CIENTISTAS ENCONTRAM EVIDÊNCIAS MAIS FORTES SOBRE A "PARTÍCULA DE DEUS"

Imagem mostra uma colisão de partículas exibida pelo Cern, laboratório da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear e trata-se de um vento típico de um candidato a bóson de Higgs, a "partícula de Deus"
Imagem mostra uma colisão de partículas exibida pelo Cern, laboratório da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear e trata-se de um vento típico de um candidato a bóson de Higgs, a "partícula de Deus"

Físicos do Laboratório Nacional Acelerador Fermi, vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira (2) que encontraram a mais forte evidência até agora da existência de um corpo subatômico conhecido como "partícula de Deus", ou bóson de Higgs.
A evidência surgiu com subprodutos da colisão de partículas no acelerador chamado de Tevatron, disseram os cientistas. A pista, porém, ainda precisa de provas que a comprovem.
Uma vez que os mesmos subprodutos da colisão que indicam a existência da partícula também podem vir de outras partículas subatômicas, os físicos só poderão excluir outras explicações se tiverem confiança de 550 para 1, ou seja, de que há menos de 0,2% de chance de que os escombros da colisão não são do bóson de Higgs. Por convenção internacional, as probabilidades precisam ser mais próximas a 0,14%.
Na quarta-feira (4), físicos do CERN, o laboratório acelerador de partículas localizado na fronteira entre Suíça e França, devem anunciar seus próprios achados sobre a pesquisa da partícula.

Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/reuters/2012/

Qual é a origem da expressão 'partícula de Deus'?
Décadas de trabalho têm sido dedicadas à busca por uma partícula subatômica denominada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", e que pode ter sido ao menos detectada, afirmaram cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês). Mas, de onde vem o nome "partícula de Deus"?
O bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que propôs sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs teve a ideia enquanto caminhava um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Quando retornou ao laboratório, ele disse aos seus colegas ter tido sua "grande ideia" e encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.
Embora a partícula leve o nome de Higgs, importantes trabalhos teóricos também foram desenvolvidos pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. O bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus", porque, assim como Deus, estaria em todas as partes, mas é difícil de definir. Mas a real origem é bem menos poética.
A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva.
 
O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome. Foto: Reuters
O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome

Indícios do bóson e o Modelo Padrão
Bruno Mansoulie, físico do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), disse a jornalistas, em Genebra, que o grande acelerador de partículas europeu "reduziu a janela na qual os cientistas acreditam que encontrarão o bóson de Higgs". A sustentação para esta busca é o desejo de preencher a maior lacuna do Modelo Padrão, uma das principais teorias das partículas subatômicas.

Desenvolvido no começo dos anos 1970, o Modelo Padrão diz haver 12 partículas que compreendem os elementos principais presentes em toda a matéria. Estas partículas fundamentais se dividem em uma sequência de seis léptons e seis quarks, batizados com nomes exóticos, como "charm" (charme), "tau" e "strange" (estranho.
O Modelo Padrão também diz que as partículas conhecidas como bósons atuam como mensageiras entre as partículas de matéria. Esta interação dá origem a três forças fundamentais: a força forte, a força fraca e a força eletromagnética (há uma quarta força, a gravidade, que se suspeita que seja provocada por um bóson ainda a ser descoberto, denominado "gráviton").
O mistério, no entanto, é o que dá massa às partículas de matéria - e por que algumas destas partículas têm mais massa do que outras. A teoria que sustenta o bóson de Higgs é que a massa não derivaria de todas as partículas em si. Ao contrário, viria de um único bóson - o de Higgs - que reage fortemente a algumas partículas, e menos (ou não reage em absoluto) a outras.
Uma forma de visualizar isto é pensar em um coquetel onde há um grupo (os bósons) e recém-chegados (as partículas de matéria). Imagine o que aconteceria se um desconhecido entrasse na festa e atravessasse a sala. Apenas algumas pessoas o conheceriam e se aproximariam dele, e sendo assim, ele conseguiria cruzar o ambiente rapidamente, sem grandes obstáculos.
Mas o que aconteceria se uma celebridade entrasse? As pessoas se concentrariam em torno dela e seria mais difícil para ela cruzar o salão. Em termos físicos, esta partícula tem mais massa. "A ideia é que as partículas colidem contra os bósons de Higgs e este contato é o que as tornam mais lentas e lhes dá massa", explicou o físico e filósofo francês Etienne Klein.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/noticias/

A PARTÍCULA DE DEUS


Quem disse que o espaço era a fronteira final não conhecia a capacidade do ser humano de ir mais além, que o homem tenta entender e explicar tudo, e que por isso não podemos especificar nossos limites.


Cientistas podem ter descoberto a “partícula de Deus”


A notícia recebeu grande destaque no Times de Londres do último dia 2, foi publicada com grandes títulos na imprensa norte-americana, inclusive no New York Times, e mereceu a primeira página no Los Angeles Times do domingo, 5 de novembro. Não é para menos: se os fatos forem confirmados oficialmente, estará sendo aberto um mundo totalmente novo para a física, abrindo horizontes jamais imaginados, nem mesmo depois da Teoria da Relatividade.
A notícia foi dada inicialmente pelo “Times” londrino, que a publicou na quinta-feira, 2, com o título: “A Semana Passada Mudou Tudo”. Durante mais de 20 anos, os cientistas de todo o mundo estiveram procurando por uma partícula invisível que determina as propriedades básicas da matéria.
Conhecida como bóson Higgs, acredita-se que ela seja uma parte vibratória do vácuo invisível que permeia todo o Universo.
Físicos do famoso Centro de Estudos e Pesquisas Nucleares (CERN) de Genebra, Suíça, anunciaram há poucos dias terem localizado os primeiros sinais de existência do bóson Higgs. As evidências, segundo eles, ainda não são conclusivas, entretanto a descoberta é considerada crítica para a física – não só por encerrar um capítulo da ciência, mas também por abrir uma porta
para uma realidade completamente desconhecida pela Humanidade.
“Existe um mundo totalmente novo lá fora”.
“O bóson Higgs não é apenas uma partícula”, disse o físico John March-Russell, do CERN. “Sua descoberta indica que existe um mundo totalmente novo lá fora”. Assim que os físicos conseguirem entender como ele atua no universo, eles serão capazes de responder a uma pergunta fundamental para a qual os antigos pensadores jamais ousaram tentar encontrar uma resposta: por que a matéria tem massa?
A descoberta de Genebra deve ser confirmada como uma das maiores conquistas da ciência em todos os tempos. O vácuo estrutura tudo o que existe no Cosmos e mantém a matéria sob sua influência. E o bóson Higgs -visto hoje mais como um campo que como uma partícula – é parte fundamental desse imenso “nada”.
Ele é como a água para os peixes, um ingrediente fundamental para o Universo. Tão fundamental que alguns físicos o chamam de “Partícula de Deus”.
Indícios desse bóson foram detectados, segundo a equipe de cientistas do CERN, no interior do acelerador de partículas de 30 km conhecido por LEP, durante um processo de colisão de partículas a altas velocidades. No começo de outubro, algumas trilhas, sugerindo a possível presença do bóson, deixaram excitados os físicos do CERN. Mas elas apareciam e desapareciam. No início do mês, entretanto, as evidências acumuladas foram suficientes para convencer os físicos.
Ainda há muitos céticos na comunidade científica, em relação à anunciada descoberta. Entretanto, se realmente o bóson Higgs tiver sido descoberto, seu estudo poderá mostrar que o Universo é um lugar totalmente diferente do que se pensava até agora.
Blocos do universo
Bósons são apenas um tipo entre as quase inimagináveis pequenas partículas atômicas que, de acordo com a Física Teórica, são os blocos primordiais do Universo. Geralmente descritos como uma espécie de substância gelatinosa, os bósons Higgs alteram as propriedades da matéria que viaja através deles. O que implica na existência da massa. Até pouco tempo atrás, a massa era considerada uma propriedade tão básica da matéria que os cientistas sequer ousavam perguntar de onde ela vinha – existia, e pronto.
A influência invisível dos bósons afetam o modo como as coisas se movem. Na verdade, dizem os físicos, a própria observação de que as coisas têm massa confirma que os bósons de Higgs existem. O problema, existente pelo menos até agora, era detectar sua presença em aceleradores de partículas e estudar suas propriedades. Para esse estudo, será necessário esperar a construção do
acelerador maior e mais aprimorado, o LHD (Large Hadron Collider). Só com ele será possível observar melhor as “Partículas de Deus” e vislumbrar, como dizem os físicos, “coisas incríveis num universo jamais imaginado”. Para quem já esperou tantos séculos, não custa esperar mais uns poucos anos.


Fonte:http://www.gnosisonline.org/ciencia-gnostica/a-particula-de-deus/

Teórico que previu 'partícula de Deus' diz que 'é muito agradável ter razão'

Peter Higgs concedeu coletiva de imprensa na Escócia nesta sexta (6).
Na quarta, cientistas nucleares anunciaram descoberta de partícula inédita.



Infográfico Bóson de Higgs (Foto: Arte/G1)

Depois de quase 50 anos defendendo a existência de uma nova partícula subatômica, apelidada de "a partícula de Deus" -- já que teria dado origem à massa de todas as outras partículas --, o cientista britânico Peter Higgs, pai desta teoria, disse nesta sexta-feira (6) que "é bom ter razão de vez em quando".
Na última quarta-feira (4), cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram a observação de uma partícula subatômica inédita até então. Eles veem fortes indícios de que se trate do “bóson de Higgs”, única partícula prevista pela teoria vigente da física que ainda não tinha sido detectada em laboratórios, e que vinha sendo perseguida ao longo das últimas décadas.

Pela teoria, o bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas. Se sua existência for confirmada, portanto, é um passo importante da ciência na compreensão da origem do Universo. Se ele não existisse, a teoria vigente deixaria de fazer sentido, e seria preciso elaborar novos modelos para substituí-la.

"É muito agradável ter razão de vez em quando (...) foi uma longa espera", admitiu o físico durante a coletiva.
E o Nobel vai para...?
Higgs concedeu uma coletiva de imprensa na Universidade de Edimburgo, na Escócia. Conhecido por sua modéstia, o professor aposentado de 83 anos deu pouca importância aos comentários de cientistas famosos de que seria o favorito para vencer o Prêmio Nobel. "Não sei, não tenho amigos no Comitê Nobel", comentou.

Indagado sobre o que vai fazer no futuro, Higgs disse que quer simplesmente continuar com sua vida de aposentado. "O único problema, creio, é que terei de escapar da imprensa", brincou.
Em 1964, Peter Higgs postulou a existência de uma partícula subatômica, que os físicos do Cern afirmam ter, talvez, encontrado depois de uma longa busca.
Quando teve a intuição de um "campo" que se assemelha a uma espécie de cola, onde as partículas ficariam mais ou menos presas, Higgs disse ao antigo colega Alan Walker: "Ah, que m...., eu sei como fazer!"
O físico publicou um artigo sobre sua teoria, que acabou se tornando o carro-chefe de uma escola científica para a qual vários físicos têm contribuído ao longo dos anos. Tímido e sossegado, Higgs leva uma vida pacata em Edimburgo, onde deu aulas por muitos anos.
'Partícula de Deus'
O “bóson de Higgs” ganhou o apelido de “partícula de Deus” em 1993, depois que o físico Leon Lederman, ganhador do Nobel de 1988, publicou o livro “The God Particle” (literalmente “a partícula de Deus”, em inglês), voltado a explicar toda a teoria em volta do bóson de Higgs para o público leigo. Ainda não há edição desse livro em português.

A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza que se trate da “partícula de Deus”. Para isso, eles vão coletar novos dados para observar se a partícula se comporta com as características esperadas do bóson de Higgs.

As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.

Essa máquina, considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.
Mas, e agora?
A descoberta foi confirmada por especialistas do CMS e do Atlas, dois grupos de pesquisa independentes que fazem uso do LHC. Apesar de usarem o mesmo acelerador de partículas, as duas colaborações científicas trabalham com detectores diferentes e seus resultados são paralelos. Os resultados antecipados ainda serão publicados em revistas científicas.

O físico Peter Higgs (Foto: David Moir/Reuters)O físico Peter Higgs defende há quase 50 anos a existência da 'partícula de Deus' (Foto: David Moir/Reuters)


Os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
No anúncio, o CMS disse que observou um “novo bóson com a massa de 125,3 GeV” – com margem de erro de 0,6 GeV para mais ou para menos – “em 4,9 sigmas de significância”. Esses “sigmas” medem a probabilidade dos resultados obtidos. O valor de 4,9 sigmas representa uma chance menor que um em 1 milhão de que os resultados sejam mera coincidência. Por isso, os cientistas consideram esse número como uma confirmação da descoberta.

O próximo passo dos cientistas é testar os vários decaimentos decorrentes dessa partícula. Se os resultados continuarem sendo coerentes com o Modelo Padrão, será confirmado que ela é mesmo o bóson de Higgs.
*Com informações da France Presse
 
Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/

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