A INICIAÇÃO NO BUDISMO TIBETANO





Uma iniciação é um ritual no Budismo tibetano, que empodera o praticante em uma determinada divindade tântrica de prática. A palavra tibetana wang significa, literalmente, poder.
Na iniciação, o mestre promove o encontro com a essência da qualidade iluminada representada por determinado Buddha. O discípulo visualiza-se como sendo a própria divindade e assume todas as suas qualidades iluminadas.
Receber esta a bênção desenvolve dentro de nós o potencial iluminado do Buddha da iniciação, além de nos oferecer a permissão para se fazer a prática e recitar os mantras.
A eficácia da prática é potencializada quando um mestre qualificado, como Lama Gangchen, transmite seu poder ao discípulo.
O ritual para a realização de uma iniciação simboliza o processo de coroação de um rei e é dividido em quatro partes:
1 – Iniciação do Vaso
A Iniciação do Vaso é composta das Iniciações da Água, Coroa, Vajra, Sino, Nome e do Mestre Vajra:
Purificação das três ações não virtuosas de corpo – matar, roubar, má conduta sexual
Cura doenças e impurezas do corpo
Purifica percepções e conceitos comuns do corpo
Realização do Corpo Vajra.

2 – Iniciação Secreta – a coroação, o discípulo se visualiza como a divindade
Purifica as quatro ações não virtuosas da fala – mentira, fala que divide, fala áspera, fofoca
Purifica as impurezas da respiração e dos ventos de energia
Realização da Fala Vajra
Meditação no Corpo Ilusório convencional
Realização do Corpo de Prazer – Sambhogakaya.

3 – Iniciação da Sabedoria – adquire-se os meios hábeis da divindade
Purifica as três ações não virtuosas da mente – cobiça, pensamentos malévolos, visão incorreta
Realização da Mente Vajra
Possibilita meditar na Clara Luz
Planta a semente do Corpo da Verdade – Dharmakaya.

4 – Iniciação da Palavra – o discípulo recebe a sabedoria da divindade.
Purifica todas as ações não virtuosas criadas simultaneamente com corpo, palavra e mente
Planta a semente para as seguintes realizações:
Corpo da União de Vajradhara
Estado dos Sete Beijos Puros, a experiência da Iluminação de um Buddha
Um corpo astral sutil adornado com as marcas principais e secundárias
Em união com uma consorte de pura sabedoria
Uma mente em estado de permanente bem-aventurança
A bem-aventurança que percebe a vacuidade, a ausência de existência inerente
A compaixão que abandonou o extremo da paz
Um Corpo-Vajra imortal
Infinitas ações iluminadas.
Corpo da Natureza Pura da Verdade.



Fonte: Site do Centro de Dharma da Pazhttp://centrodedharma.com.br/

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