RAFAEL DE URBINO OU RAFAELLO SANZIO : MESTRE DA PINTURA E ARQUITETURA DE FLORENÇA



Raffaello
Madonna Connestabile


"Se Miguel Ângelo encarna a figura do génio solitário, Rafael de Urbino (...) pertence ao extremo oposto da escala: é o artista-homem de sociedade."


Rafael de Urbino
Raffaelo Sanzio, ou simplesmente Rafael, foi um conceituado mestre de pintura e arquitectura da Escola de Florença. Nasceu a 6 de Abril de 1483, em Urbino, e faleceu no dia exacto em que completava 37 anos, em Roma (6 de Abril de 1520).
Apesar da sua morte precoce, o artista deixou-nos um vastíssimo número de obras, plenas de perfeição e suavidade artística. 


Auto-Retrato de Rafael, c. 1506. Óleo sobre madeira.





Foi discípulo de Pietro Perugino, pintor italiano que lhe ensinou as suas técnicas de pintura a fresco e mural. Rafael também aprendeu um pouco da arte do seu pai, Giovanni Santi, pintor e poeta.

"O talento de Rafael residiu no brilho da sua técnica, na inteligência da sua abordagem compositiva e no diálogo com os outros artistas do seu tempo, que dele fizeram o pintor mais importante do Renascimento. Ao longo da sua carreira mais ou menos curta, Rafael produziu o maior corpus de obras para além de Ticiano, um conjunto notável pela sua variedade e força, e dirigiu uma oficina grande e produtiva, da qual emergiram muitos artistas da geração seguinte, deixando, assim, a sua marca em todo o período. (...) 
O génio sintético de Rafael permitiu-lhe fundir na sua pintura as qualidades tanto de Leonardo como de Miguel Ângelo, pelo que a sua arte é, simultaneamente, lírica e dramática, pictoricamente rica e esculturalmente sólida."






- Obras de Rafael de Urbino:




Os Esponsais da Virgem, 1504. Óleo sobre madeira.







Senhora com Unicórnio, 1504. Óleo sobre madeira.





As Três Graças, 1504-05. Óleo sobre painel.







Madonna del Granduca, 1505. Óleo sobre painel.



"Serena e meditativa, A Madonna del Granduca, ainda reflecte o estilo do mestre [Pietro Perugino]. Mas as formas são mais amplas e estão envoltas por um sfumato leordanesco; a Virgem, grave e terna, faz-nos pensar na Mona Lisa, sem nada do seu mistério."






- Retrato de Agnolo Doni, 1505. Óleo sobre madeira.






- Retrato de Maddalena Doni, 1505. Óleo sobre madeira.


- La Belle Jardinière, 1507. Óleo sobre madeira.







O Enterro de Cristo, 1507. Óleo sobre madeira.




A Madonna do Baldaquino, 1507-08. Óleo sobre tela.







- Frescos da Stanza della Segnatura (Sala da Assinatura), 1508-11. Palácio do Vaticano, Roma.


"A "Sala da Assinatura" recebeu o nome porque era nela que as bulas papais eram assinadas, embora anteriormente fosse a sala onde estava alojada a biblioteca de Júlio II. A partir de 1508, Rafael pintou um ciclo de frescos nas paredes e tectos que se referem aos quatro domínios do saber: a teologia, a filosofia, o direitos e as artes. Em geral, a Stanza representa uma súmula do humanismo do Alto Renascimento, porque tenta representar a unificação do conhecimento num único grande esquema pictórico. É provável que Rafael tenha sido aconselhado por um conjunto de eruditos e de teólogos; porém, a composição é exclusivamente sua."


La Disputà
"A teologia é o tema do primeiro fresco parietal da sala. Desde o século XVII que é conhecido pelo nome de La Disputá, ou A Disputa Sobre o Santíssimo Sacramento. O tema da disputa é a doutrina da Transubstanciação, segundo a qual o vinho e a hóstia da Eucaristia se transformam no corpo e no sangue de Cristo. Rafael divide a luneta em duas regiões: uma terrena, em que os teólogos se encontram reunidos em redor de um altar, e a outra, celestial. Na zona superior, Cristo está sentado no trono dos céus, entre a Virgem e S. João Baptista. Deus-Pai está por cima, ladeado por santos e profetas. A pomba do Espírito Santo paira sobre a Eucaristia, em baixo. Em redor do altar, na zona inferior, encontram-se os doutores da igreja, papas, artistas, poetas (Dante foi incluído) e outras personagens."


A Escola de Atenas







A Virgem da Cadeira, 1510. Óleo sobre madeira.







Madona de Foligno, 1512. Óleo sobre tela.


Galateia, 1513. Uma das pinturas a fresco que decora o interior da Villa Farnesina, em Roma.






Retrato do Papa Leão X com os Cardeais Giulio de' Medici e Liugi de' Rossi, c. 1517. Óleo sobre madeira.




"Rafael, ao abordar o Retrato do Papa Leão X, apresenta-nos o pontífice e a sua actividade como tal. O artista esforçou-se por representar um instante da vida quotidiana do retratado, como se de súbito se abrisse uma porta e o encontrássemos no seu gabinete de trabalho entregue à leitura de um livro iluminado. Deste modo, com toda a naturalidade, a condição social da personagem retratada manifesta-se através de toda uma série de pormenores (o livro iluminado sobre pergaminho, a lente e a campainha de prata) e pela disposição protocolar das figuras no espaço."






- A Fornarina, 1518-20. Óleo sobre madeira.



 
BIBLIOGRAFIA (Textos, Transcrições e Imagens):
 
- "A Nova História da Arte de Jason", vários autores, Fundação Calouste Gulbenkian;
- "História da Arte", H. W. Janson, Fundação Calouste Gulbenkian;
- Tesouros Artísticos do Mundo, Volume VI: "A Ruptura da Ordem, do Renascimento ao Maneirismo", Vários Autores, Ed. Ediclube.
 
 
Fonte:http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com.br/2012/10/biografias-rafael-de-urbino.html

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