destruído a cultura local (situação semelhante ao que tem ocorrido no Tibet desde a década de 50).

Eventos traumáticos: Denise Linn afirma que “os eventos angustiantes da sua vida são geralmente representações simbólicas de traumas de vidas passadas que não foram curados”. Um fato traumático de vida passada pode se apresentar na vida atual como reações emocionais diversas, expressando medo, angústia, indecisão, insegurança, dentre outros. Por exemplo, uma mulher foi espancada, estuprada e morta pelo marido de sua vida passada. Nessa vida ela pode sentir-se muito angustiada e sentir medo intenso de estar novamente casada. Esse sentimento vem da impressão de que o assassinato possa se repetir em qualquer outro casamento.

Medos e fobias: Quando não conseguimos encontrar o fundamento de algum medo ou fobia na vida atual, é possível que se trate de um medo originário de vidas passadas. Ter sido picado por uma cobra no passado pode acarretar um quadro fóbico de grande força emocional na vida atual, principalmente se morremos por conta da picada. Fobia de andar de barco pode se tratar de um resíduo de uma morte por afogamento. Muitos outros exemplos poderiam ser dados a respeito de como o medo e a fobia podem ser reminiscências traumáticas de outras vidas. Mas o importante é saber que qualquer medo inexplicável nas circunstâncias e na biografia atual é, muito provavelmente, de origem encarnatória. Edith Fiore dá alguns exemplos a esse respeito: “O medo do escuro, principalmente, parece ser originário de algum acontecimento aterrorizador que ocorreu na escuridão, numa vida passada. Uma mulher descobriu que as origens da sua fobia de estar só durante a noite — e a sua convicção de que seria assassinada, caso isso acontecesse — provinham de uma experiência anterior idêntica! Outra doente ficou espantada por descobrir que o fato de ter evitado toda a vida viajar de comboio era causado por ter visto a sua irmã ser esmagada pelas rodas de um comboio, numa vida anterior. Uma jovem que não suportava olhar para nada que fosse vermelho-vivo (e consequentemente todos os Natais sentia uma crescente ansiedade), revivendo, viu a sua mãe, sangrando até à morte, depois de ter sido brutalmente apunhalada — numa vida anterior”.

Palavras e frases que você usa: É muito importante perceber algumas palavras ou frases que nós repetimos constantemente e até mesmo de forma inconsciente. Essas palavras e frases podem ser a tradução simbólica de eventos literais ocorridos em nosso passado encarnatório. Denis Kelsey e Morris Netherton foram os primeiros a constatar o poder de certas frases soltas e fora de contexto, e sua relação com vidas passadas; frases que muitas vezes são repetidas pela pessoa e que são parte de uma experiência muito antiga. Por exemplo: “estou cansado de levar pauladas da vida”. Numa vida anterior, isso pode ter ocorrido de fato. “Terminar esse relacionamento me doeu como se levasse uma facada no peito”. Isso pode ter acontecido e talvez a própria pessoa que encerrou o relacionamento pode ter feito isso.

Tipo corporal: Muitas vezes nascemos com a estrutura física que corresponde a experiências de vidas passadas. Se uma pessoa nasce alta, ela pode ter vidas em que nasceu numa etnia que se caracteriza por sua alta estatura, como os germanos antigos. Alguns estudos indicam que nossa aparência atual pode ser semelhante ao nosso semblante de vidas passadas. Uma característica importante, e que parece jamais se modificar entre uma vida e outra são os olhos de uma pessoa. Os olhos sempre foram considerados as portas da alma, e são uma excelente pista para reconhecer uma de nossas vidas anteriores. No caso de ser possível conseguir uma fotografia de uma vida passada suspeita de termos vivido, a primeira coisa a se comparar é o olhar da pessoa na foto e o olhar atual. Se ambos forem muito semelhantes, temos uma boa evidência. Por outro lado, se uma pessoa nasce com uma malformação nas pernas, isso pode ser uma representação de vidas onde ela teve as pernas gravemente machucadas, decepadas ou gangrenadas, em alguma luta ou guerra que participou. Essas estru­turas físicas também podem vir acompanhadas de uma dinâmica psicológica. Por exemplo, uma pessoa nasce sem a perna e sente-se inferior aos outros. Em vida passada, ela perdeu uma batalha após ter a sua perna cortada pelo inimigo. Ficou impossibilitado de continuar lutando e foi torturado até a morte, sendo chamado de incapaz e de inútil por não ter mais como andar e continuar a luta. Isso pode gerar, nos dias atuais, um sentimento de insegurança e rebaixamento perante outros. No que se refere a obesidade ou magreza elas po­dem, obviamente, ter uma relação com vidas passadas. Diz Edith Fiore que “verifico agora que todos os doentes com excesso de peso crônico, de cinco ou mais quilos,tiveram uma vida durante a qual morreram de fome ou sofreram privações alimentares durante longos períodos. Encontrei ‘aborígenes’, ‘índios americanos’, ‘nativos’ do coração da África e pessoas provenientes de muitos países, que se viram sem comida e muitas vezes sem água. Fome em vidas passa­das continua a afetar as pessoas na vida atual, resultando numa tendência para comer de mais. Uma doente que tinha um problema renitente de retenção de líquidos — que desafiara o tratamento mé­dico — viu-se há algumas vidas atrás a morrer de desidratação, de fome e com um ataque de varíola”.

Problemas de saúde: Constantemente transferimos problemas de saúde de uma vida para outra. Se numa existência eu morri com uma flechada nas costas, posso sentir muitas dores hoje na mesma região. Se eu morri sufocado ou afogado, posso ter asma. Outras doenças podem ter um fundo psicológico indireto que nos remeta a uma vida passada. Se eu estou excessivamente preocupado em ganhar dinheiro (por ter morrido pobre numa vida passada) posso não ser acometido diretamente pela pobreza ou pela forma como morri numa vida passada, mas a preocupação que desenvolvi hoje fugindo da pobreza e me fazendo um verdadeiro workaholic podem ser a causa de uma enxaqueca atualmente. Dores de cabeça, dores em geral e fraqueza em certas áreas do corpo também pode ter origem em vidas passadas, tal como relata Edith Fiore: “Dores de cabeça, dores em geral, desordens ou fraquezas de certas zonas do corpo estão também frequentemente relacionadas com acontecimentos de vidas anteriores. Concluímos que dores de cabeça crônicas, incluindo enxaquecas, são o resultado de o doente ter sido guilhotinado, sovado, apedrejado, alvejado, enforcado, escalpado ou, de um modo ou de outro, gravemente magoado na cabeça ou no pescoço. Várias pessoas com dores crônicas e incuráveis no abdômen, reviveram perfurações no ventre, feitas por espadas, baionetas ou navalhas. Até a origem de problemas menstruais pode ser localizada em traumas, normalmente sexuais, de uma vida anterior”.

Cicatrizes, marcas de nascença e tatuagens: Falamos sobre as marcas de nascença nos volumes anteriores.

Machucados, doenças e cirurgias: Denise Linn afirma que “Não só os machucados e doenças que você suportou são indícios de vidas passadas, mas também as emoções que os acompanharam podem dizer muito”. Tanto o físico como o emocional estão envolvidos na formação de machucados e doenças atuais, como já vimos.

Sonhos: Diz Edith Fiore que“Os meus doentes espantam-se por descobrir que alguns pesadelos freqüentes são, na realidade, visões de experiências vividas em existências anteriores. Mas nós descobrimos que acontecimentos agradáveis são também reexperimentados em sonhos”. Falamos com mais detalhes sobre os sonhos nos volumes anteriores.

Além destas pistas, Tendam cita alguns sinais de vidas passadas. São eles:

Aparência (por exemplo, sinais de nascença, sinais da face).
Comportamento (por exemplo, vestimentas singulares ou hábitos alimentares).
Habilidades (por exemplo, crianças prodígio).
Preferências.
Postulados (atitudes rígidas quanto a vida).
Emoções.
Recordação.

Autor: Hugo Lapa (Atendimento com Terapia de Vidas Passadas)


(Do livro: TRATADO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS)
 

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