LARANJA MECÂNICA - UM CLÁSSICO FUTURISTA SOBRE A VIOLÊNCIA DE STANLEY KUBRICK




Laranja Mecânica (original: A Clockwork Orange) é um filme britânico de 1971, dirigido por Stanley Kubrick, adaptação do romance homônimo de 1962 do escritor inglês Anthony Burgess. Malcolm McDowell interpreta Alex, o protagonista.
Laranja Mecânica tornou-se um clássico do cinema mundial e um dos filmes mais famosos e influentes de Kubrick. O orçamento total do filme foi de apenas 2,2 milhões de dólares.[1]
A linguagem utilizada pelo personagem Alex foi inventada pelo escritor Anthony Burgess, que misturou palavras em inglês, russo e gírias.[2]

Enredo

Ambientado numa Inglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alexander DeLarge, cujos gostos variam de música clássica (Beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como "druguis" (palavra originária do russo Drug - Друг; amigo). Alex narra a maioria do filme em "Nadsat", um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é homem, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar na escola.
Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin' in the Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.
Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.
Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego temporariamente na cena do crime. Essa cegueira permitira sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex revela-se um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.
Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele é liberado na condição de se submeter ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade. O tratamento consiste em presenciar formas extremas de violência sob a influência de um novo soro, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.
O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.
Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram o seu quarto a um hóspede, entregado o seu aparelho de som entre outros pertences, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex deprimido, sentindo-se abandonado e desamparado, perambula pelas ruas de Londres. Ele encontra uma velha vítima - um idoso, morador de rua - e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que o espancam e quase o matam afogado.
Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.
Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe. O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido. Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: "Definitivamente, estava curado" enquanto se vê uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.

 Elenco

  • Malcolm McDowell .... Alex DeLarge
  • Patrick Magee ....... Sr. Alexander
  • Michael Bates ....... Chefe dos guardas
  • Warren Clarke ....... Dim
  • Adrienne Corri ...... Senhora Alexander
  • Carl Duering ........ Dr. Brodski
  • Paul Farrell ........ Morador de rua
  • Clive Francis ....... Lodger
  • Michael Glover ...... Diretor da prisão
  • Michael Tarn ........ Pete

 Nomeações

 Oscar 1972 (EUA)

Indicações
  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Roteiro Adaptado
  • Melhor Edição

 Golden Globe icon.svgGolden Globe icon.svgGolden Globe icon.svg Globo de Ouro 1972 (EUA)

Indicações
  • Melhor Filme - Drama
  • Melhor Diretor
  • Melhor Ator - Drama (Malcolm McDowell)

BAFTA 1973 (Reino Unido)

Indicações
  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Roteiro
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Direção de Arte
  • Melhor Edição
  • Melhor Trilha Sonora

 NYFCC 1971 (EUA)

Indicações
  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor

Ver também

Laranja Mecânica

Sinopse - Laranja Mecânica - Anthony Burgess

Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de "1984", de George Orwell, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, "Laranja Mecânica" é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.
Agora em nova tradução brasileira.
Laranja Mecânica (A Clockwork Orange no original) é um livro de Anthony Burgess escrito em 1962. Lançado nos Estados Unidos e Inglaterra em 1962 e no Brasil em 1971, suscitou polêmicas pela crueza com que descreve um mundo de violência. É uma sátira à sociedade inglesa. A trama se desenrola em um futuro não determinado e conta a história de um jovem delinquente (Alex) e sua gangue (Pete, Georgie e Tosko) que espancam mulheres e anciãos ao som de Beethoven.
O romance foi inspirado em um fato real ocorrido em 1944: o estupro, por quatro rapazes, da primeira mulher do autor, Lynne. A leitura é difícil, porque Burgees inventou uma linguagem em nadsat para ser falada pelos adolescentes. A linguagem causa estranhamento nos leitores e os termos eslavos e palavras rimadas exigem dedução para o entendimento. Exemplo: "a rot do vekio estava cheia de krov(sangue) vermelho quando lhe demos um toltchock; tiramos as platis da devotchka e seus grudis eram horrorshow...". A maioria das edições do romance é acompanhada de um glossário.[1] [nota 1].
Seu título provém de uma expressão anglo-saxã "As queer as a clockwork orange", ou, em uma tradução simplificada, "Tão bizarro quanto uma laranja mecânica".
Foi adaptado ao cinema por Stanley Kubrick em 1971.

RESUMO DA OBRA

O protagonista Alex, amante da música clássica (principalmente Ludwig van Beethoven) e líder de uma gangue de delinquentes (seus capangas são chamados de "'droogs'") que roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, Alex é usado numa experiência chamada "Método Ludovico", criada pelo Estado e destinada a refrear os impulsos destrutivos dos delinquentes. Quando volta às ruas regenerado, passa a sofrer com aqueles que antes eram as vítimas. Após ser usado num jogo político pelo partido de esquerda, o Estado reverte o seu "tratamento".
Para complementar o vocabulário dos seus personagens, Anthony Burgess criou mais de duzentas palavras baseadas nas gírias dos ciganos ingleses, na própria língua inglesa, em expressões eslavas (algumas vezes alteradas semanticamente) e fez ainda associações de idéias, aglutinações e jargões rimados ingleses. Tal coleção de palavras é conhecida como nadsat. Em Portugal, a tradução foi feita pelo escritor José Luandino Vieira, que adaptou as palavras nadescentes ao Português. Alguns exemplos: crove (sangue), debócheca (mulher), videar (ver), tolchoque (golpe, pancada), grude (seio), druco (amigo, companheiro), bratecheno (sacana), cancerilho (cigarro), etc.

Referências

  1. Box Office Mojo
  2. Adoro Cinema Página visitada em 21-06-2012.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/


Sinopse e detalhes


No futuro, o violento Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele recebe a opção de participar em um programa que pode reduzir o seu tempo na cadeia. Alex vira cobaia de experimentos destinados a refrear os impulsos destrutivos do ser humano, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.

TRAILER

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